segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Deixo-vos


Deixo-vos com suprema devoção
A benevolência que se faz com versos.
Agradeço a nobre arte que Deus revela
Em forma do amor.

Amor delicado...
Amor carente...
Amor corrompido
E o amor descrente.

Deixos-vos pedaços, pedaços de meus reflexos.
Num espelho dividido em sete partes:
Retalhadas assim,
Para que encontrem o nexo de mim.

Na face a face intercaladas...
Na plena dor da poesia...
Caminho incompleto desta procura
Não encontrei a paz e nem o amor.

Deixo-vos o incomensurável mar!
Catedral de minhas lágrimas...
Espada que corta com sal.
Refúgio soberano
Que não me faz mau.

Deixos-vos a lua
Para que ela explique o que sucedeu
Deixos-vos na benevolência deste simples verso...
O que só ao mar eu confesso:
Adeus!

De Magela e Elias

Navega





Navegue meu amor!
Procura seus ares...
Vai!
Solte este gemido pelos mares.

Seu sorriso é um oceano:
Intenso;
Profundo;
Profano.

Ele determina
O grau de dificuldade
Que a realidade
Vai existir.

Navega!
É no fundo deste olhar
Sem o medo de partir que...
Fico perdido de sonho e mar


De Magela

Agosto





A minguante é forte demais!
Lua de desgosto:
Traz solidão e mostra aflição;
Padroeira dos sem sorte...

Inverte qualquer caminhada,
Muda e desequilibra sem se poder fazer nada.
Homens virando mulheres...
E mulheres virando vida.

Mulheres virando mar!
Que deságuam apressadas nas praias
E na areia...
Suas águas vermelhas.

Tudo em mim se entristeceu...
O sol que havia, esfriou. Emudeceu!
O vento amigo ficou louco;
O tempo já não me desespera.

Mais um agosto, mais um desgosto.
Vida vazia.
Nas rugas do meu rosto...
Com a frieza de uma lágrima esperarei a primavera.

De Magela

Curo-me de você!



Nada pode ser mais doido
Que um magoa na alma da gente.
Aquela que não se acaba num estalar de dedos...
Que salta pelos olhos;
Acelera e deixa doente.

Uma dor inconveniente
Que luto para esquecer...
Mas, a malvada, fica em mim.
Não sai da minha mente e
Não me deixa viver.

Um dia criarei coragem
Virarei esta página!
Mudo tudo, reverte o sentido.
Nada simplesmente eu esqueço...
Novas venturas, o amor que mereço.

Vou ler um livro...
Quem sabe assim, mudo afinal.
Deixar deste apego doente
Colocar tudo no lixo...
Matar esse mau.

Expulsar essa dor!
Matar nosso passado...
Esquecer que nos conhecemos
Que no amor, nascemos e sofremos...
Enfim; curar-me de você!


De Magela/Sandra Cool

Morrer só com o beijo dela





Silêncio é o segredo
Do nosso amor.
Uma palavra fria...
Sem consentimento.

A mesma palavra que trata
O que sentimos,
Como algo impossível:
Face de um tormento!

Juntos,
Nossas vidas se alimentam
Somente de “não”
Não quer que se sofra.
Não quer que se fique triste!

Estou cansado.
Esta vida de sacada...
Ouvir a lua dizer que tudo passa...
Que o tempo não vale nada.
Que é só silêncio deixando sua dor...

Ah! Se tudo fosse mais simples;
Como nossa vida seria bela!
Ficar tão perto daqueles olhos...
Morrer só com o beijo dela

De Magela
Morrer só com o beijo dela

Silêncio é o segredo
Do nosso amor...
Uma palavra fria.
Sem consentimento...

A mesma palavra que trata
O que sentimos
Como algo impossível...
Face de um tormento!

Juntos,
Nossas vidas se alimentam
Somente de “não”
Não quer que se sofra...
Não quer que se fique triste...

Estou cansado.
Esta vida de sacada...
Ouvir a lua dizer que tudo passa...
Que o tempo não vale nada.
Que é só silêncio deixando sua dor...

Ah! Se tudo fosse mais simples.
Como nossa vida seria bela!
Ficar tão perto daqueles olhos...
Morrer só com o beijo dela

De Magela

O amor de nossas almas




Entre eu e você
Fica bonito o amor.
Encontro de olhar...
Nosso beijo.

O toque que faz tudo arrepiar...
Seja como for, é uma louca sensação.
Nem cabe explicação,
Para esse louco desejo de te amar.

Sua boca chama atenção.
Tudo parece tão bom.
Se existe amor melhor que este,
Não deve ter limite.

O que sei que existe;
Além do amor, que já tenho
É o amor de nossas almas.
Como, se fizessem partes uma da outra...

A vida grita não!
O amor de nossas almas, persuasivo, grita sim!
Mesmo se o tempo passa...
Em nós há um estado de graça.

De Magela e Flavia Bohrer

O baque de um corpo







O baque do meu corpo
Desabando sobre o
Chão de pedra.

Respiração profunda...
À medida que, o tempo passa...
Em volta tudo medra.

Sábado de agosto em nosso coração.
Quanto tempo eu te amava,
E você não.

Delírios sufocados que tinha,
Quais oceanos pré-históricos
Afogando minha face
Nas águas salgadas desses mares.

Agonizava de maus-amores
E, isto não era privilégio só meu.
Sua beleza era infinita mas os teus olhos
Tão frios como o mar à noite.
Fulminaram-me! Que o corpo enrijeceu

Quem pode adivinhar o que vai no coração de uma mulher?
Na penumbra daqueles olhos...
O baque de meu corpo
Desabando sobre o chão de pedra.
Amar-me ela não quer.

De Magela



Os olhos delas são meus

Dizia eu,
Tirando do fundo rancores:
O que devo dizer do amor
Se não seus castigos?

Dilacerou as entranhas
Amoleceu
Precipitou
Tudo ofendeu

Agora que estou só...
o amor é uma miragem.
Ninguém tem mais critérios
No amor do que eu.

Pátria de sonhar triste
Na dor de todas as dores
Só porque a lua disse:
Que seu olhar é meu!


De Magela

Os olhos dela são meus!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Estou apenas vestido de mim




Quero dizer que sinto infinitamente
A gratidão do seu amor.
Se tiver que agradecer com palavras...
Terei de contar dois momentos meus.

Um foi quando sai sozinho andando a esmo:
Indo a um supermercado para comprar qualquer coisa lá.
Peguei quinze pacotes de biscoitos e o volume incomodava na mão.
Foi quando ouvi aquela canção.

Tocava Gonzaguinha...
Quis saber de onde vinha o som.
Fui até a seção de DVD. Ai senti um arrepio!
Além de escutar pude (re) entender:
“... o que não dá mais pra segurar, explode coração”

Havia esquecido, de como gostava dele.
Tanto que, costumava chamá-lo “O meu poeta!”
Quando mergulhada na meditação...
Procurava encontrava as respostas na sua canção.

O segundo é mais que um segredo: Eu toco piano!
Sou amador para esta inspiração...
Mas aquela comoção, me fez tocar Debussy:
“Claire de Lune”.

Momento inusitado é este da intervenção!
Quando o tempo brinca comigo e a vida me diz: não!
Não quero que ligue para as palavras que estou lhe segredando...
Mas, estou te mostrando que estou apenas vestido de mim.

De Magela e Carmem Teresa Elias

Amor, amor




Quando o mar... Tem mais segredos.
Não é quando ele se agita.
Nem é quando é tempestade!
Nem é quando é ventania...

Quando o mar... Tem mais segredos.
É quando é...
Calmaria.

Quando o amor... Tem mais perigos.
Não é quando ele se arrisca.
Não é quando ele se ausenta!
Nem é quando eu me desespero...

O amor tem mais perigo...
Quando ele...
É sincero!

(Sueli Costa e Cacaso)

Museu Magela


Museu Magela

Farei um museu! Esta idéia me ocorreu...
Alencarei todos os fatos e pessoas que de alguma forma contribuíram, ou foram importantes para mim. Não deixarei seqüela, e a este museu chamarei de Museu Magela.
Tantas pessoas e fatos contribuíram para que eu ficasse assim!
Triste, alegre, absorto.
Amoroso e quase louco, que precisarei homogeneizar.
Sem massificar, separei as salas no museu por uma identificação: a do discurso que fizeram os fatos e pessoas; pela falsidade em algumas situações; pelas emoções; pelo amor; pelo descaso. Enfim; pelo objetivo e o fim que tiveram em mim.
Já pensou ver expostos tudo o que fizeram?
Cenas memoráveis. Momentos únicos que vivemos e que ainda não esquecemos?
Imagine-se nas grandes salas do museu do meu passado!
Cada amigo. Cada peça e mobiliário sendo ali revisto e re-pensada! Cada momento bom. Cada momento mau. Subjetivamente, saberá a articulação que fiz entre o passado e o presente, até que ele ficasse assim. Poderão na sala apropriada estudar minha poesia. Os motivos das alegrias e das tristezas, e a realidade construída para que elas existissem. O Museu Magela terá um público e objeto! Uma oficina pedagógica para enfatizar minhas maiores lembranças. A história viva que não se perdeu. A poesia que me aconteceu. Alguns momentos que foram seus, e que, só agora irão para um museu.
Quem sabe se alguém poderá aprender, com todas as diversidades de sentimentos e palavras que nos ocorreram? Quem sabe?
Alguém ali no fundo, poderia perguntar qual foi a minha problematizarão?
Quem sabe se não ficará tocado, ao entender os motivos de tantas poesias ou se procurará entender a pessoa? Quem sabe se não possa entender as forças humanas envolvidas no processo? Quem sabe se não está no passado a resposta? Quem sabe se ao saber da minha história, esta, não se torna atrativa para outras pessoas; inclusive seus filhos e filhas? Quem sabe o quando de mim poderão aprender?
Uma coisa é certa! Irão perceber a subjetividade que há nas suas palavras e na poesia para esquecer.
E você mesmo possa dizer: “Se não quiser esquecer; vá conhecer o Museu do Magela”.

De Magela

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

É melhor assim!



Vaidade do homem quando brinca de Deus.
Quando julga qual será o melhor fim.
A sabedoria diz que amamos, erramos e pecados...
Fomos feitos para ser assim!

Agora, o amor me faz um condenado.
Dele, devo viver apartado.
Porque alguém disse, enfim:
“É melhor assim!”

De Magela

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Só no fundo da alma.


Só no fundo da alma.

Preciso desatar o nó.
Esta vontade de chorar...
O nó que há no amor,
Mas, a vontade não sai!

Fica doendo em mim.
É a mesma dor
Que incomodou assim
Tempos atrás.

Arde agora.
Arde como toda coisa antiga faz...
Obedecendo a solidão;
Renascendo com lágrima no coração.

Mas, o choro não vem!
Preciso corromper esta coesão:
De que só no fundo da alma
Este pranto se acalma.

De Magela

Meu acaso: acaso meu.


Meu acaso

Ao meu acaso...
Dei nome de mar!
E a essa solidão...
Chamei de lua.

Pelo espaço infinito...
Em que posso sonhar e sofrer.
Esta ilusão tão pura
Que devo esconder.

Se alguém disser que tem de assim:
Alma e juramento...
Paz com tormento...
Da beleza o fim!

É o meu acaso na imensidão do universo!
Que põe luto às palavras
E não ouve o que peço;
Nem tão pouco me solta as asas!

Acaso, por não quer mais seus versos...
Seus velhos textos que tanto gostei.
Porque é na solidão que me comprazo!
Da sua leveza, prefiro o acaso, pelo tanto que amei.

De Magela/Carmem Teresa Elias

"E la nave vá"


“E la nave vá”

Os loucos são especiais...
Para eles o mundo é melhor!
Se achássemos um lugar assim:
Tudo seria imenso.

Quem diria o que ao acaso lhe parece?
Quem explicaria o que aconteceu?
Quem partiria?
Quem seria capaz de dizer adeus?

No amor, o imenso, tentamos...
Por isso, preciso de mar.
Peço autorização para que partamos
E nossas cinzas ir jogar.

Ter a luz da aurora ecoando no peito!
Ser prisioneiro deste silêncio meu!
Dispersar no lugar mais ermo...
Do quê este que me deu.

Partir para um vazio...
É para lá que estamos indo!
Outro fulgor do sol, chorando e sorrindo...
Perturbado e caprichoso neste funeral.

Agora, tudo foi feito.
O navio partiu...
Só com versos direi da minha alma!
Sem as colinas que o amor acalma...

De Magela


(E LA NAVE VA... Filme de Frederico Felini, 1980.
O diretor trata com metáfora a Europa e “La Belle Époque”).

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

As almas não entendem!




Não date seus poemas...
Seus versos.
Não os date nunca!
Um poema bem feito pertence ao tempo.

Como em terra estranha...
Numa hora extrema.
Quando um anjo estende ao sedento
O cálice inextinguível.

Um alívio que é o seu!
Como o fazes, quando entona o seu amor;
O faz como um menino.
E, eu choro e rimo.

Mesmo que se vá...
Sempre haverá alguem para ler baixinho
Que se compraza comovidamente.
E, com isso, irá revivê-lo.

E, se este alguém, não haja nascido...
Simplesmente dedicas, porém, não os date:
As almas não entendem disto o porquê.
Desde quê, seu verso nunca mais me falte.


De Magela
(Adaptação de um texto enviado pela amiga querida Sandra Zuka)

Eu também!




Não adiantaria procurar saber...
Por que meus olhos insistem em esconder:
Sensualidades e a paixão.
Se só você sabe. Se só você a conhece.

Também fico perdido com essa tristeza do amor.
Onde os detalhes mais bonitos...
Repentinamente se escondem
Mostrando parte da dor.

Você se encolhendo numa cama...
Revirando debruço, disfarçando em soluços.
Tornando seu quarto estranho
Hibernando solitária, feito urso.

Eu também fico de abandonado.
Desanimado!
Sem cara de gente...
Fico também triste e acuado.

Se, os seus olhos estão acostumados com a saudade,
Chorando desencadeando águas num rio...
Também vivo na teimosia,
Sonhando... Amando-te e soando frio.


De Magela

Falta um botão!





Minha blusa falta um botão!
Seria algo sem formato...
Se não soubesse o motivo:
O motivo é você!

Essa falta que sinto de ar...
Essa falta de chão...
Esse desejo de ficar acordado...
Sem poder te dizer nada.

Estou aqui o tempo todo!
Mas parece que nem me vê.
Se, falta ar ou falta tudo
O motivo é você.

Resolvi acabar de vez com esta aflição!
Se houver mistério na sinceridade...
Ela me culpara se tiver indecisão.
Sem você sempre fica faltando um botão!


De Magela

Gestos e palavras


Gestos são linguagens.
Produzidos com um simbolismo
Que lhe são próprios...
Mistérios que se ligam as palavras.

Como um ferreiro que forja o ferro,
Forjo com palavras um gesto de amor.
Amacio com elas, como quem curte o couro.
Teço, improvisado um manto de proteção.

Versos são gestos que se distribuem pelo
Tempo e espaço.
Que falam com emoção
Do que vai ao coração.

Fase muda que há na vida,
Sem necessidade de entonação.
Solidariedade e esquecimento...
Quando no olhar digo a paixão.

De Magela

Com a saudade viajou




Ontem à tarde...
Vi conversando escondidinho,
Debaixo de uma árvore,
A solidão e a saudade.

Falavam cochichando.
Coisas que não consegui ouvir...
Com dificuldade pude deduzir,
Que uma ia viajar e a outra ia ficar aqui.

A pior dor é quando entre a penumbra das palavras
Há uma luz na leitura...
A poesia tem que se definir,
E não consegue dizer; quem vai ou quem fica.
Se é a saudade ou a solidão.

Como se um poeta pudesse ofertar poemas,
Do jeito que uma roseira oferta sua flor!
E no envolvimento de fechar seus olhos
Com alegria ou com tristeza, se pudesse, assim, compor.

A flor pertence à natureza...
E a saudade pertence a quem questionou.
Se há solidão nas palavras...
É porque com a saudade ela viajou.
(Com saudade ela ficou).

De Magela/C.T.Elias

Não convém!



Não convém se fazer de menino!
Não convém chorar e cantar...
Perder-me na alegria de alguém.
Não convém!

Ter de aceitar
Quando a noite cai
Não ver ninguém!
Justificar: que isso não me convém!

Não convém fazer da mentira uma verdade nua.
Acordar de madrugada e descobrir que não foi nada.
Passou como as horas passadas,
E tudo bem!

Não convém gritar.
Não convém amar!
Não convém!
Não convém!

Morrer é só um dia.
Amar é para toda eternidade.
Quando terminar de pesar
Quem dirá o que convém?
Quem?


De Magela

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Fragilidade


Fragilidade

Com quê fragilidade
Uma lágrima cai!
Sem medo...
Sem explicar seu contexto,
Pelo rosto ela vai.

Diria que virou tristeza...
Ou, já existia deste jeito.
Com toda sutileza do pensamento...
Revelando seu avesso
Lá no fundo do peito.

Quanto sentido há na palavra que sai.
Sem som algum a revelar segredo
Talvez, até seja, o que um amor mais teme:
A indefinição de um beijo...
E a convulsão virando medo.

Que fragilidade tem o seu amor!
Num acervo de palavras...
Talvez, até seja, aquela que não existe.
Fazendo lágrima com fragilidade
Na mesma candura que me faz triste.


De Magela

Desta vez...



Desta vez terei que chorar.
Não posso ajudar...
Não secará o pranto
Simplesmente assim!

Desta vez não!
Tudo amanheceu mudado...
Com um sorriso amargo
Você se afastou de mim.

Fechou mais uma porta no coração.
Nada poderá ajudar.
A tristeza que veio
Partiu tudo no meio.

E, deixou sem direção.
Terei que mostrar a lágrima que choro só.
Ninguém saberá ajudar
Como desatar esse nó.

De Magela


Sutilmente (Skank)

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace.
Quando eu estiver louco,
Subitamente se afaste.

Quando eu tiver fogo
Suavemente se encaixe.
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace

Quando eu estiver bobo,
Subitamente se afaste.
Quando eu estiver bobo,
Sutilmente disfarce.

É, mas, quando eu estiver morto suplico que não me mate não!
Dentro de ti, dentro de ti.
Mesmo que o mundo acabe enfim...
Dentro de tudo que cabe em ti.

Para que a inspiração me ouça.


Quando estou em seus braços,
Não dá para controlar:
Amo mais!
Amo mais do que poderia amar.

Digo para mim mesmo:
Amo, como ama o mar.
Sem medo das profundezas
Que vem na ilusão.

Sem recear que a terra acabe...
E, para o que estou sentindo,
Fique faltando um pedacinho de chão.
Sei que o mar é imenso assim.

Quando não esta comigo,
Sou a montanha se erguendo.
Um corpo solitário, acima dos rios,cachoeiras...
E,das matas.

Um pranto que chora numa ansiedade louca...
E que o vento seca transformando em solidão.
Solto este grito de saudade
Para que a inspiração me ouça.


De Magela/Carmem Teresa Elias

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Não sei explicar



Se tiver que confessar o quanto a quero...
Eu não saberei explicar.
Mesmo consultando meu avesso,
Onde nada pode se indefinir.

Não saberei explicar...
A poesia que fala de coisas difíceis...
Dos sentimentos carregados de intenções,
Mas não consegue explicar o verso.

Não sei explicar o amor que nos conforta,
Nem tão pouco, porque a brisa que chega de manhã
Vai entrando em mim
Sem bater na porta.

Meu amor não se explica assim!
Confessá-lo, ou explicá-lo seria muito louco!
Ironia... Como se houvesse algum modo de existir
Sem precisar de você menos que um pouco.

De Magela

Criatividade





Há uma certa criatividade em nossa natureza...
Como muitas das certezas;
Ser criativo em algumas formas
É uma condição infinita.

A criatividade que fala aos sentidos,
Soa como um cochicho de Deus.
Transmitida na chuva, no vento, na noite, no dia...
È também pelos olhos seus.

É nesta hora que sou perfeito!
Autentico o dom que há no verso.
De conformidade com a vida: amor recrio...
E dele faço um universo.

De Magela

domingo, 2 de agosto de 2009

Escolhas


A vida é feita de escolhas...
Quem não escolhe sofre!
Quem escolhe demais...
Sofre mais.

Escolhi me iludir
E ser criança.
Para não deixar faltar açúcar
Na surpresa que se possa sonhar.

Sempre serei feliz!
Veja-me como sou.
Quando amo e me dou
Na esperança que sempre quis.

Dure o tempo que durar
Sempre tive o que lembrar...
Minha alegria não estraga o sentimento
Porque escolhi ti amar.

De Magela

A boca quer mais!



A boca quer mais!
Quer brincar...
Lutar e não perder
Esse gosto de prazer.

Espantar-se,
Quando a noite cair.
E encantar-se...
Com esse gosto doce.

Não quer perder o sabor.
Não ser esquecida.
Criar sementes,
Apreciar e gostar.

Quer seus lábios quando
Estiverem dispostos.
Sentir no seu beijo
Um simples gosto de café.

Viver o melhor da emoção!
Ser a primeira no encantamento,
E sentir o gosto doce
Que tem uma paixão.

De Magela