segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Meu bem-te-vi "Manuel"


Meu bem-te-vi "Manuel”.


Não é o mesmo passarinho...
Que cantava de tarde.
Não é aquele malvado que fazia
Ternura para que esquecesse de mim.

Aquele de tristeza morreu...
Talvez viva escondido.
Sem voar e sem cantar,
Como o verso seu!

Aquele cantava em nós...
Sem gorjeio de amargura!
Sem nó na garganta...
Sem atropelo na candura.

Cantava o que a alma sente.
Cantava para o céu!
Cantava para a vida...
Meu bem-te-vi Manuel!

Este que canta agora...
É mais displicente.
Não pousa na sua mão.
Desconfiado vive em qualquer situação.

Vive sem poesia!
Não vive cantando à toa!
Nem liga para ti.
Não entende a paixão, por isso, foge e voa.


De Magela