quarta-feira, 12 de novembro de 2008



Submerso

Sinto uma dor
Fina e vazia
Estourando o peito
Que não tem jeito

Não sei quando virá
Redemoinhos de pensamentos
Sei que da vontade de gritar
E fazer o tempo passar

Rumando para um deserto...
Não para de chorar...
É sempre este desacerto
Quando longe me deixa ficar

Sentimento o sonho inunda
Sabor de castigo sem seu amor
Onda inquieta, água profunda...
Mais um trago aflito com gosto de mar

Vestígio salgado umedecendo o olhar
Dor que aflora mesmo submerso
Porque não sei mais esperar
Como essa dor machuca! Confesso.


De Magela/Patrícia Bueno