segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

É!


Não sussurra o amor que esta em mim...
Como quem quer apagar um caminho.
Ele grita assim.
Para não dizer baixinho...

Não se digladia no meu peito.
Não medita!
Não acredita no adeus!
É!

É meu desapego de tudo.
Desassossego no mundo...
Meu dengo e meu zelo,
Meu medo.

Meu coração não mais sussurra
A ter que te dizer baixinho,
Tudo o que você já sabe
Que é!

De Magela

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Nuança.



Nuança.

Contraste sutil das coisas,
Entre mim e ti.
Graduação sonora...
Resultante de intensidade no espaço.

Nuança! Como braseiro no coração,
E a frieza entrosada nas cavidades do peito:
Ligação sutil da água, fingindo sangue...
Violando a verdade como se fosse um defeito.

Nuança a sutileza que fez seu amor para mim!
Colocando ordem no ciclo cósmico dos mundos,
Para que na escuridão do universo...
O amor não conheça um fim.

Tragado pela imensidão... Perdido sem esperança...
“É assim, que meu sonho é um sonho distante, latejando como ferida!”
Que com sua lembrança se nuança.
Porque é somente por ti que torno a vida.

De Magela


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Falta um pedação!


Falta um pedaço aqui!
Na verdade falta um pedação!
É tudo tão corrido...
Não compreendo essa sensação.

Amontoei tudo e, não sei o que faço!
Acordei deste sonho absurdo e sinto falta de espaço.
Falta descanso.
Falta mais que um pedaço!

Falta você dizer que não esqueceu!
Falta me amar.
Meu peito apertar...
Falta seu corpo no meu.

Falta sua boca na minha.
Falta a chuva passar...
Falta coragem pra ligar,
E saber esperar.

De Magela

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

TNT


Emocionado...
O vento vem dizer.
Posso até ouvir sua voz agora
Me dizendo: TNT!

Talvez nem consiga falar...
O que dói e encanta?
Não vou dizer!
EPV.

Sol não se explica!
Incandescente, nasce.
Renasce todos os dias
Sempre querendo te ver.

Emocionado, peço para ele te dizer:
Diga que seu sorriso é lindo!
Diga que a quero bem perto,
Onde possa lhe tocar sorrindo!

De Magela/VCMSB

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Dói




Ah! Eu te queria tanto agora.
Mas, não ousarei te falar.
Palavras, não nos cabem mais...
Este é o preço por amar!

Tenho medo de corromper seus passos.
Ter que explicar, porque seu amor encanta.
Com palavras eu nunca saberei explicar,
Esse medo de não me conter e correr para seus abraços.

É com simples palavras que o amor corrói.
Não explica porque tudo desmancha,
E na mesma forma que encanta;
Ele também dói!

De Magela


Bermuda jeans e o resto todo branco




Bermuda jeans e o resto branco

Num quarto qualquer da solidão...
Aonde pára o sofrimento dos que vivem sós,
Descobri onde a tristeza...
Encolhe-se sem encanto.

Pequeno quadrado cheio do céu!
Quarto de anjos aflitos e tristes.
Que olhando tudo...
Percebem que nada mais existe.

Velhos sábios da felicidade...
Vestem sua tristeza purificando o infinito.
Deixam a beleza que há na vida...
Quando escolhem aquele canto.

Fazem despir a hipocrisia!
E o que ainda resta no sentimento,
Sem soberbia...
bermuda jeans e o resto todo branco.

De Magela

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Intercorrência



Intercorrência


Entre Deus e eu, uma promessa...
Tudo confuso num pedido.
Uma desistência incompleta...
Que me faz perdido.

Maneira desigual...
De não olhar para trás.
Dizer que a amo tanto e que não a quero mais.
Arde amor no peito sem saber o que faz.

Silêncio!
Agora é entre ele e eu.
Deus, às vezes me cochicha:
Porque prometeu...
Se o amor nunca morreu?

Faço-me pequeno.
Coração fica ardendo...
Tento explicar, que foi a única maneira: uma emergência!
Um vento sussurra para dizer que não havia intercorrência.


De Magela

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Nada é impossivel!


" Para obter algo que você nunca teve, precisará fazer algo que nunca fez"
(Francisco Candido Xavier).

Acho...


Acho...
Que não dá mais!
Tentei te ligar...
É só caixa postal!

Tudo desligado...
Facilmente assim.
Se já não bastava seu castigo;
Agora, não quer falar comigo.

Se esse silêncio falasse alguma coisa
Que pudesse justificar...
Mas, nenhum silêncio justifica o amor!
Não justifica minha saudade.

Talvez...
Talvez, TenhA que Matar você dentro do peito.
Toda essa ausênciA que não consegue se adequar.
Só porQue, eu não sonhava Te amar Deste jeito!

De Magela

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Caiu o sino


Caiu o sino

Cai um sino...
Cai o que sempre cai.
Cai a chuva.
Cai a tristeza.

De quem nada tem em cima da mesa.
Cai uma angustia fria
Quando a lagrima não sai
E só me deixa um grito aflito.

Cai a boca de quem não quer sorrir.
Cai o bolso de quem não tem pra gastar.
Cai o dólar pra me complicar.
Cai a raiva do meu patrão

Cai o que sempre cai.
Alguém na Porto Geral...
A moça que anda a pé...
Caiu um sino na Praça da Sé.

Cai um velhinho
Cai um menino
Cai na gente sempre uma saudade
Quando a noite cai.

De Magela

Discurso


Até quando...
Um discurso despido pode atenuar?
Pura discrição...
Que a sua diplomacia consegue calar.

Na construção, somos bandidos e mocinhos
Como em nossas inquietações...
Como nos nossos caminhos.

Contextos diferentes.
Mas, ainda somos o que somos.
Somos todo amor
E amor algum.

Na solidão deste tormento
Sinto saudade de beijar sua boca...
De sentir seu cheiro e seu abraço.
De olhar seus olhos e lhe dizer que te amo mais!
E mais.

De Magela

Promete ver o amor morrendo




Não leio mais seus versos...
Tempo não tenho e nem conexão.
Conexão para dizer o que é certo...
O que está errado no coração.

Assim, vou trabalhar.
Trabalhar e distrair essa coisa minha...
Dar jeito, mesmo que por minutos:
Deixar a saudade um pouco sozinha.

Seu amor acaba de acabar em mim.
Contamina com solidão...
Disfarçando com lágrimas.
Diz que não vai desabar, mas desaba!

Promete um fim sem um fim.
Promete coisas que não entendo...
Promete viver amargurado.
Promete ver nosso amor morrendo.

De Magela

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Always, forever.





Mesmo que, “para sempre” não exista.
São palavras que quero decifrar.
Palavras que pronunciamos separados...
Com amargor e o gosto por amar.

Até que faça sentido essa teimosia...
E prove que o amor não é só um instante qualquer!
Em que corpos, beijos e abraços, misturam-se nos desejos seus,
Dentre tantos que se quer ter.

Com duas palavras definimos entre alegria e tristeza...
Para sempre estarmos juntos.
Na mesma solidão...
De um só sentimento e um só coração.

“Forever” - Para os sonhos que quero gritar!
“Forever”- Para as loucuras de um sonhador!
“Always forever” - Pelo amor que compomos!
“Forever” - Porque sempre vou te amar!

De Magela

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Clarão


Clarão

Mais que um clarão.
Um pedaço da noite que se veste de branco.
Querendo ficar quieto num só lugar...
E de repente, se move pra cá e pra lá.

Na penumbra cuida dos velhos...
Velhos temores.
Velhos sonhos.
Velhos amores...

Das tristezas velhas que ninguém mais sonha!
Bocas guardando a quietude com um sorriso estranho...
Onde está o amor - se no fim
Todos irão sofrer?

Nestes lampejos de claridade é que se desdobram
Verdades que não queremos mais saber:
Uns brilhando de juventude sem nada entender;
Outros, escondendo-se na amargura...

Como pedaços de clarão...
Vestidos de branco à medicar o acoite!
Formas velhas que ainda não foram esquecidas!
Sentimentos medrosos e capengas que saem dos poros.

Saudades desprezando a morte...
Provando que ainda existe um coração!
Que o amor tem dose certa!
Mas ainda é tudo em nossas vidas!

De Magela

Escondida




Que desespero!
Vontade de largar tudo
E correr pra você!
Abraçar o momento e refazê-lo.

Olhar seus olhos...
Sentir que nada mudou;
Que o amor ainda é essa canção
Que fico ouvindo no vazio, desde que a cantou.

Lembro do que prometi:
Prometi não desabar!
Sofrer sozinho se fosse preciso...
Escolhi, no silêncio de um quarto, não mais te amar.

Mas, o amor meu não sossega!
Fica latejando e doendo tanto assim.
É quando vem o desespero;
O mesmo desespero que te encontra escondida em mim.

De Magela

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Não confunda nunca!


Me puna!
Me puna pela culpa de amar livre todas as formas suas.
Mas, não tire da minha boca esse beijo.
E não confunda nunca, carinho e desejo...

(Ângela Ro-ro)

Estrago terrível


Estrago terrível

Mesmo que o amor seja um estrago terrível,
Que se possa causar no tempo.
Um estreitamento de tudo que não se consegue gritar num só engano:
Eu te amo!

Só a idéia de que seja diferente, já abomina.
Ficar olhando para um céu projetado...
Cheio de estrelas e,
Não te ver...

Enxaguar os olhos a seco;
Ouvir um estalar de som, parecendo que alguém fechou uma porta...
Alguém que saiu às pressas e, se distanciou da obviedade,
Como quem não quer mais a sua realidade.

O estrago já existe!
Um fio invisível que amarra todo o corpo
Da cabeça aos pés, sem deixar espaço;
Fazendo-se cada dia mais triste.

Estrago terrível de quando o vento mostra a saudade,
E tenho que fechar os olhos, mesmo te sentindo em mim.
Sinto judiando um grito abafado...
Em um instante tão simples assim.

De Magela

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Suavidade


A suavidade de suas
Mãos quando tocam meu rosto...
É como um pingo de chuva
Que desliza suavemente pelo corpo.

Deslizando guardam dois caminhos:
Um de esperança, cujo tom reluz
No seu sorriso preste a nascer;

Outro de amor e saudade,
Com medo dos segredos
Que temos que conter.

De Magela 05/2008

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Menino


A lembrança me acompanha...
Me rodeia e fica na veia.
Volta e meia deixa...
Deixa a saudade entrar.


Tucunaré menino.
Com tanta vida
Nunca foi de ligar,
Nunca notou o seu tempo passar.

Se é feio ou, pequenino...
Pobre de pé no chão...
Nasce e morre livre,
Como a minha inspiração!

De Magela

Perfume


Perfume


Apesar do acaso...

Do descaso.

Na forma branda de como se alinham as coisas na vida:

Enfim.


Apesar do leite derramado,

De ter sonhado...

De ter chorado...

E pela música ter chagado ao fim.


Apesar do desespero.

Eu não queria este desterro...

Este golpe certeiro...

Que te afasta de mim


Apesar do vento só mostrar a saudade...

Apesar de o tempo mostrar outra verdade,

Como um grito abafado...

Que vai judiando tanto assim.


Eu ainda posso fechar os olhos e sentir seu cheiro.

Posso sentir minhas mãos bolinando os seus seios...

Ainda posso dividir meu desespero no meio;

Dizendo que te amo e, que seu perfume ainda está em mim.



De Magela

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Lúcio, lúcido, confiável.


" A ética que estabelece noção de certo e errado
é uma universalização mutável, que varia de acordo
com a classe social e o interesse".

De Magela

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Fada borboleta



Fada borboleta


Fada borboleta que veste azul
Mergulhado de corpo e alma.
Nas tonalidades da flor...

Fada poesia
Fada borboleta.
Asa cabalista de amor.

Descobri...
Porque meu coração é um labirinto Cheio de armadilhas
Que pega os sentimentos mais eloqüentes...
E os transformam em veneno
Como uma bruxa.

Confunde tudo!
Desnorteia.
Deixa-me mudo.
Esperneia.

Puxa-me.
Que tão aturdido fico sem saber o que querer
Por mais que te ame... Surpreendentemente, o seu amor sufoca.
Ilude.
Enrosca-se.

Brinca e lida de maneira que nada mais sei...
Meu coração não sabe lidar com seu apego.
Conveniência ou não...
Transforma sentimento em medo.

Cria labirintos.
Desnorteia. Ilude. Sufoca!
Grita bem dentro de mim:
Fada borboleta; Não sei mais a resposta!

De Magela

Vozes sem gestos...
É silêncio no amor!
Na escuridão calada da noite,
Onde se aninham os versos,
Para que afinal sejam eles, minha única dor.

DM

Especialmente


"Você é como um veneno feito especialmente para mim" ( S.Meyer, in crepúsculo)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Um instante apenas


Um instante apenas

Um instante apenas,
É tudo o que mais queria!
Um único e mágico instante,
Em que meus olhos brilhassem dentro dos seus.

Mesmo que, revelando desejos e incertezas...
Mesmo que, rondando o pensamento quando a noite simplesmente cai.
Quando a saudade zombeteira
Numa lagrima se esvai.

Um instante apenas...
Que pudesse acontecer em sua manhã;
Quando abrisse os olhos,
E ti revelasse esses anseios que me rondam coração.

Não dá para esquecer...
Como poderia saudade o amor vencer?
Se o amor quer um instante dos olhos teus
Para se refugiar, sonhar e morrer.

De Magela

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sei como é o amor...


Sei como é o amor.


Sei como é o amor...

Sei, como ele lida com a resposta.

Sei, que nunca diz que é para sempre

Que a gente gosta.


Pede somente...

Para que se mostre o que se pode dar.

Na maioria das vezes: o amor te abandona!

Porque não foi feito para durar.


Vive pequenino.

Tem medo das mudanças

Que arrombam a porta

Fortalecendo a solidão.


Sei, que recorre ao tempo para esquecer...

Vez ou outra questiona o vento que só sabe dizer:

Nunca cale uma emoção,

Mas, também não se perca na ilusão!



De Magela

Deuses e crianças


Deuses e crianças para dizer
O que não se pode fazer.
Justo e injusto...
Que devo fazer o que é certo!

Beleza e felicidade são assim; tão efêmeras!
Que se passa a vida inteira procurando...
E as encontrando num acaso
De um mar aberto.

Ouço todas as vozes dizendo
Como vai terminar...
Que para o quê quero, não há mais esperanças.
O que devo ouvir é o que diz os deuses e as crianças

É apenas o grito meu!
Que nem mais o silencio ouve...
Joga meu sonho ao léu!
Quantos versos se perdem na distancia entre um lápis e o papel?

De Magela

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Olha! Menina (...)




" Olha! Menina, a flor sendo levada...
Descobriu logo o valor que tem o amor.
Viveu, sentiu, amou: se feriu.
Cumpriu seu destino de flor!"

Olha! Menina...




Olha! Menina...
As águas da vida estão passando
Correm apressadas e,
Levam a flor que nela caiu.

Veja como se deixa levar...
O tempo vai levando tudo embora...
Ela nem sentiu.
Caiu e não ligou.

As certezas na minha alegria
É este amor que trago comigo.
Na aflição, faço de tudo um verso sozinho...
Sendo sua lembrança meu melhor castigo!

Olha! Menina, a flor sendo levada...
Descobriu logo o valor que tem o amor.
Viveu, sentiu, amou: se feriu.
Cumpriu seu destino de flor!

Mas, eu carrego tudo escondido!
Sua beleza e o seu calor.
Seu amor tão amigo...
E também a sua dor!

De Magela - 11/2007

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dilema


Sua forma fria e parada assusta.
A noite que vai alta, sua escuridão esconde...
Em meu pensamento nada convêm.
Só, a saudade é que me detém.

Não faz sentido olhar o céu à noite!
Ver a escuridão represando o nada...
Entre excessos desumanos reverenciando um só fim!
Distraindo a solidão para que não olhe pra mim.

Fria e parada num céu turvo...
Revelando ornamentos emocionais...
Anseios da alma apaixonada
Na loucura dos normais.

Distorço tudo! Fico de olhos fechados.
Não quero te ver mais! Não terá significado...
Agora, glamorosa é o tema da emoção...
E, eu o dilema de um coração.

De Magela

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Faço tudo!


Faço tudo!


Por você faço tudo,
Até o que não gosto.
Para que tudo seja possível,
Faço o que não devo e não posso.

É um caso sério!
Parece insubordinação.
De alguém com amor extensivo...
Com medo de amar em vão.

O rosto dela vai ficando estranho...
Parece nada entender.
Sobrancelhas de acento agudo.
O que mais tem de saber?

Eu é que queria gritar no ouvido dela
Tudo o que vai em meu coração.
Ver naqueles olhos a cor da manhã...
Mesmo que a noite se descubra
Que era mais uma ilusão.

Faria tudo mesmo!
Até, explicaria o que não tivesse explicação.
O amor ainda é um sonho permitido dentro de mim;
Esta é a questão!

De Magela

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Avenida da saudade dela




Avenida de saudade...
Ri de mim as mesmas luzes de outrora.
Os mesmos postes fincados naquela estação...
Perdidos no adeus de quando foste embora.

O mesmo brilho de trilhos...
Correndo sem ilusão.
Ferro temperando sem pressa
O que guardo no coração.

Perambulo a esmo.
Passo em frente daquela casa...
Tudo parece frio,
Sem emoção e sem brasa.

Na rua, meninos sujos pelo chão...
Tudo de pobre, caindo aos pedaços.
A lua não visita eles não!
Esse tipo de dor sempre causa embaraço.

Andarilho, vou dormir em qualquer lugar...
Feito servente de pedreiro em paiol ou galinheiro...
Tudo para complicar... Cobertor esburacado, percevejo...
Quem mandou não guardar dinheiro!

Devaneio pela avenida da saudade dela...
Sofro assim, para não esquecer jamais!
Das tantas necessidades
Quando se sai das Minas Gerais!

Mas nada corta assim tinindo,
Como ter a vontade de alguém.
Que sabe quê o frio aprissiona e não convém.
Que sabe quê a dor do seu amor em mim é mais!


De Magela

Sentido


Brilho e poesias...
Coisas totalmente opostas.
Matéria e abstração...
Que só fazem sentido
se você sorrir para mim.

De Magela

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Expressionista


Expressionista



O fundo escuro de uma
Imagem retorcida...
Encena a tristeza e a dor.
Talvez um passado meu...

O que se representa, nem sempre se experimenta.
É bizarro para que se possa entender.
É mais forte do que você já teve.
É mais do que viveu!

Estrela no chão...
Cores fortes e escuras...
Não há tantas palavras
Numa metáfora desalinhada.

De fato estou no meio.
Fechado em estúdio!
Onde surrealismo é um absurdo
Que em volta é mais um devaneio.

É na loucura que encontro a lucidez saudável!
Quem pode explicar a sua máscara sem parecer irreal?
Se toda obra tem seu contexto...
E é só na aflição que se representa o caos.

Com meu coração expresso realismo.
Forma absurda caminhando com a realidade.
Imagem linda e expressiva...
Como o amor, distorcendo a verdade.


De Magela

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Desordem no coração





Desordem no coração


Dentro da desordem
Que esta meu coração...
Não tenho pintado em cores
Não tenho tido ao menos um pouco de paz

A paz é tão poderosa
Que deveria estar em todos os jardins
Deveria estar nas rosas que dormem
Para exalar o som do amor

Mas em mim não há essas roseiras
Somente prolifera o abandono
E este não deixa perfume no ar

Quando a desordem abre a porta de um coração
Só fica um único cheiro a exalar...
O cheiro da sua saudade
Que ela deixou entrar.


De Magela

Formas





Quantas formas incertas
Escondem-se nas formas da vida!
Amor que não responde;
Aquieta-se na meia sorte diluída.

Procurar para que, se não sei onde...!
O medo que renasce na ferida...
Por estar cada vez mais longe
O amparo da investida.

Quantas formas existem no adeus!
Amor e dor, na noite sofrida.
Nem sei se rimo o desatino meu...
Quando me faltar a sua vida.

Quantas formas incertas...
Esconde um coração sem guarida...?
Sê feliz há de morrer,
Sem que nada sobreviva.

De Magela

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Uma caneta e um barco

Uma caneta e um barco

A vida é um barco que escreve sobre águas.
Água de chuva, água dos olhos, água de mar...
É sempre assim a sustentação
Quando se quer explicar.

Você é um barco a procurar segurança.
Que suavemente se inscreve como uma poesia
Que vai de encontro ao sol.
Às vezes, triste, indecisa ou com alegria.

Percorre esse universo na noite escura.
Mesmo em meio às tormentas...
Vive e morre pela realidade
Numa solidão tão sua.

Eu sou a caneta.
Escrevo sem bases solidas,
Porque não preciso de chão.
O que me acontece vai além de sua imaginação.

Deixo a realidade para ficar sozinho.
Deixo tudo para sonhar!
Vivo na loucura sonhando harmonia...
Perco-me por te esperar.

Não preciso do espaço...
O que escrevo é a vaidade de um barco
Que pelas águas se contradiz.
Limitando-se a vagar a esmo mentindo que é feliz.

Mas, quando as luzes se apagam...
E a saudade não deixa dormir.
Quando o sol nasce ansioso,
Sou eu quem te procura, sem saber por onde ir.

Mais uma vez perco o compasso!
Escreve a caneta sem saber:
Falta na realidade um abraço!
Por ilusão, vou seguindo seu barco.

De Magela

Quando acordo


Quando acordo, e não a vejo...
Me desespero!
A cabeça fica cismando;
Onde será que ela esta?

A resposta me fere.
Pois, meu coração tem a sensibilidade de sentir as coisas
nas horas mais erradas.
Como sua ausência, por exemplo, estando cercado de tantos movimentos.
Cabeça fica cismando; é por isso que não posso amar assim!

Tento dormir.
Não consigo!
Os pensamentos me traem.
São tantos...

Inconstantes, como uma poesia que não rima.
Sem versos equilibrados...
Vocabulário complicado...
Que dá nó na emoção.
Se não rima: é crônica poética.
Que importa?!
Também saí do fundo do coração.
Como nós: poesia que não rima.

Mais uma noite se acaba.
Nossas almas sentem que na dor foram esculpidas.
Mesmo assim, ninguém sabe:
Que foi o amor esculpiu nossas vidas.



De Magela

Arrepiado


Arrepiado


Fico arrepiado no braço
Quando sinto saudade dela!
No começo, sentia era medo.
Sem saber que sensação era aquela.

Quando ouvia o silêncio...
E deste meu medo sem saber explicar;
Por que eu tinha de ser assim tão romântico
A ponto de arrepiar?

Ah! Pra quê saber a resposta.
Que importância há na verdade,
Se ao final, devemos esquecê-la
E perdoar?

De Magela

Papel e lápis


Papel e lápis


Olha-me do alto...
E quer que eu decifre.
Capricho e aponto
O lápis.

Aponto.
Aponto para mal traçar linhas...
Para pensar e escrever com a ignorância
De quem nunca aceita o obvio.

Devorando o silêncio vai a escrita...
Procurando reverter sua explicação.
Encolhe-se! E se maltrata,
Pra fazer sentido na inspiração.

Uma obra que ficará num caderno perdida...
Esperando o que sempre se espera:
Que o amor não seja apenas um minuto vazio.
Que não passe, como se passasse na vida!

O papel topa tudo!
Do amor nunca entendeu quase nada.
Lápis, papel, solidão de um só verso.
Juntos na mesma estrada.


De Magela

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Meu bem-te-vi "Manuel"


Meu bem-te-vi "Manuel”.


Não é o mesmo passarinho...
Que cantava de tarde.
Não é aquele malvado que fazia
Ternura para que esquecesse de mim.

Aquele de tristeza morreu...
Talvez viva escondido.
Sem voar e sem cantar,
Como o verso seu!

Aquele cantava em nós...
Sem gorjeio de amargura!
Sem nó na garganta...
Sem atropelo na candura.

Cantava o que a alma sente.
Cantava para o céu!
Cantava para a vida...
Meu bem-te-vi Manuel!

Este que canta agora...
É mais displicente.
Não pousa na sua mão.
Desconfiado vive em qualquer situação.

Vive sem poesia!
Não vive cantando à toa!
Nem liga para ti.
Não entende a paixão, por isso, foge e voa.


De Magela

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Lá no fundo



Lá no fundo



No mais profundo
Do meu inconsciente
Mora a beleza
De um amor.

Que não fica misturado a vaidade
De sentimentos passageiros;
Que chegam, ocupam
E se acabam.

Não alça nenhum vôo,
Como os dos pássaros inquietos
Pelo céu infinito.
Livres e aflitos.

Não prepara os olhos
Para todas as visões
Quando nasce
Mais um dia.

Vive calado.
Esconde-se numa forma singela
Lá no fundo é mais intenso.
É como a primavera!

De Magela

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

É o meu jeito


É o meu jeito


Saudável.
Ofegante, aquele rosto rosado.
Sugere traço leve delicado, mesmo sem eu olhar.
Uma manhã de arco-íris, bem perto do mar.

Alí,tudo posso imaginar.
Para lembrar como é sadio
Vê-la fluindo.
Dormindo.

Linda menina minha...
Se, passeia à noite, é demais!
É bonita banhando-se,
Sonhando, chorando e muito mais.

É mais quando ri.
Com vestido florido...
Que as cores parecem dançar...
Flor de enfeitar.

Sei lá! É o meu jeito de gostar.
Nem vejo defeito nenhum!
Tudo perfeito...
Quero me apaixonar.


De Magela

"Rominho"



Rominho

Namorei aquela blusa mais de um mês e uma semana!
Recebi e acabei comprando...
Queriam que levasse também uma camisa bacana.
Queriam que eu levasse é tudo!

A dor vem.
A dor poreja.
Se não podia mudar de cara...
Podia mudar a roupa. Quem sabe alguém me veja.

Ser diferente!
Ser descrente!
Deixar de ser carente...
Só para te esquecer.

Penso que devo sair e estrear a blusa...
Chamar alguém para sair comigo.
Acho que é isso que preciso!
Distrair.

O que mais falta na tristeza?
Só falta uma distração!
Visto tudo. Me acho bonito...
Nem acredito! Pareço um pão.

Vou sair com a Terezinha...
Cinema... Jantar...
Quem sabe, dela não tiro o véu
E faço festa no céu?

Olho no espelho... Desisto.
Pra quê tudo isso?
A blusa vai criar pó!
O que quero é ficar só.

De Magela