terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Quando os pés voam


Pés para o chão...
Descanso e descaso.
Segurança de apoiar...
Ou de mentir.

Corpo pesado...
Equilíbrio de dores.
Forma de iludir...
Para esconder dissabores.

Pés em qualquer caminho...
Busca da segurança infinita.
Ilusão que provoca a vida
Querendo ser mais que bonita.

Quando sonho tenho mais do que pés,
Tanto que a incerteza se distancia.
Não andam a procura do seu chão; voam!
E a toda dureza fica macia.

Não preciso dos olhos para te ver.
Minha paz fica tão clara...
Deixo as portas abertas,
E minha alma se cala.

Meus olhos aos seus se doam!
O corpo flutua.
Meus pés parecem que voam
E minha vida é sua!

De Magela