terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Perfume


Perfume (a poesia)

Perdido o toque, o amor fica sem sentido...
Nas vezes, que isto acontece, é quase intoxicante pela perda da substância
Ele que esta por toda parte...
Em aromas suaves, como o da flor e da lua.

Em muitas vezes têm outra aromatização...
Talvez,para que sirva de inspiração a outros poetas,
E oculte com solidão, o que mais se confessa
Nesta tola saudade sua.

Há milhares de essências escondidas naquele corpo...
E a certeza de que pela primeira vez a vida fez algo por amor de mim!
Como se fosse eu, um artista de verdade...
E que com a sua melhor performance alcançasse a sua vontade.

“Nenhum homem pode provar seu valor se não conhece o seu perfume.”
Se não conhecer o rastro amargo que se escreve ao final,
Quando se alcança a fragrância de toda beleza
Que viaja na maior solidão que existe.

O seu amor me conduz a esta ilusão intacta!
Nunca antes alcançada, e que não posso conservar.
Só existe uma forma de conter este seu perfume:
E esta forma, é te amar!

De Magela

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Se me ama...


Se me ama...

Não havia jeito de esconder.
Nem como evitar...
Que a vida virasse festa que não se pode conter,
Que olhos iludidos, perder-se-iam nos sonhos...

Não dava para nada mensurar!
Quando, fitando aqueles olhos....
Sua boca foi ficando perto da minha...
Da minha loucura!

Seu cheiro foi dizendo coisas
Ao meu corpo que jamais ouvi.
É nesta hora que a gente entende,
Que o beijo já nasce carregado de veneno e intenção.

É nesta hora que dava vontade de fugir da alegria,
Quando a boca driblando seu medo
Para dizer bem baixinho assim:
Se me ama não faça nada. Se me ama, ria!

De Magela

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Perfídia umedecida


Perfídia que esqueço de forma umedecida,
Com tardia reconheço,...
Esclarece no peito, dizendo que seu amor pra mim é vida!
Que quando mais ardia, fez o desfavor que ainda cobra um preço.

E sem nenhum encaixe perfeito!
Zombando e fazendo sonhar...
Fazendo tudo parecer direito:
Subidas e descidas, iguais as ondas do mar.

Assim, fiz o que a vida imaginou:
Traduzi na poesia este ungüento meu!
Até aborrecer-me das mágoas que este amor ditou...
Buscando fazer mais rimas no universo seu.

É que, às vezes, o verso chora!
(Perfídia que esqueço de forma umedecida).
É assim que amo bem devagar...
Amo sem pensar: quem a minha solidão implora!

De Magela

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Estrela


Estrela
Sei que é difícil segurar lágrimas
Para não parecer sentimental demais...
É algo que faz doer o coração tomando conta dos pensamentos.
Deixando todos os momentos assim, banais.

Aquela vontade é de fechar os olhos...
Acreditar que tudo faz parte de um sonho...
Um simples sonho;
Que já vai acabar.

Mas, a realidade é mais dolorosa.
Sabemos responder a felicidade,
Por que não aprendemos a responder
A estes momentos?

Momentos em que a angústia faz uma simples pergunta...
E a resposta é uma afirmação delicada
Que não se consegue encarar:
Comigo você não está!

De Magela/Joani Barros

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Livros, não são xícaras de chá!


Livros, não são xícaras de chá!

Livros não são xícaras de chá
Para acalmar seus nervos!
A vida não é orvalho na manhã...
Para resolver angustias e medos.

Se, desistiu dos sonhos teus...
Não deve conhecer os segredos
Que escondo dentro dos olhos meus!

A boca dela ficou breve e pequena.
Aqueles lábios frios e parados...
Repentinamente tomaram cor e,
Ficaram quentes sem qualquer forma serena.

Blasonavam!
Saudade em demasia, sufoca!
O peito chove a alma...
Mas não anistia o que no peito se invoca!

Você é que é meu verso!
Meu verso de encantar, de sonhar, verso gostoso de pegar...
Apertou-me num beijo sem pestanejar.
.
Não quero ser teu chá! Não quero orvalho para explicar...
Não quero seus segredos...
Seus sonhos e seus apegos,
Mas quero sua boca na minha!

De Magela

A saudade é uma escada!



A saudade é uma escada

Alguns morando mais longe que a saudade...
Perdem sentimento e amor.
Por ruas de terras, nos subúrbios desamparados...
Na tristeza daquela hora dos olhos fechados.

Nos lugares mais imprecisos...
Aonde se solta finalmente o grito!
No ermo mais ermo, que às vezes bem, às vezes mal, conforme a lua.
Não infinito remorso de uma lágrima com o gosto do sal.

Na tabatinga impenetrável deste peito meu;
Que pela falta de água, perde-se na existência, do amor que esqueceu.
Que se aflora no amargo do sentimento, carregado das palavras sem cores...
Juntamente com a frieza das dores.

Na distancia sua, que fez luz o vagalume a Iluminar nossa estrada...
Alguns morando bem mais perto,
Descobrem que a saudade é uma escada
Mas do amor que sinto, não sabem nada!

De Magela

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Suspira o amor...



Suspira o amor...

O mundo suspira o amor...
E em qualquer sensação precisa ter ouvido.
O som do amor que a gente ainda sente...
Quando o tom das palavras acaba sem sentido.

É que o nosso amor ficou doente...
Absorvente ficou mudo.
Atacado da mais estúpida loucura
Que há num olhar: confundiu tudo!

Aflito!
Alegria que não passa...
Mais que um grito,
Sacrifício que à toa se desgasta!

Melancólico vento...
Sorriso da estrela dormindo.
O mundo suspirando amor,
E eu, gemido de saudade, ouvindo.

De Magela

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Recordação: poesia para você!





Há ventos que nos trazem pessoas...

E como se fosse um reflexo do tempo,

Mesmo em distância,

Perpetuam-nas em nosso pensamento.



São fotografias das quais a saudade

Terá sempre um dispositivo.

Como documento vivo guardado...

Revelado em memória.



Há pessoas que nos trazem ventos...

E como se fosse um reverso no tempo,

Ficam sublimemente presas em substância,

Revelando mais que os sentimentos.



São maravilhas, das quais a sinceridade tira uma cópia furtiva!

Tendo sempre a mão todos os seus negativos:

Perpetuando em cada momento, o amor, o sentimento...

Revelando sem constrangimento; toda história de nossa vida!



De Magela e Joani Barros

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Saberá que em toda manhã há uma certeza que não mente.


Dirá a certeza moldando idéias à clareza dos sentimentos...
Quando nuvens não são mais do que vultos.
Quando caminhando a beleza de nós se ausente:
Que o amor não mente!

Terei firmeza...
Quando seu olhar atrair mais atenção.
Quando a vida moldando desistir...
A alma branda se perder na espera.

Quando de saudade, sentires teu corpo no meu se comprimindo...
Tal qual, felicidade, vento e montanha!
Como o luar sorrindo sobre o mar,
Numa só forma distinta...

Saberá que em toda manhã há uma certeza que não mente.
Saberá o que todos sabem, sem eu ter que gritar:
Ferindo espinhos rosa a primavera...
Mas nunca deixei de te amar!

De Magela e Carmem Teresa Elias

Sou os galhos vazios, sem vozes e sem céu.



Lá se vai a tarde.
Não ouço nela o som de adeus....
Caminha sozinha procurando respostas;
Perguntando na manhã o que dura eternamente?

Frio e quente...
Sem socorro está a vida.
Árvores, bem-te-vi, sanhaço, tesourinha cantavam aqui.
Agora, com o vento: fugiram!

Lagoa chorando triste por alguém que partiu,
Vive sem garças!
Pássaro confuso...
Lá na beira do rio!

Quem banhará as folhas do chão?
Os galhos vazios, sem vozes e sem céu?
Quem ouviria se meu coração gritasse:
Que eu sou o sol! Que sou como o sertão quando finda a tarde...?

Sou o silêncio chorando de saudade
Para que o tempo passe...
Sou os galhos vazios, sem vozes e sem o céu,
Por favor me abrace!

De Magela e Teresa Cristina Flor de caju

Consciência negra nº 4


“Se puder...
Diga que me ama sem usar qualquer palavra”.

De Magela

Consciência negra nº 3


Minha consciência é negra.
É ela quem diz assim:
Tem coisas que são imperfeitas...
Mas nem por isso, são erradas.

Como amor e saudade...
Como o beijo que se dá a distancia. Vaidade do amor...
Gente grande brincando de ser criança.
Coração brincando com a dor!

De Magela
(PPAL–2006)

Consiência negra nº 2



“Trás do amor...
Atrás do tempo.
Traz carinho...
Já não agüento!

Pensamento sem verbo...
Sou inconseqüente. Meu amor é verbal!
É mais que a sua canção...
Grafema intencional.”

De Magela
PPAL 2008

Consciência negra nº 1




“Você conhece a minha nudez!
Mas não reconhece minha alma”.

De Magela
(Poesias em Preto e Branco -2008)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

E desaba no meu verso!



E desaba no meu verso!

Na sedução dos teus olhos
Não se emprega força alguma...
Ao contrário do que sinto;
Nem noticiam o meu desespero!

Nem ao menos!
Defende-se da paixão que causou.
Desabando feito capricho...
Este arsenal de amor antigo.

Andarilho de sentimentos...
Louco, aflito e dos retalhos....
Declamados na emoção,
Deixando o coração em frangalhos.

O amor que provém dos meus sonhos
Fica amontoado na imensidão da alma.
Feito da intensidade do universo
Defende-se da paixão desmazeladamente, e desaba pelo verso.

De Magela

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O que tanto o amor cochicha?


O que tanto o amor cochicha?


Completei meio de improviso...
Quando suas palavras diziam baixinho:
Que o amor estava logo ali,
E sem as rimas apressadas no caminho.

Percebi que tudo ia se modificando.
Que temas leves não saciam os medos!
Que a poesia, se escreve nos lábios...
Nos vários estilos que têm os desejos!

Completei seu verso de maneira sutil:
Sem rimas, engodos ou companhia...
Fiz daquele momento meu;
Leveza misturada com o seu carinho.

Descobri que a poesia de nossos corpos colocados não se modifica...
Procura descrever a clareza que questiona baixinho:
O que tanto a gente sente e,
O que tanto o amor cochicha?

De Magela e Carmem Teresa Elias

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Molha as palavras...


Molha as palavras nas horas mais incertas, o meu verso!
Sem nunca socorrer-se desta traição...
Medos inconseqüentes da alma inquieta
Ficam machucando o sentimento em conspiração.

Cinqüenta anos insignificantes de rosto e de corpo...
Conquanto fosse, tinha nas palavras o mais fiel manifesto,
Só que do amor nunca fui socorrido.
E sem qualquer gemido, molha o silêncio de mais um verso.

É bem misterioso gostar da solidão que às vezes peço.
Perder-me no contexto em que vaga a imensidão!
Sem qualquer guarida... Tendo apenas, caneta, papel,
E ilusão.

Por isto, vou além quando nesta me comprazo!
Dou vida a esses momentos para revelar que não há mistério algum:
O segredo é te amar mais que a compreensão,
Pois mesmo na solidão do amor sempre somos um.

De Magela

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Borboletas e solidão



Borboletas e solidão


Cisma de plantar dissabores,
Diz a realidade das palavras sem hora certa.
Diz isto, em meio a essa festa de flores...
Cores e mais dores.

Esse temperamento da doçura e perdão...
Que quase desequilibra,
Na conversa com a tristeza e,
Pondo termo ao coração.

Sonhos que moram longe
Perdem- se no caminho...
É desordem na solidão,
Que com dor e alegria sempre vêm e não sei de onde.

Cismo mais que sofrido.
Molho com palavras a tristeza mais incerta...
Neste amalgamar da imaginação e a alma dileta,
Transformando borboletas em solidão.

De Magela

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Hoje, o amor me abraça!


Hoje, o amor me abraça!

Gostei de ter reencontrar...
Ver nos seus olhos o mesmo texto.
Poder adorar sua beleza sem requintes,
E, mais uma vez, envolver-me com sua poesia simples.

Hoje, o amor quer me abraça,
È mais envolvente do que outrora...
Usa um tom mais alegre e vibrante,
Do que quando você foi embora.

Visto no olhar...
Aquela rima antiga.
Para viver, amar, sorrir e sonhar...
Lembrando a forma amiga que me fez apaixonar.

Se meu coração diz...
Que na saudade também vive a liberdade!
Há na afirmação uma forma intensa de sentir,
Se meu olhar lê no seu mais que esta verdade.

De Magela e Carmem Teresa Elias

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O perfume que veio foi o seu!


É primavera...
Esperei para que se refizesse o que aconteceu.
Preparei-me tão somente para o perfume das rosas,
Mas, o que hoje me veio, foi o seu!

Como a primavera, o amor tudo pode!
Para ele, e com ele, não há obstáculos.
Não há condição que o vença!
Mesmo se a tristeza tiver mais que tentáculos.

Esperei-te com as mãos cheias de nada,
Já sabendo o que me enaltece.
Sabendo que ficava mais bela
Quando seus olhos morriam!

Afora o amor que lhe posso dedicar...
O que pode ser mais belo nesta quimera
Seus olhos tão tristes e sozinhos...
Ou, o hálito das rosas na primavera?

De Magela

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Desdenho a ti




Sem dar vistas aos olhos...
A felicidade de nós outros,
Que desdenham o céu é pouca,
Por isso, desdenho a ti!

Tamarindo pequeno...
Cálice incompleto.
Minha esperança cheia de protocolos,
Cuja vontade tamanha foi morar no universo.

Amuo a voz para te explicar,
E para dizer que há um fogaréu em nós
Que queima sem carvão.
Aquece reclamando chorando na paixão.

Por isso, desdenho a ti!
Pois, contigo faço coisas piores!
O que pensas eu penso; se sentes eu sinto...
É em seus olhos que leio tudo isso!

Por que o amor não me conteve apressado...
Não explicou que esta emoção,
Nunca completa a felicidade
Que encontra em seu coração.

De Magela

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Nossos corações são velhos casarões



Fora do corpo, edificado ao gosto antigo,
Lá se vão meus queixumes!
Cheio de cores cambiantes...
E viva luz a fornece-lhe os lumes.

Meu gosto está distante...
É ele sempre o centro deste redondel de sentimentos
Que me ocupam os pensamentos e,
Todos os espaços.

Pelo dia afora se precipitam como saudade iluminada...
Revestidos das cores que terminam com tons azuis.
E ao crepúsculo: ouro!
Cercado da púrpura dos ais...

Galanteio moderno a encobrir tristezas...
Exagero de casa abandonada!
Casa velha da sua ausência...
Das eiras, beiras e longa fachada.

Um tanto feia, é verdade, mas desculpa-se
Pela vegetação da vida,
Que sempre pede mais um tempo!
Que sempre amenizamos na aflição.

Lá se vão meus queixumes edificados e com faixada.
Justificam os exageros que fiz do amor!
Animando ruínas desta casa abandonada;
Nossos corações são velhos casarões na mesma dor!

De Magela

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Então fecho meus só para te encontrar...



Só para te encontrar

Verdade inacabada que ao infinito seduz.
Imagem parada do nada!
Cheia da verdade sem coragem,
Que no amor se conduz.

Medo e desejo juntos num só engano!
Feito de silêncio e luz.
Pecado mais que profano...
Quando no tempo se reduz.

É em pensamentos que viajo a ti, nesta estrada cheia de sonhos seus.
Sonhos que mesmo acordado vem me buscar.
Quando parto da vida sem que cada gesto tenha sido em vão,
Porque quando ouço o silêncio: escuto seu coração.

Então fecho meus olhos...
Seu amor me encantou sem pestanejar.
E num vôo rasante e inconseqüente,
Fecho meus olhos, só para te encontrar!

De Magela/Mbb.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

De saudade estou perfumado


De saudade estou perfumado

Animam-se com o cheiro.
Um olhar...
Um gesto vago...
É, que de saudade hoje estou perfumado!

E, é assim que me faço notar.
Tentei achar palavras para dizer o que existia...
E o que sentia, sentia medo.
Se eu amar, quem iria notar?

O medo faz a lua linda parecer mais cheia...
Entusiasmado saio para o nada, e a declarar o amor.
O amor nos perfuma todo, e por inteiro,
Antes do coração ser flor e voar.

O que ensaiei para dizer levou uma vida inteira!
E minha alma se iluminou com tanta vontade!
E meu corpo para dizer o que sentia...
Perfumou-se em meio a tanta saudade.

De Magela

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Tikrak


“Bum, bum, bum, bate coração bobo,
Coração mole!"
Se atrapalhe nas horas, com seu tic-tac.
Confunda tudo!
Bum, tica-bum e tiki-rak.

Se não vejo a hora de te ver;
Se nem tão pouco...
Ouço o que ele quer dizer:
Perco a sintaxe.

O som que sai é esse tica-bum, bum e tic-tac.
Porque no amor a gente só inventa!
Quando o coração quase se arrebenta...
De saudade ele esquenta e... tikrak!


De Magela

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Até fazer sentido!


Tudo em você me dá o amor!
Amor que o desejo exalta enlouquecido.
Tudo se excita, quando a emoção pousa em mim,
E nada mais, faz mais sentido.

Amo seu tudo!
Seu corpo a esconder-se no céu
Fazendo-se procurar...
Olhos no vazio até você voltar.

É assim que meu amor passeia!
Troca olhares, carinhos, às vezes sozinho...
Toca o infinito sendo romântico,
Que o coração campeia.

Entendo seu avesso!
Vejo-te do lado de fora!
Revejo de qualquer jeito...
Pela emoção de amar agora.

De Magela

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Fome


Meus olhos, meu corpo e
Minha alma tem fome de lua,
Porque no final a solidão
não é só a sua.

Todos os poros


Evasão e refúgio...
É o que mais ampara espíritos em contenção.
Força de sutileza a se esconder...
Revelia que se passa num coração!

É isto o que confesso!
Confissão mal escondida, talvez...
Amargura que não se comporta
Idéia que o amor nos fez.

Grito!
Lamento transfigurado, tinta eloqüente.
Carrega com narrativa...
A chama deste amor doente.

Tormento mais que tormento!
Que não consigo calar.
Sai por todos os poros
Essa vontade louca de ti amar.

De Magela

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sabonete e beijo





Ontem senti saudade do seu perfume.
E achei engraçado como a beleza vagueia...
Deixou a saudade mais bonita!
Com mais este lume.

Foi quando peguei aquela caixa decorada...
Cores falando poesias;
Letras bem recortadas...
Forma cheirosa para lembrar a minha namorada.

Sabonete de beijo:
Era assim que se fazia bonito
Apertava a caixinha querendo dizer que adoro sentir você,
E realizar o que nela estava escrito.

Perdoe a fantasia...
Cabeça fica embaralhada. Sabonete natura...
Molhei o roso na alegria:
Lembrei do seu perfume e de sua candura.

De Magela

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O que o silêncio tenta dizer


O que o silêncio tenta dizer

Às vezes, o que mais dói...
É o que esse grito de silêncio tenta dizer.
Diz que amo...
Mas se perde na intenção.

Fica separado neste desacerto
Que enfraquece o coração
Sem perder seu endereço...
E sem resolver a questão.

Recusa sem ansiedade alguma
A decisão mais provável:
Endireitar o pensamento e te esquecer...
Dar certeza a solidão.

Diminuído pela incerteza,
Ganhasse tempo falando de amor.
Continuo ouvindo música nas tardes sem vento.
Continuo a ouvir o grito deste silêncio!

De Magela

Quando meus olhos choram


Quando meus olhos choram


Percorre seu desterro,
Mas dê forma ao amor meu!
Cante na vida a obra deste poeta
Que a poesia esqueceu.

Que morreu num simples verso!
Que atravessou salões.
Que abriu todas as portas
Que se perdeu nas intenções.

Que sobreviveu da ilusão do seu amor,
Pensando que arrancava todos os medos.
Que continuou a remar mesmo chorando,
Que fez do barco e mar, juntos num só engano.

Tarde sem vento.
O mar e a brisa se aquietaram...
Viuvas felizes no abandono
Quando meus olhos choram.

Claridade na tarde...
Sol morrendo bem devagar.
Um pensamento percorre o firmamento:
Por que o que penso não posso gritar?

De Magela

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Simbiose


Simbiose


Quase desequilibra o peso de corpos...
Que ocupam o mesmo lugar.
Mesmo acostumados a se juntar,
Gastam o amor antes que acabe.

Corpos neste encaixe...
Harmoniosamente um no outro,
Grudados mesmo que puxe,
Não separa nenhum.

Lua procurando o sol...
Vento a montanha.
Nuvens o mar...
Natureza a terra.

Eu procuro em seu olhar;
Razão para minha sintonia.
Amar-te só não basta!
Não há porquê se dar.

Seu corpo sobre o meu,
Vidas em simbiose.
Caminhos indefinidos...
De carruagem indo para o mar.

Seu corpo sobre o meu...
Justapostos sem constrangimento algum.
Sentimento que misturo ao seu,
No amor e na vida, somos um.


De Magela

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Carbono quatorze



Carbono quatorze


Radioisotopo simplesmente...
Fenomeno de radiação alfa, beta e gama.
Forma magnética, porém mais energética,
Como o coração que ama.

Que o decaimento radioativo transforma:
Algo natural em outro elemento.
Reações de nitrogênio.
Nêutrons dos raios cósmicos atmosféricos em bombeamento!

Meu amor também faz guerra!
Enquanto a vida existir...
Será carbono quatorze que circula na atmosfera...
Litosfera e biosfera!


Se morrer o amor, todo equilibrio se pertuba!
O decaimento fica mantido...
Pode até haver exceções na datação,
Quando o elo for perdido!

Mas chegar-se-á na mesma conclusão:
A idade determinada no verso,
Qualquer que seja o método usada para datar...
Afirmará: Amo-te, desde o universo, antes de tudo isso começar!


De Magela

terça-feira, 6 de julho de 2010

Êxodo


Êxodo


Confesso!
Tenho sonhos e teimosias,
Além da necessidade permanente de sonhar!
Êxodo de pensamentos...

Fuga financiada pela saudade...
Que sempre remete a ter mais que uma ilusão.
Para dar forma a esses sonhos...
Criando com fábula uma promessa.

Promessa sempre nos serve de embarcação!
São promessas que nos compelem a procurar aventuras...
São promessas que nos levam a ter desventuras...
No fundo do coração.

Sem engajar tripulantes...
Marinheiros recrutados por qualquer habilidade!
Ressucito Maria dos Prazeres, índias pretas e brancas,
Como exercício da minha ilusão.

Confesso...
Para que teimar e querer verdades?
Poesias, risos e revelações...?
Se nem imaginam as viagens que faço num pensamento,
E quais sejam minhas intenções...

Meu barco busca seu verso!
Sua promessa de amor sem pretensão.
Porque vivo perdido nestes dois universos
Vivendo suas esperanças e as ilusões.


De Magela

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Descasados


Descasados


Como iremos explicar sem complicar...?
Ex-esposa... ex-marido...
Por que tivemos que separar
O mal deste desejo tão antigo?

Quem apontou defeitos no casamento?
O que fizemos que nos levou a isso...?
Quem foi que quebrou o juramento...
E não cumpriu seu compromisso?

Só não entendo por que desprezar os filhos...
Matar a realidade, esquecendo o conceito.
Talvez, para eles tenhamos que explicar,
Que em tudo sempre há mais de um defeito.

Talvez, possamos falar destas coisas,
E dar novo rumo a nossas vidas.
Pássaros envelhecidos na invernada,
Procurando rotas desconhecidas...

Não saberei explicar o que nos aconteceu!
Porque nada mais vale o casamento.
Se foi você quem errou, ou se foi eu:
Amor, paixão, Ilusão de nosso tormento.

Quem saberia explicar uma separação?
Por que, tudo lhe fez ficar bem diferente,
Se nunca soube lhe explicar as coisas que sinto...
Por que a busca do amor nos torna, assim, inconsequente.

Mesmo nas águas claras
A verdade não pode ser vista com clareza.
Por que isto ainda me prende, se nada mais faz sentido?
Só a nossa incerteza...


De Magela/Joani Barros





Mágica trombeta



Mágica trombeta

Contamos nossa pobreza
Como uma história pouco lida...
Contamos sonhos...
Sem pretensão de mudar a vida.


Para os sonhos que envolvem dinheiro...
Temos no coração mais que uma lembrança florida.
Não temos atitudes que nos levem a guerra!
Que na maioria das vezes não possui guarida.

Temos a esperança que se desculpa de si mesma.
Oficialmente encaixotadas em lagrimas e sorrisos naturais.
Matas verdes , ouro, céu azul o tempo todo...
Terra e muita paz.

Se nos convidam para guerrear...!
Só sabemos sorrir.
Por onde passamos zoam trombetas
E a única explicação é esta mágica corneta.


De Magela

sexta-feira, 11 de junho de 2010

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Energia escura


Energia escura


Energia escura...
Coisa desconhecida e inesperada.
Para prova que tudo muda...
Utilizando forma acelerada.

Expansão!
Não é fácil assim, que dê para contrabancear...
Se nos corpos faltam gravidade,
Como prever a reação?

Quando toda matéria começa a se contrair...
Pontos densos no infinito sem compreensão...
Mas, com singularidade na inovação
Começam a se comprimir.

Big Bang do avesso!
Nosso amor é assim:
Não aceita o conserto,
Como hiodrogenio em nebulosa: explode no fim!


De Magela


(A melhor metáfora é feita de amor e de ódio).

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Amor que não existe!




Ouça nossa música...

Romeu e Julieta, amor que não existe.

A música faz pensar que tenho uma alegria triste...

Porque nela é você que me assiste.



A lembrança de tudo de ti me faz tão feliz!

Mas é a ausência que em mim persiste...

Que não sei mais separar dos versos

De quando partiste!



Nem sei mais dizer...

Por que o amor que tenho

É como uma música ao longe...

Porque é esta alegria triste!



Não sei mais amar...!

Não sei mais cantar!

Não sei o que fez meu coração sonhar...,

Se o seu calor... Se Romeu e Julieta... Amor que não existe..!


De Magela

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Amor é isto.





Sentimento forte, fraco e covarde...

Meu amor é sublimeão!

Como um fogo que sempre arde

Que do o universo quer atenção.



Meu amor é subline assim...

Pela sintonia com a sua alma.

Pela cumplicidade de voar bem alto

Quando a solidão não se acalma.



Meu amor não se degladia!

Nem se importa em ser descrito...

Recita com póesia,

Se a dor excede o grito.



Meu amor é o bem que te procura!

Que se alinha num único verso.

Se desculpa com candura

Na paz que a você eu sempre peço.



De Magela/Schiavone

terça-feira, 18 de maio de 2010

Eu e a flor


“Um dia, passeando no jardim, ouvi e vi uma flor a cantar.
Eu estava perdido em pensamentos...
Mas a música, para um coração, sempre faz repensar.
Fechei os olhos para ouvi-la com alma...
Ela já é tão bonita, assim solitária, por que precisa entoar
Com a brisa, algo tão comovente?
Abri os olhos, não resisti e lhe perguntei:
- Por que cantas assim, minha flor?
A poesia tem sempre explicação para a dor da gente,
Mas ao amor não cabe perguntar.
Há flores na poesia...
Como há flores que não se gosta.
Canto porque o amor esclareceu:
Para tudo, sou eu a resposta."



Eu e a flor


Sem perguntas...

Apenas sinta.

Não tenho mágoas no coração...

A felicidade impede que eu minta.



Se me achar...

Escreva o oposto.

Faça rimas sem rosto

Reverta com gosto.



Faça com que rime a saudade fria

Com melancolia...

O passado de alguém que ainda sente...

Esta necessidade tão presente.



Faça a poesia compreender que o amor

Não é como se vê...

Este dueto que só sai de você.

Cada qual com o seu compreender.



Sem perguntas...

Apenas sinta.

Se o amor tiver que dizer aos sentimentos...

Talvez não diga o que você gosta. Dirá com certeza:

Vim apenas lhe dar a resposta!


De Magela e Schiavone

Desejo e sombras


Desejo e sombras

Apenas o desejo e sombras...
Inocente vontade causando turbulência.
Coragem ajeitada pelo coração...
Vasculhando meus sentidos.

Arrepia o corpo...
Meu olhar fenece.
Mais que um gesto...
Que o beijo enrijece.

Calma dos gemidos...
Falta de razão...
É mais um desejo inocente
Agitando-se no coração.

Voz do meu peito
Que a realidade inflama.
Apenas o desejo e sombras...
Confusão de quem ama.


De Magela/Joani Barros

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Joguei


Joguei

Descobri que não sei mais te amar...
Sei que um coração procura amores impossíveis!
Que sonha cheio de paixão...
Com dias felizes.

Na espera que entendesse os sentimentos,
Criei, com o passar do tempo, este desamor.
O amor abalasse no desgosto,
E se transforma em uma dor...

Como palavras difíceis que complicam sem guarida!
Como sonhos coloridos de tanto te esperar.
Seu coração mão é mais um porto seguro...
Não quero mais chorar!

Agora, já joguei nos penhascos da vida
Todos os momentos de nostalgia!
Não quero mais te amar!
Vou deixar aflorar a alegria contida em dias de melancolia.

De Magela e Regina Trofino

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Nasceu de novo


Nasceu de novo...
O mesmo desejo impaciente de tocar seu corpo.
E,num curto espaço de tempo...
Percorrer seu tudo.

Descobrir na sua pele fria,
Sensações impossíveis de explicar.
Difícil é explicar a beleza no formato que vive exposto.
É difícil explicar o amor conosco.

Para fugir deste desejo preciso de espaço em branco.
Preciso de caneta e de papel...
Olhos no acalanto...
Mágoas ao léu...

Eu a amo tanto!
Que preciso apascentar esta espera.
Sem temer que o desespero facilite ao coração,
Mais que a ilusão de uma quimera.

De Magela

terça-feira, 23 de março de 2010

Amalgamar


Amalgamar eu e ti.
Do eclipse seu...
Fazer a vontade minha,
E, combinar.

Este crisol de saudade que fica
Apertado no peito, num espaço sem mar.
Sem a precipitação da verdade que, às vezes,
Faz-nos vacilar.

Amalgamar...
Juntar seus desejos aos meus.
Sabendo que sai assim...
Nosso desejo mais antigo.

Abicar no oceano errante...
Tudo com ar de solidão,
A aflição que trago comigo,
Que fica sempre na esperar da sua noite.

Amalgamar com imaginação,
O que só a nós faz sentido:
Amor que dá a cura...
Convencido de imensidão.

De Magela

quarta-feira, 17 de março de 2010

E vive queimando


Meu amor é fogo e vive queimando!
Mesmo sem os pretextos que a vida transforma em ilusão,
Como os sonhos que terminam diante do mar...
Ajeita-se; clareia e continua vagando.

O que sinto colore e destoa!
Vive sombrio e quase enjoa.
Corrói, quando magoa...
Completo te perdoa!

Tem olhos atentos esperando sua colisão...
A garganta seca de expectativa.
Sentindo seu galope poderoso,
Escolhe ser vencido na emoção!

Meu amor destoa e segue vagando...
É fogo que vive queimando.
Desprotegido, na ilusão de todas as horas
Entristece, mas continua te amando.

De Magela

O amor é mar





Mãos inteligentes que dançam e semeiam...
Vozes pintadas de todas as cores.
Que a todos os amores permeiam
Decompondo suas dores.

Vozes sujas de saudade!
Saudade, que invento sem discernimento,
Para esconder uma verdade,
Que não revela o pensamento.

Mãos que tocam o rosto!
Este navio sufocado e confuso...
Que chora por quem partiu
Num pesadelo obtuso.

Rogo que não revele o segredo meu!
Do meu amor cigano sobre a terra.
Atônito olhar que a aflição de amar, nunca venceu.
Aturdido, descobre que o amor é como o mar, e erra.

De Magela