terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Me fale do seu beijo!


Me fale do seu beijo!
Como encontra o caminho...
E por que, mesmo neste carinho
Tem que se conter?

- Amo beijar sua boca!
A vontade de beijar de novo,
Faz tudo parecer...
Delírio!

Carinho romântico...
Que não quer se conter.
Que faz querer ser o céu,
Só para estar perto de você.

Aquele beijo ficou trancado num quarto...
Metáfora desalinhada de nossa vida lá fora.
A chave, eu te dei...
Por isso, é tudo seu agora!


De Magela

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Agora, eu tenho um violão!


Deixei de brincar de “ET” cabeçudo.
Olhei simplesmente o que tenho nas mãos,
Se com versos deslizava no seu mar...
Agora tenho um violão.

Sem palavras cansadas...
Sem implorar mais da emoção...
Sem que os sonhos fiquem distantes...
Tenho agora um violão.

Será questão de paciência,
Esperar que o vento incerto do merecimento
Arranque do peito a ilusão de nova aurora,
Porque, um violão eu tenho agora.

E quando faltar o verso...
Quando seu beijo for somente um sussurro...
Quando sozinho o amor perde-se num escuro.
E, tudo que amamos seja só uma canção.

Vou te arrancar do meu peito!
Num grito emocionante direi o que mais clamo.
Tocarei a solidão ao dizer o que mais quero:
Quero dizer que sempre te amo!

(E que agora eu tenho um violão.)


De Magela

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Espelho


Espelho

Pensamentos em segredos procuram uma alternativa...
Uma aprovação em qualquer lugar no tempo.
Que seja maior que a recordação do momento
Que tivemos amor e vida.

Fugir do carinho se o gosto opõe-se ao avesso.
Dizer que seus beijos nada mais representam...
Cultivar na saudade um bem que não mereço.
E, saber da infinita ciência de nunca mais ter paz.

Não fosse essa ilusão, já teria perecido.
Contudo, chegamos cansados e sós.
Agora pouco importa se ouvem essa voz.
Se, de ti ainda vivo iludido.

Peço desculpa pela dor!
Por ter meu sorriso impune.
Por morrer no seu amor.
Pelo espelho que só revela o ciúme

De Magela

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Verso


"Hoje quem me abraça é apenas o verso,
nesta infinita biblioteca de saudades."

De Magela

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ai! Revelia


Ai! Não será como eu queria...
Cores opacas nesta altura da vida.
Tom cinza na duvida e nos medos.
Mais um avesso na minha alegria.

Realidade chegando rápido demais!
Não é o momento que fica para trás...
Na definição de nova dor,
Quando os olhos machucam mais.

Ai! Fantasias deixando feridas inflamadas.
Momento de duvida que nos foi preciso...
Que grita o silêncio,
Para distinguir o inferno de paraíso.

Não pode ser como eu queria...
Seduzir implica premeditar.
Nem sabia... Mais essa agora!
Do amor, eu sou a revelia!

De Magela

O silêncio passou pela porta





Olha!
O silêncio passou pela porta
E falou de você.

Disse que no fundo
O que sente não é amor...
É dor!

Dor para se ver
Precisa fechar os olhos...
Viajar profundo numa angustia.

De olhos fechados pode se ver
Como um amor pode ser tolo.
Tolices de lagrimas sem sentidos.

O silencio que passou pela porta...

Disse que vive de olhos fechados.
Pois, com olhos fechados
Nunca se muda coisa alguma.

De Magela






Conversa das bonecas


Que é isso narizinho?!
Há mais a esconder...?
Não! Ela se desculpava.
Tudo em preto e branco e mais você.

Riso pálido...
A lua nunca deixa meu silêncio perfeito.
Vá clarear oceanos e faça direito!
Não! Resmungava. Vou lavar meu cabelo.

Pode uma mulher derreter tanta incerteza,
Despertar o que ficou lá atrás?
Colocar fogo no sol e escurecer, no mar, a profundeza...
Então para que se precisa da paz?

Não! Disse Narizinho.
O que não muda, não pode ser feliz.
Fogo, amor e água mudam sempre de lugar.
Mas não irei te deixar sozinho.

De Magela

Seus olhos: canção de nossos amores.


Seus olhos: canção de nossos amores.

Nada havia, a não ser o som do cetim
Deslizando sobre um corpo...
Um silêncio quase prolongado,
Prestes a colocar lágrima no meu rosto.

O que importaria mais do que aquele momento,
Quando o som de lembrar dissabores faz contente a confusão?
Mesmo que se perdendo por dentro...
Refugio feliz é a ilusão!

A ilusão que tenho sempre
Nunca conviveu com a dor.
Visita para minha sala...
Comprometer-se nunca foi problema para o meu amor.

Nada havia, a não ser o som do cetim.
O Cheiro do seu corpo comprometendo as flores...
Seus olhos encontrando os meus:
Canção de nossos amores.

De Magela

sábado, 9 de janeiro de 2010

Café com a saudade


Café com a saudade

Hoje em meio a correria, num desses passeios
Que se faz pela Praça da Sé;
Quando todas as lembranças juntam-se por devoção,
Convidei a saudade para tomar café.

Andando devagarzinho e segurando-a pela mão...
Café Boa Vista, falar sem parar, sair da defensiva e tudo o que se quer.
Café da São Bento, café do Padre Anchieta e Boulevard...
O que fazer se ela não para de falar?

Saudade, por que não vai pra outro lugar?
- Gosto do seu cheiro, ela disse.
Gosto de passear em ti como num versejo...
Olhar seus olhos e não definir o que se faz com o desejo.

Gosto de andar a pé...
Quando tudo é um átimo.
Realidade chegando rápido
Quando se toma um café.

Por que não me deixa um pouquinho
Para que eu possa escrever?
Gosto-te mais assim!
E não quero te ver sofrer.

A solidão do poeta pode ser intensa, mas é muita cara.
Cria com palavras sem compaixão...
Esquece a cor que a felicidade costuma ter.
Faz poesias para esquecer!

Contigo,rodopio pela cidade...
Na solidão de um café, ou na busca de emoção
Somente a saudade é que vai compreender
O que você tem para dizer.

De Magela

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Me encho de defeitos


Me encho de defeitos


A natureza usa cores para mostrar
Os odores...
Começo, meio e fim.
Os amores e suas dores.

Me encho de defeitos
Para justificar uma ausência...
Faz o que a chuva faz:
Te leva de mim.

É assim, que te quero, mas não posso!
Que amo e tenho medo!
Se a vejo; te agarro.
Se a tenho renovo o pecado.

Nunca chego ao fim do sonho assim!
Podem bater de fazer cortar e suar.
Lua nova, casa nova...
Também tenho cores para te mostrar.

Magela

Atraso


Atraso.


Seu verso é demais!
Tem cada imaginação...
É um amor esse seu dengo
Que afeta mais que a canção.

Vou te lendo e vou vivendo...
Mas, leio com atraso.
Não é que o amor esteja morrendo...
Nunca foi o meu caso!

O que tiver que ser será...
A verdade é que vou te ler mais devagar.
Nos amamos tanto e, no entanto...
Somos Um verso.

Um verso que é demais!
Mantém a seriedade entre nós
Fala da verdade que ainda existe:
Mesmo se houver atraso o amor nunca desiste.

De Magela