sexta-feira, 20 de junho de 2014


Sem deixar recado

O som de um instrumento ao longe
Faz palpitar...
È como se aquela melodia fizesse
Alegre um instante.

Toca o vento  na janela clamando um lugar...
E por pequena fresta, teimosamente  quer entrar.
É saudade rompendo barreiras,
Esforçando-se por fazer lembrar.

Quero gritar e não consigo
Quero que o tempo passe rápido, mas  não passa.
Quero escrever palavras, mas parecem agarrar-se,
Não querendo me deixar.

Preciso da minha alma nua, apesar dos pudores...
Preciso tirar essa falta, doença, de maus amores
O sino da igreja toca longe...
Esta perguntando: quantas notas são necessárias ao poema?!

Abro a janela...
O vento já foi.
Era a saudade em aspirou no coração,
Que chega e vai sem deixar recado levando a inspiração.

Beatriz Germano/De Magela