quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Molha as palavras...


Molha as palavras nas horas mais incertas, o meu verso!
Sem nunca socorrer-se desta traição...
Medos inconseqüentes da alma inquieta
Ficam machucando o sentimento em conspiração.

Cinqüenta anos insignificantes de rosto e de corpo...
Conquanto fosse, tinha nas palavras o mais fiel manifesto,
Só que do amor nunca fui socorrido.
E sem qualquer gemido, molha o silêncio de mais um verso.

É bem misterioso gostar da solidão que às vezes peço.
Perder-me no contexto em que vaga a imensidão!
Sem qualquer guarida... Tendo apenas, caneta, papel,
E ilusão.

Por isto, vou além quando nesta me comprazo!
Dou vida a esses momentos para revelar que não há mistério algum:
O segredo é te amar mais que a compreensão,
Pois mesmo na solidão do amor sempre somos um.

De Magela