terça-feira, 23 de março de 2010

Amalgamar


Amalgamar eu e ti.
Do eclipse seu...
Fazer a vontade minha,
E, combinar.

Este crisol de saudade que fica
Apertado no peito, num espaço sem mar.
Sem a precipitação da verdade que, às vezes,
Faz-nos vacilar.

Amalgamar...
Juntar seus desejos aos meus.
Sabendo que sai assim...
Nosso desejo mais antigo.

Abicar no oceano errante...
Tudo com ar de solidão,
A aflição que trago comigo,
Que fica sempre na esperar da sua noite.

Amalgamar com imaginação,
O que só a nós faz sentido:
Amor que dá a cura...
Convencido de imensidão.

De Magela

quarta-feira, 17 de março de 2010

E vive queimando


Meu amor é fogo e vive queimando!
Mesmo sem os pretextos que a vida transforma em ilusão,
Como os sonhos que terminam diante do mar...
Ajeita-se; clareia e continua vagando.

O que sinto colore e destoa!
Vive sombrio e quase enjoa.
Corrói, quando magoa...
Completo te perdoa!

Tem olhos atentos esperando sua colisão...
A garganta seca de expectativa.
Sentindo seu galope poderoso,
Escolhe ser vencido na emoção!

Meu amor destoa e segue vagando...
É fogo que vive queimando.
Desprotegido, na ilusão de todas as horas
Entristece, mas continua te amando.

De Magela

O amor é mar





Mãos inteligentes que dançam e semeiam...
Vozes pintadas de todas as cores.
Que a todos os amores permeiam
Decompondo suas dores.

Vozes sujas de saudade!
Saudade, que invento sem discernimento,
Para esconder uma verdade,
Que não revela o pensamento.

Mãos que tocam o rosto!
Este navio sufocado e confuso...
Que chora por quem partiu
Num pesadelo obtuso.

Rogo que não revele o segredo meu!
Do meu amor cigano sobre a terra.
Atônito olhar que a aflição de amar, nunca venceu.
Aturdido, descobre que o amor é como o mar, e erra.

De Magela

domingo, 14 de março de 2010

Promessa que não se cumpre.





Acorda e me dá um chute!
Desalinho meu...
Comer sopa com Beirute.
Que foi que aconteceu?

Rezar pra quê?
Não quero que ninguém escute!
Inspiração! Falar sozinho...
Supunha que eu mentia? Desfrute.

Atravesso o ermo para livrar da ansiedade que o amor me leva!
Por que de noite, lagrima alguma não nega?
Se o coração estiver cheio do rancor:
Murche.

Promessa que não se cumpre...
Ir morar no mangue.
Dizer que não me ama para purificar o tempo.
E ser fiel de alma, coração e sangue.

De Magela

Imaginário






Novos objetivos...
Infância, sexualidade e o amor.
Corpo, doença e seus substantivos,
Cheiro dos sonhos e a dor.

Iconografias de mulheres sem testamentos...
Inclusão na minha mentalidade,
Tudo tão carente!
Cotidiano dos pensamentos.

Que fica mais imaginário.
Analises abordagens e expectativas...
Relativização preconcebida:
Vida comum das explicativas.

Delicada é a revisão,
Meu amor fica sem memória.
Quando sonho parece ser bom...
A loucura não passa desta estória.

De Magela

segunda-feira, 8 de março de 2010

Desconverso





O que está mais errado em mim?
Te amar ou te querer...?
Tento mudar tudo...
Descubro que tenho ciúmes sim!

Por que não paro de pensar em você?
Se estivesse aqui entenderia...
Porque te quero como quero a vida.
Se for de outro jeito: desconheço!

Sei que a paixão não é só minha...
Talvez por isso, tudo parece que dói.
Parece desconexão!
Deixando um gostinho inacabado de felicidade.

Desconverso!
O que é mais errado...?
Te amar ou te querer?
Chegar ao fim do sonho e descobrir
Que tenho mais ciúmes de você.

De Magela

sexta-feira, 5 de março de 2010

Esconda-se em nuvens




Amor meu!
Que aceita a solidão do pensamento...
Que na distância, ainda de teimoso, insiste...
Quando o silêncio é preciso para dizer que ainda existe.

Queria poder dizer do meu amor...
E, se pudesse, ainda agora, escreveria no céu que te quero comigo!
E que o amor não desanima,
Nem foge de um perigo.

A distância em nos faz seu fetiche!
A saudade que sinto fica remoendo amor.
A emoção busca outra verdade...
Nossa verdade revela a dor.

Cuida do carinho que o futuro desdobra!
Aceita que te condene o equilíbrio.
Na vida tudo passa...
Tudo tem que passar.

Esconda-se em nuvens!
Afirma que é feliz mesmo sem graça...
Cala o que sente!
Deixe o sol entrar.

A felicidade sempre faz meia volta
Quando traduz a tristeza.
Mas, sendo a tristeza de quem gosta;
Ela sempre bate na porta.

De Magela


quarta-feira, 3 de março de 2010

Campo deserto






Num momento de saudade
Vem aquela ausência embriagada de tudo,
Embriagada de todas as verdades...
Menos de você!

É quando abro a janela,
E sinto sua presença no ar.
Quando o orvalho se esparrama pelo chão...
Lembrando pingos do amor.

É quando vejo seu s olhos cintilarem no céu.
Por senti-los, parecem tão pertos...
Quando tento tocá-los, parecem que estão longe
Bem longe!

A distância entre nós sempre parece um fim.
Um toque sem corpo!
Um campo deserto que o vento destoa...
Espalhando o amor assim.


De Magela/Jones