sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Papel e lápis


Papel e lápis


Olha-me do alto...
E quer que eu decifre.
Capricho e aponto
O lápis.

Aponto.
Aponto para mal traçar linhas...
Para pensar e escrever com a ignorância
De quem nunca aceita o obvio.

Devorando o silêncio vai a escrita...
Procurando reverter sua explicação.
Encolhe-se! E se maltrata,
Pra fazer sentido na inspiração.

Uma obra que ficará num caderno perdida...
Esperando o que sempre se espera:
Que o amor não seja apenas um minuto vazio.
Que não passe, como se passasse na vida!

O papel topa tudo!
Do amor nunca entendeu quase nada.
Lápis, papel, solidão de um só verso.
Juntos na mesma estrada.


De Magela