sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Me ensina!




Por que sou assim?
Sinto amor e não sei expressar...
Queria ser como você é:
Saber sorver o beijo sem confessar.

Me ensina?
Fico carente.
Fico descrente.
Fico sozinha.

Quero ser romântica...
Despertar sua paixão sem dizer nada.
Quero declamar meu verso
Na sua sacada!

Preciso que me ensine...
Seu jeito de dizer tudo que gosta.
Sem toque.
Sem palavra, sem depender de resposta.


De Magela/Joani Barros

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010


Talvez seja loucura

Talvez seja loucura desejar um beijo seu!
Suspirar com seus toques...
Perder-me nos desejos,
Misturar-me ao sonho teu!

Talvez seja uma loucura, acreditar que amanheci do seu lado!
Gritar. Dizer a todos que seu coração é meu.
Sei que sou louca...
Por ficar desejando tanto assim a sua boca.

Mas se a loucura não faz sentido...
Serão tolos todos os desejos realizados!
Perco-me em acreditar...
Sem me arrepender de ter sonhado.

Coragem que arrepia o corpo!
Tranqüilidade para o coração...
O desejo do seu beijo repõe com gosto,
Como a vida repõe emoção!


De Magela/Joani Barros

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Se não te amasse...





Se não te amasse, não teria o brilho!
Seria opaco, vazio e sem poesia.
Se não te amasse, sossegava e morreria no céu.
Não suportaria a saudade e me perderia no ciúmes.


De Magela

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Pôr do sol



Pôr do sol

Muitas nuvens choram...
Mesmo num céu maravilhoso de verão.
Nas tardes calmas...
Em que o ar fica parado procurando emoção.

Tardes assim fazem lembrar você!
Das estações que já se passaram.
Dos olhos tristes na imensidão...
Dos momentos que chorei por seu amor.

Por que o amor o tempo sempre leva?
Por que a tarde tem que se entristecer?
Por que o fim de um dia sempre nos mostrar
O que nunca iremos ter?

Fim do dia...
A tarde em mim se entristece.
Perdem-se meus olhos com a miragem
Mais lágrimas pedem passagem
E, o por do sol me acontece.


De Magela/Joani Barros

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Negrume


A madrugada me surpreende no quintal.
Verdade ligada ao amor...
Que faz hábitos encherem o queixume.
De recurso, o que resta é esquecer esse mal.

Fabrica de tristeza é a cama vazia...
Não se reforça a corrente que nos une os pés.
Não há mais os laços que nos prendia!
Não se repõem nossas marés.

Na violência da noite espero a lua...
Sofrimento sem igual.
O gelo na castidade sua,
Trágico final.

Verdade da dor...
Madrugada fria nos quintais...
Imensidão repleta do negrume;
Desta solidão tão impune.


De Magela

Tudo normal!


Tudo norma!
Faço sexo na quarta feira...
Tudo tão igual!
Rezo e não falo besteira.

Canso por trabalhar...
Para fora, coloco a lixeira
Não posso cantar!
Devo deixar dinheiro pra feira.

O cachorro quer passear...
Minha vizinha tem pernas bonitas; não posso olhar!
Devo rir e dizer que está tudo bem.
Mas dinheiro não tem!

Tudo tão normal!
Atrasar a prestação...
Dormir, não consigo não!
Farei sexo no chão.

Tudo tão igual!
As crianças não querem dormir.
Interpretam o silêncio...
A cama manca; meu grito não quer sair.

De Magela

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Emancipado pela saudade


Emancipado pela saudade liberei pássaros e flores...
Mas, retirei da intenção a realidade.
Ensimesmando, fiquei abandonado...
Como se faltasse algo no passado!

Como se faltasse amor e vida...
Como se faltasse indiferença no sorriso!
Como se faltasse um castigo...
Para que a existência fosse a canção perdida.

Indiferente, exibi um sorriso!
Atormentado, liberei-me da vontade!
Sem entender porque existe o amor...
Dormi, sonhei e amei de verdade.

De Magela

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

É ai que se estica o tempo.


Ai! Esse amor que tenho
Corrói por dentro.
Insisti a cada hora...
E, é ai que se estica o tempo.

Sugere que andemos juntos!
Formatura, alinhamento.
Ir de encontro ao arco-íris...
Renovar todo ungüento.

Como saberia que o tempo ficaria furioso,
E desajeitado nos roubasse o momento?
Espalhando a beleza pelo mundo
E nos trancando lá dentro.

Ai! Não acredito que findou a caminhada.
Dos sorrisos que dei,não mais agüento!
Se vivemos no amor até hoje enganados...
É ai que se estica o tempo.


De Magela/Estrela de ouro

Explica!





Explica o amor no jeito seu...
Esse tremor que norteia os sentidos.
Essa felicidade arrebatada!
Que te faz ter amor comigo.

Explica, por que o vento da risada!
Escondendo na noite fria o pensamento meu.
Por que é que me dá esse alvoroço,
Que no seu quase-fim, me torna cada vez mais moco?

Explica o amor tirando a roupa...
E, por que se ocupa de mistérios.
Por que na fragilidade de uma saudade louca,
Une-nos em hemisférios.

Explica esta persistência implacável!
Deste sentimento ardiloso...
Cuja conseqüência inexplicável,
Tornou nosso amor mais gostoso.
Explica!

De Magela



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Vitórias e derrotas...


Vitórias e derrotas...
Rastros de galopes na velocidade da vida.
Impacto no silêncio em repetir aquela verdade
Esquecida.

Qualidade de absinto...
Ficar repetindo seu nome.
Autorizar o infinito
A decifrar o que sinto.

Cavaleiro do nada...
Espada, armadura, arco e flecha.
Couro e metal...
Resistência camuflada!

Sem exceção encontro sua face no céu.
Aquele olhar dizendo para sentir saudade...
Como uma lança cortando a vida!
Lama, grito, mais uma verdade ao léu!

De Magela.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Encontro meu outono


Neste instante...
Encontro meu outono; realidade de um só sentido.
Sem confundir nada, ela disse.
Deixando a incerteza fazer ruído.

Sozinho e a sem parceria insólita da realidade...
Sem o deslumbrar do seu teatro.
Sem acender luzes na verdade...
Sem alvoroço no meu cansaço!

É que encontro a solidão do seu abraço...
Com a mesma ansiedade que deixa a boca
Viver nesta forma louca...
Perdendo-se no espaço.

Meu outono encontra seu inverno...


De Magela

Sonho (o coração não quer)




Ontem à noite rezei.
Rezei além das palavras e dos pensamentos...
E depois como uma prece:
Adormeci.

Sonhei que estava em casa...
Do meu lado, a filha insistia que eu fosse embora.
Uma pequena parte de mim
Entristecendo naquela hora.

Há dores que não se consegue disfarçar.
Mesmo escondendo...
Mesmo dormindo...
Elas ficam a incomodar.

Mais uma vez deixava tudo
E me arrumava para sair.
Juntava meus sonhos em uma mala,
Cheio da vontade de desistir.

De repente um nevoeiro de formou!
Não deixava ver mais nada...
E, eu precisa ir.
Precisava sair daquela casa!

O que eu faço para acordar quando esta aflição se encosta?
Toma-me a razão da hora.
Mas, por algum motivo,
A casa não queria que eu fosse embora.

Acordo agitado...
Depois do sonho, tudo continua no seu lugar.
A menina também não estava mais lá.
Crianças sempre voam e nos prendem ao chão.

Sonho sem sentido...
Parece mais um momento confuso que quer insistir!
Onde se precisa de novo lugar para sorrir e ter emoção...
E o coração não te deixa ir.

De Magela/Joani Barros

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Nem te digo o quanto.



A idéia da sua boca me excede!
Na loucura de um êxtase trancado num quarto.
Na beleza sem alma do amor que disfarço...
Quando a sedução judia, o que a vontade pede.

Peço esse mal!
Esse caminho sem volta.
Esse trago que entorta...
Peço esse sal!

Porque te querendo me vejo!
A vida não mais isola...
Judiado, me rendo...
E nunhuma solidão assola.

A idéia excede porque é parte de nós!
Lenitivo e acalanto...
Sem lagrima e remorso.
Bem que me faz e, nem te digo o quanto.

De Magela


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O quanto já esqueceu


Não sei mais...
Quando foi que a saudade se transformou num sonho.
Nem quando a realidade...
Virou o momento que destôo.

Não sei mais...
Quando a sua música começa.
Nem sei mais quando a vida
Perdeu-se em sua pressa.

Mundos dos avessos!
Tudo dizendo para esquecer tudo.
Tudo pedindo para ficar mudo.
Tudo!

Tanta escuridão a minar águas
Que a poesia num arrepio se entristeceu.
Olhava a lua que não dizia nada,
Quem sabe o quanto já esqueceu?

De Magela

Estrela


Estrela

Sei que é difícil segurar lágrimas
Para não parecer sentimental demais...
É algo que faz doer o coração tomando conta dos pensamentos.
Deixando todos os momentos assim, banais.

Aquela vontade é de fechar os olhos...
Acreditar que tudo faz parte de um sonho...
Um simples sonho;
Que já vai acabar.

Mas, a realidade é mais dolorosa.
Sabemos responder a felicidade,
Por que não aprendemos a responder
A estes momentos?

Momentos em que a angústia faz uma simples pergunta...
E a resposta é uma afirmação delicada
Que não se consegue encarar:
Comigo você não está!

De Magela/Joani Barros

Quando os pés voam


Pés para o chão...
Descanso e descaso.
Segurança de apoiar...
Ou de mentir.

Corpo pesado...
Equilíbrio de dores.
Forma de iludir...
Para esconder dissabores.

Pés em qualquer caminho...
Busca da segurança infinita.
Ilusão que provoca a vida
Querendo ser mais que bonita.

Quando sonho tenho mais do que pés,
Tanto que a incerteza se distancia.
Não andam a procura do seu chão; voam!
E a toda dureza fica macia.

Não preciso dos olhos para te ver.
Minha paz fica tão clara...
Deixo as portas abertas,
E minha alma se cala.

Meus olhos aos seus se doam!
O corpo flutua.
Meus pés parecem que voam
E minha vida é sua!

De Magela

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Tudo rápido incomoda.


Tudo rápido incomoda

Desespero agora...
É saudade do seu abraço
Tão cheio de amor
E quase sem interesse.

Sei que não se deve olhar para trás...
Mas decidi que não sei parar de olhar.
É assim que sinto saudade do carinho seu.
É tão rápido que incomoda.

Acredita no amor?
Que te quero como quero...?
Que te quero mais presente...?
Sente?

O desespero ficou tão cheio de amor,
Que não quer parar de te olhar.
Há mais que carinho em sua boca...
Que tudo se renova.

Não sei para de olhar...
Digo que te gosto, mas sabe que te amo.
Quero como te quero...
Te quero tão rápido que me incomoda!

De Magela

Quando a dor apunha-la


Realidade chega rápido quando a dor apunha-la!
Palavra sem compaixão...
Rosa da incompreensão...
Quando seu perfume exala.

Onírica, se faz lembrança.
Cinzas de qualquer forma, o medo.
Num toque sutil de criança
Desfaz seu segredo.

Realidade é um silêncio intenso que a vida criará,
Doce ilusão, se o amor for solução.
Causa sem guarida que só o tempo repara.
Chega rápido com dor e apunha-la!

De Magela

Sem complacência, deságua.


Lágrimas sem sentido,
Controlam a intensidade de uma tristeza.
A profundidade deste erro...
Nasce ao premeditar.

Olhos cintilantes da saudade,
Fazem que se apaguem todas as luzes.
Para que nenhum desejo possa cintilar!
O silêncio se enche de gemidos...

E sem entender a dor.
Sem nada de novo para me dar...
Sem qualquer complacência;
Deságua!

De Magela