terça-feira, 25 de agosto de 2009

Museu Magela


Museu Magela

Farei um museu! Esta idéia me ocorreu...
Alencarei todos os fatos e pessoas que de alguma forma contribuíram, ou foram importantes para mim. Não deixarei seqüela, e a este museu chamarei de Museu Magela.
Tantas pessoas e fatos contribuíram para que eu ficasse assim!
Triste, alegre, absorto.
Amoroso e quase louco, que precisarei homogeneizar.
Sem massificar, separei as salas no museu por uma identificação: a do discurso que fizeram os fatos e pessoas; pela falsidade em algumas situações; pelas emoções; pelo amor; pelo descaso. Enfim; pelo objetivo e o fim que tiveram em mim.
Já pensou ver expostos tudo o que fizeram?
Cenas memoráveis. Momentos únicos que vivemos e que ainda não esquecemos?
Imagine-se nas grandes salas do museu do meu passado!
Cada amigo. Cada peça e mobiliário sendo ali revisto e re-pensada! Cada momento bom. Cada momento mau. Subjetivamente, saberá a articulação que fiz entre o passado e o presente, até que ele ficasse assim. Poderão na sala apropriada estudar minha poesia. Os motivos das alegrias e das tristezas, e a realidade construída para que elas existissem. O Museu Magela terá um público e objeto! Uma oficina pedagógica para enfatizar minhas maiores lembranças. A história viva que não se perdeu. A poesia que me aconteceu. Alguns momentos que foram seus, e que, só agora irão para um museu.
Quem sabe se alguém poderá aprender, com todas as diversidades de sentimentos e palavras que nos ocorreram? Quem sabe?
Alguém ali no fundo, poderia perguntar qual foi a minha problematizarão?
Quem sabe se não ficará tocado, ao entender os motivos de tantas poesias ou se procurará entender a pessoa? Quem sabe se não possa entender as forças humanas envolvidas no processo? Quem sabe se não está no passado a resposta? Quem sabe se ao saber da minha história, esta, não se torna atrativa para outras pessoas; inclusive seus filhos e filhas? Quem sabe o quando de mim poderão aprender?
Uma coisa é certa! Irão perceber a subjetividade que há nas suas palavras e na poesia para esquecer.
E você mesmo possa dizer: “Se não quiser esquecer; vá conhecer o Museu do Magela”.

De Magela