sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Agora que voltou...


Agora que voltou...

Você reaparece
Tentei explicar sua ausência
E tudo que acontece...
Desisti

Reguei as plantas que largou
Cuidei dos passarinhos
Racionei a comida do cachorro
Dei bom dia a todos, para não notarem sua falta...

E, quando caia a noite...
Eu chorava
As lágrimas dos poetas sempre viram poesias
Que o vento leva

Quantas poesias escrevi
E o vento levou...?
Aqueles que as repetem
O meu nome tirou

Talvez, ninguém precise saber o quanto doeu...
Para o vento tudo passa. Só sei explicar o que escrevi
Dos amores que acabam sozinho
Só explicarei o meu

Agora que voltou
Tentarei sorrir, mas saiba:
Meu coração já tem marcas do tempo
Em que você foi embora

É como minha poesia perdida
Por ai, que se entristece
Enfurece
E chora.

De Magela

(livro II - Poesias para esquecer)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

As árvores na Praça da Sé


As árvores na Praça da Sé

Estão silenciosas...
Na conversa com o vento
Acalmaram-se

São sensíveis...
Não rancorosas perdoam
E esquecem

Quando o amor é imenso
Pode calar-se de repente
Fenece

Por isso, quero um tempo...
Para dizer ao mundo
Quanto te quero

Calam-se as palavras
Meu amor ficou sincero
Calado se perde em pensamento

Arvores silenciosas
Ouvem e calam-se
Sensíveis como eu
Perdoam

De Magela

(Livro II – Poesias em Preto e Branco)

Amor de pouca entrega


Amor de pouca entrega

Amor de pouca entrega...
É meu o lamento!
Não mais me enxerga
Vive longe o sentimento

Amor que não responde...
Disfarça na saudade
Sei lá por onde!
Arranjou nova desculpa pra viver

Certas coisas que acontecem
Temos que aceitar e aprender...
Seu amor foi bandido
Não quero mais saber!

Seu amor já não me acalma
Quer viver tudo de uma vez
Esconde para superar
A pouca entrega de nossa alma

De Magela

(Livro II – Poesias em preto e branco)

Cena Isolada



Cena isolada

Uma lágrima

Uma gota de agua

Pensando que é o mar

Cena isolada




Cena isolada

O vento de junho
Remove a areia parada na calçada
É uma cena isolada que quase ninguém nota
Preocupados em se preocupar

O verão vai demorar
De que adianta?
Nada importa
O calor que quero não esta por perto

Que a minha vida passa desapercebida
Como aquelas areias espalhadas
Ninguém vai notar

Cena isolada
É apenas mais uma lágrima
Uma simples gota de água
Descobrindo que é o mar


By De Magela
Livro I – Poesias para a Lua

Maré baixa (Livro II - Poesias em preto e branco)


Maré baixa

Sinto que estou perdido
No meio do nada
Vejo buquês de anêmonas
Ondulando sem parar

Conchas retorcidas
Escondendo caranguejos
Estrelas disfarçadas de imóveis
Na correnteza deste mar

Vida absorta é essa da gente
Vago por estas águas...
Sensação estranha
Fica gravada na mente

Tanta vida em volta
Estrondo de vozes, mas não vejo ninguém!
Fome, medo, ás vezes até dor...
E, nada se parece comigo também

Nada me entende
A poesia dela me deixa aqui
Completamente perdido
O que será que há de vir?

Maré baixa
Há uma floresta no meu mar
Realmente nunca faz sentido
Ter lugar e hora para amar

Nós...
Amor sem caminho
Mesmo sem o chão
Sinto seu carinho

De Magela

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Teorema da flor (Livro II - Poesias em preto e branco)




Teorema da flor

Suas mãos recusam-se
Em deixar que eu vá
Olhar de brilho delicado...
Não dá para controlar!

Seu corpo
Não é a desculpa
Que nunca me deixa ir...
Só assiste a excitação do meu domínio

Emoção que prende com jeito
Arrebatando toda dor
Não enxerga defeito
Parece um clamor

Atiro-me satisfeito
É o teorema da flor:
“Todo amor tem defeitos,
E a beleza espinhos”.

De Magela

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Bolo de coração (Livro III - Diário de uma mulher)


Bolo de coração

Deu um olhar com sorriso
Quando estendeu a mão para mim
Não percebi de imediato...
Era um pedaço de bolo sim

Fiquei acanhado
Parecia pedaço seu
Num jeito feliz e encantado
Que seu olhar me deu

Ficou tudo adocicado
Olhar minha filha-menina
Já querendo sonhar
Sendo tão pequenina

Bolo de coração debutante
Cristalina emoção
Parece que o aniversário
Representa mais do que devia

Como se dividisse o coração em pedaços
Escondesse todo amargor...
Modificando sua vida...
Cortasse o bolo e enfeitasse o amor

De Magela

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Quando a noite chega ( Livro III - Diário de uma mulher)


Quando a noite chega


Tudo silencia

Quando a noite chega

A mesma sensação tão fria

Recomeça sem que alguém veja


Pássaros não querem cantar

Não há janelas e seus beija-flores

Maritacas e calangos se escondem

Tudo deve repousar


A lua não!

O céu fica bonito

Estrelas começam a brilhar

Nem sei se ela é triste ou se é seu grito


Por que será que ela muda?

Será que isso lhe convém?

Será que faz por desgosto?

Será que é a espera de alguém?


Mesmo silenciosa a noite tem muito a dizer

A lua se calou e foi embora

Deixou-me aqui parada e pensativa

Tão sozinha como agora


De Magela/Mami-blue

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Tudo o que amei na vida (Livro II - Poesia em preto e branco)


Tudo o que amei na vida

Não fosse o momento
Que o coração chora
Que a boca aperta
Um gosto de solidão

Não fosse o instante
Que deixa tudo agoniado
Inconseqüente e
Quase arranca o coração

Não fosse essa desculpa
Que se diz ao tempo:
Que o amor promete e se resolve...
Ainda que a dor não passe

Não fosse nossa vida
Tão invertida
Preferia morrer ao seu lado
Do que pensar em despedida

Não fossem nossos conflitos
Saber que amor só não basta
Que a convivência se desgasta
Não fosse o que me diz o vento...

Pegava tudo o que chorei...
O gosto da solidão, a vida invertida...
Tudo o que amei na vida
E colocava em sua mão

De Magela

Existe um lugar ( Livro II - Poesia em preto e branco)



Existe um lugar

Existe um lugar
Onde o ontem
Encontra o hoje:
É no seu olhar

É ai que me perco
Que ouço vozes
Fico aflito
E, isso não quer parar

Luz serena
Que contagia...
E nem deixa o tempo passar
Perde-se na alegria

Uma verdade me abraça
Dela fiz a poesia
Não importa o que se faça
O amor ela anuncia

De Magela

Vira ferida (Livro II - Poesias em preto e branco)



Vira ferida

A saudade vira ferida
Espelha sua Investida
Fere e não descarta
Só porque lhe tenho amor

Sei que tenho motivos solitários
Que nem em pensamento, essa emoção se distancia
Na vida tão vazia
Só porque lhe tenho amor

Meu coração fica bem
Feliz sem mais motivos
Enseja, deseja, espera
Faz tudo o que convém

Mas a ferida não se escasseia...
Assim do nada, alegria vira dor
Meu corpo não encontra o seu
Só porque lhe tenho amor

Junto os pedaços. Prendo meu olhar
Sinto seus vendavais
O passado fica presente: o tempo não quer passar...
E a saudade vira ais

Fere-me
Ataca-meSeja como for...
Faz a vida dolorida
Só porque lhe tenho amor

De Magela/Patrícia Bueno

Pedaços (Livro I - Poesias para a lua)


Pedaços

Como ajustar
Os pedaços espalhados por ai...
Na poesia, na saudade e
Na lágrima que cisma em cair?

Pedaços sem sorrisos
Aqueles que ficam escondidos
Os improvisos
A força de colorir

Não ajuste! Aceite.
Tudo se completa assim:
Faz parte da vida
Ou o amor tem seu fim

A força da poesia
Da saudade, da lagrima fria
Que cisma em cair
È o que dá sentido se o amor existir

DM/PB

Viagem


Viagem

Viagem de mais um sonho
Passagem pequena
Onde tudo e nada
Eu recomponho

Que parece real
As figuras na minha mente
Cada abraço, cada medo
Parece tão presente

Mulher e o medo
Ilusões que me atrevo
Para fugir de meus rancores
Num sonho recomponho o defeito das cores

Da ilusão tiro o que queria
Como pode meus sonhos
Traduzir sua poesia...
E os desejos enfadonhos?

Aquela mulher na minha frente
Não era fácil de imaginar
Parecia uma utopia
Deslocando-se de lugar

Firmei os olhos em foco
Numa campina pequena se via
Alguém distante e parado
Numa cena que repetia



Na beira daquele abismo
Vi seus olhos afáveis
Sem um tom definido
Ou razões questionáveis

Eram olhos de alegria e solidão...
Como queria ter aqueles olhos em mim
Seria uma troca feliz
Sem começo e sem fim

Aquela estatua perfeita
Entalhada em pedra desconhecida
Lisa como mármore no prumo e direita
Cintilante como cristal e a vida

De formas redondas
Como a das flores silvestres
Violetas, rosas e orquídeas...
Lírios brancos campestres

Naquele instante
Até dores nasceriam
Da minha paixão

Mas toda viagem
É apressada
A pressa maltrata
O coração

De Magela

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Como o vento beija a montanha ( Livro II - Poesias em preto e branco)



Como o vento beija a montanha.

Quando eu te beijar,
Quero que seja igual
Ao vento quando beija
A montanha.

Tão suavemente...
Que o sol se esconde.
Tão calorosamente que a lua sai.
Tão essencialmente, qual o perfume.
Das rosas.
Tão cheio de meus sentimentos
Que a chuva cai.

Nele colocarei minha alma.
Vontade de viver...
Quero te mostrar o quanto te quero.

Quando eu te beijar...
Não verei este meu gesto, com os olhos do mundo não.
Quanto o vento beija uma montanha
Beija com o coração.


De Magela

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O doce do seu amor


O doce do seu amor
Amarga minha alma,
Pois acompanha
a sua falta.

E mesmo que o amor
esteja presente.
É grande a sua ausência

Como a escuridão
que não vê a luz.
Te procura nos
lugares que não estas

E assim que o doce do
seu amor
me amarga
a alma.

De Magela

Ao seu lado


Ao seu lado
vou a qualquer canto

Tomo a lágrima em riso
Desolo a tristeza

Porque sua presença
me torna a vida

E ao seu lado me
sinto mais feliz.

De Magela

Abismo


Existe um abismo
na beira do mar:
Seus olhos!

É a paixão
sendo derretida
Pelo tempo.
É o cáos!

É o preço do amor...
Mar salgado
das lágrimas

Meu abismo
no fundo do
mar.

De Magela

o vento


O vento
que venta agora
não é comum.
Parece tristeza
se espalhando
dentro da alma da gente.

De Magela

Se


Se choro
é porque
não encontro
no riso
o que encontro
nas lágrimas.

Se rio
é porque
minhas lagrimas
escondem a
verdade
que choro.


De Magela

Minguam e choram


Meu universo
de estrelas e sol.

Guardados dentro de uma
paixão.
Memorial entre eu e ela.

Duas luas que minguam
e choram.

Chuva fria


Chuva fria
que caí
Molha meus cabelos
agora brancos

Fere a alma.
Desliza pelo rosto
Como uma lágrima
não me acalma

Apenas entristece
O vento fica frio
Como se fosse uma prece

Procuro meu coração...
Foi embora com a chuva.

De Magela

Universo sem estrelas


Universo sem estrelas
Céu sem a lua
Casa sem nós
Saudade sua

Música triste
Amor que não se engana
erro sobre erro
sem amor na nossa cama

mentira de sonhar
dor
mentira de viver
Sem cor

musica, erro e o amor
universo sem estrelas
mentira!
vida sem sabor

De Magela

A loucura do tempo


A loucura do tempo em que eu te amava...
Voce se revestia da saudade e eu do amor.
União instável!
dor.

Tempera


Tempera a incerteza
no momento da partida,
como se fosse divididas
todas as formas de dizer
adeus.

Vago


O veneno dela queima
a minha alma.
Cambaleando ando na noite
e no dia.

Em qualquer lugar
Eu perco as palavras
Perco as letras
que a caneta vaga solitária

Por entre nossos papéis.
Disfarço.
Tento imaginar um céu
cheio de estrelas.

Vago.
Morrer seria tão
fácil agora.

De Magela

Desta vez...


Desta vez...

Desta vez...
Foi você quem fez loucura.
Não deu para refletir
Com toda essa quentura

Que meus lábios tomaram forma
Morteiro ficou o olhar...
Misturei desejo com sua ternura
E, não deu pra segurar

Feito um bobo:
Deu vontade de rir
Gritar e de fugir dessa coisa louca:
Querer sorrir na sua boca

Quero! Quero tanto insistir
É ai que me descontrolo
Feito criança quero seu colo
Para continuar a sorrir

Quero todos os seus pedaços
Seu abraço
Seu cansaço
Ocupar todo espaço que houver em ti

De Magela

somos tudo


A águia...
A presa.
O céu...
E o chão.

No céu avista sua presa.
Ajeitar as asas, e, num vôo frenético se atira.
É um vôo em direção ao chão. Rápido.
A presa não escapa.

(Por que falo palavras que ninguém entende?
Por que o coração tem que amar mais que o necessário?
Por que devo aceitar certos caminhos?)
Imponente ela volta ao céu, e, majestosamente exibe sua presa.
Há momentos triunfantes de nossa vida que precipitam-se em chuvas
Há momentos de incertezas...
Há horas, em que não sei o que sou.
Não sei se sou como um o céu poderoso ou
Uma águia...
Não sei!
Sei do amor...
Como ele somos tudo:
A aguia; o céu; a presa e o chão...
Tudo num só coração.
De Magela

Tic-Tac (livro II - Poesias em Preto e Branco)




Tic-tac

Agora e sempre!
Meu pensamento estará em você.
Sozinha em meu quarto penso.

Levanto e vou olhar a rua
Abro e fecho meus olhos
Quero me livrar da imagem que aparece na vidraça
Volto para o quarto e o tempo não passa

Deito na cama
Ouso o tic-tac do relógio
Os minutos não passam
As horas parecem infinitas

Não consigo dormir
Algo em mim quer ficar acordado e pensar em você
Onde será que você esta agora? Será que esta com alguém?
Será que tem um amor ou não tem?

Ai! Não quero pensar
Ligo o rádio... Nossa que droga.
A música lembra você.

Parece rotina de toda noite
Pelo quarto recomeço a andar
Você fez outra escolha
Mas agora e sempre vou te esperar.

De Magela/Joani Barros

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Perfeito no final ( Livro I - Poesia para a lua)


Perfeito no final

Fazer poesias
Com todas as palavras
Não é bom.
Palavras feias, como:
Tédio; tristeza e solidão...

Que ao final ficam bonitas,
Porque, tudo na vida muda e acaba.
Revertem-se. Adequam-se à emoção.

Habilmente, se muda a impressão de tudo:
O tédio vira busca;
Tristeza vira alegria; e,
Solidão em viva presença.

Tudo como nosso amor!
Avesso de dor.
Complicado.
Encurralado.
Perfeito no final.

De Magela

O ciúmes fez ( Livro II - Poesias em preto e branco)


O ciúme fez

Como todos que amam
Tenho problemas inacabados...
Vivo, sofro sou sentimental!
Sinto a forma carinhosa
Que um amor me faz feliz como ninguém mais

A paixão é inevitável – como um dia após outro
Mas, lá no fundo todo amor tem um fim.
Conflito na existência...
Viver pra saber que seu amor não é para mim

Naquele instante o amor não queria se apartar...
Aquele sorriso cativava mais amigos
Tanto que sua beleza...
Começou incomodar

Queixumes.
Somente um veneno tão poderoso
Mais uma vez o ciúme...
Consegue destruir, matar

É doentio
Nunca traz a paz...
Mesmo passando o tempo
Ele não te deixa mais

Nem dos meus pensamentos
Consegue se desatar
Será que algum dia
Irei conseguir me libertar?

Tento demonstrar alegria, vou em frente
Sou como o dia, tão transparente
Quero ser feliz mais uma vez
Ah! Como eu queria, desmanchar o ele fez.

De Magela

O baque de um corpo ( Livro II - Poesia em preto e branco)




O baque do meu corpo
Desabando sobre o
Chão de pedra.

Respiração profunda...
À medida que, o tempo passava.
Envolta tudo medra.

Sábado, de agosto em nosso coração.
Quanto tempo eu te amava, e você não.

Delírios sufocados que eu tinha,
Quais, oceanos pré-históricos.
Afogando minha face
Nas águas salgadas desses mares.

Agonizava de maus-amores
E, isto não era privilégio só meu.
Sua beleza era infinita, mas os teus olhos
Tão frios como o mar à noite.
Fulminaram-me! Que o corpo enrijeceu

Quem pode adivinhar o que vai no coração de uma mulher?
Na penumbra de seus olhos...
O baque de meu corpo
Desabando sobre o chão de pedra.
Amar-me ela não quer.

De Magela

Nosso amor se completa sozinho ( Livro I - Poesias para a lua)


Nosso amor se completa sozinho

Carregado com nossa ausência...
Há um silêncio no tempo
Que atormenta.

É ele quem diz:
“Um amor para construir a
Eternidade, não precisa
Ser paixão”.

Aquela... precária e perigosa!
Que cega corações na ansiedade
Isola o amor numa redoma
Ferindo com saudade.

Ah! Se pudéssemos nos vestir
Somente com a felicidade!
Que se completa, quando estou
Nos seus braços. Pura vaidade!

Devaneio...E, de repente!
Num segundo, você surge
De alguma parte.
Fecho meus olhos...

Descubro cauteloso
O quanto estamos na mesma dimensão.
Que nosso amor se completa sozinho...
E nunca foi paixão.

De Magela

Medo de sofrer cria defesa ( Livro II - Poesias em preto e branco)


Medo de sofrer cria defesa.
A primeira reação...
É fechar o coração.
Isso acontece com presteza.

Quando ocorre...
Uma voz lá dentro diz:
Isso não esta acontecendo?
Isso é amor de sol e flor.

Brilha o sol.
Fecha-se a flor ansiosa...
Defensiva,
Como se, nela estivesse doendo.

Amores cheios de defesas...
Ficam indecisos e mal acabados.
Sofridos!
Rancorosos!
Desajeitados!

Tão faceira minha flor...
Todo dia chega cansada...
Cordata, lida com tudo,
Mas do amor não sabe nada.

De Magela

Lá estou eu pensando em você ( Livro I - Poesias para a lua)



Lá estou eu pensando em você

Lábios doces
Adoçados para mim
Brincando comigo, o amor...
Que me deixa perto do fim

Açucarados e
Tão perto assim
Sono sem dor, inocência da cor
Mais um suspiro no amor

Inspiração e poesia
Também ensinam a viver
Como o vento que vem de mansinho

Me leva perdido noutro espaço
Lábios doces o que eu faço?
Lá estou eu pensando em você

De Magela

Ficar quieto e calado é um direito do amor (Livro II - Poesia em Preto e branco)



O vento dizia isso:

apaixonado!

Soprava sem parar...

Que a noticia corria por ai.


Com sua voz de vento...

Apressava cada vez mais pra dizer;que parecia novidade.

Quem é esse? Pergunta a noite.

Apaixonado não é livre, como a ti!


O coração fica preso na paixão.

Que é melhor esconder...

Sentimentos devem ficar no anonimato!

Não precipite!Esforçar esse fato; trará desacato.


Como apresentar ao mundo um coração que se alegra?

Que ia e vinha em sonhos maravilhosos...

Pare vento! Não diga mais

Cada ouvido reclamará detalhes...


Pedirão fatos.

Ilustrações.

Algo novo.

Adicionais.


Deixa o apaixonado escondido,

No anonimato e sem cor.

Ficar quieto e calado

É um direito do amor.


De Magela 06/08/2007

Faz que vai, mas não vai. ( Livro II - Poesia em preto e branco0


Faz que vai, mas não vai.

Meu amor...
É como uma lágrima.
Porque, não me esquece.

É uma reação encadeada
Que me deixa sem opção.
Lágrima, que precisar sair...

Vejo na luz de seus olhos...
Esta malvada penitência.
Viver vida temerosa
Com chocalhos nos pés.

Cada dia é um pecado,
De Amar e ser amado...
Como curar essa doença?
Como secar a lágrima que sai?

È mais um dia de sol.
Raios cristalinos...
Se, iluminam nossas vontades.
O amor me entontece.
Porque faz que vai, mas não vai!
Também não me esquece.

De Magela

Eu ouço o som do vento (Livro III - Diário de uma mulher)


Eu ouso o som do vento

Num beco da imaginação...
Onde o escuro no silencio
Passa o tempo do meu coração.
Eu ouso o som do vento!

Num canto sossegado
A meia luz...
Estrelas cristalinas num veludo negro
Num segundo me seduz.

A música que o vento toca
Faz a escuridão tão sentida...
Um poeta declamando que me ama
Numa poesia retraída.

Ouso a música que o vento toca.
Ouso um grito que sai de mim
Que me pergunta em segredo:
Por que o tempo não volta?

De Magela – Adaptação de versos de Maria Flor.

Escolhi a incerteza do seu amor (Livro II - Poesia em preto e branco)


Escolhi a incerteza do seu amor

Entre todas as certezas
Escolhi a incerteza.
Porque o amor é assim;
Sem clareza! Incerto.

Mãos completamente enxutas
Entrelaçam-se.
Juram irredutível amor
Entregam-se a repetição.

Como fontes sinceras
Daquilo vai ao coração.
Mas todo amor precisa ser mudado
Intrinsecamente se quebra.

Compreende tudo!
Mas rejeita os sentidos
Questiona qualquer forma que for
Incerto é o nosso amor.

Entre nós ele só ouve o vento
O vento não diz mais nada.
Deixa seu rastro branco na estrada
Foge do amor e do sofrimento.


De Magela

Desolado sem a lua (Livro I - Poesia para a lua)



Desolado sem a lua

É uma saudade doida que me deixa amuado
Quando a noite sai
Atravesso as luzes do nada na custodia de um travesseiro
E o tempo se esvai

Para não ver o dia fujo morteiro
Fico desolado sem minha lua
Revelo minha saudade, fico em rebeldia, faço poesia
Tento disfarçar a saudade sua

Nesta hora a ansiedade é insuportável
Nunca pensei que fosse assim inesgotável
Saio na noite, então. Tudo se complica
Rua cumprida, noite tão longa, a cada passo nela

Olhos atônitos
Mimosa orquídea da solidão
Desolado com essa paixão
Sinto saudade dela.

De Magela

Corações sem roupas (Livro I - Poesias para a lua)


Corações sem roupa

De repente, a saudade chega...
Com ela, tanta lembrança.
Emoções que não couberam naquele instante
Em que te amar não foi o bastante.

Emoções, que deixaram a esperança
De refazer nossos momentos dispersos
Instantes sinceros. Desnudar de verdades
Que só o tempo gravou...

Corações sem roupas...
Nossa própria vontade nos levou a isto
Realmente há uma saudade...
Momentos conscritos, momentos bonitos.

De repente a saudade chega...
Promete que vai passar
Sinto saudade de lhe ouvir falar
Mas, olho do meu lado; você não esta.

De Magela

Olho o mar (Livro III - Diário de uma Mulher)



Olho o mar.

Que fica quieto e parado,

Mas, Fala comigo numa forma...

Que só ele consegue.Parece que me chama...

Parece que me protege.Somos diferentes...

Eu e o mar...Ele é imenso e profundo.

Sua beleza é tão grande que dá medo.

Esconde em si, grande segredo.

Sou tão visível...Previsível!

E a beleza que eu tenho

Deve ser sentida.

Deve ser encontrada!

Porque fica escondida.

Como uma proteção camuflada.

Porque eu não sou como o mar!

Nas horas que a brisa me alcança...

Tantas coisas lindas pra se pensar...

Que dá vontade ser criança,

Misturar-me com o mar.

A realidade me volta...

Já não estou naquele devaneio.

Sinto um sorriso a me espiar.

Não havia notado, mas agora eu creio.

Não sou tão diferente do mar assim.

Sou triste!

Sou imensa!

Sou profunda!

Sou intensa!

Essas coisas lindas, também existem em mim!


De Magela 03/10/2007

Não me impeça!



Não me impeça!
Que é assim que acredito.
Não fecha minha boca,
Pois, detesto meu silencio.

Muda a vida
A partida
O medo
A saudade
A dor

Mude as palavras
Em sua poesia
Se, preciso for

Inunda com sentimentos
A lua fria...
Que não me calo!

Não me peça a paz
Não adoce meu sorriso
Com paz tão intensa

Não me impeça!
Metade da vida não é nada.
Não me impeça de te amar!


De Magela

Mãos vazias



Mãos vazias.

Nada seria impossível ao amor,
Dizia eu... Que mal há nisso?
Olhava nossas mãos, e nelas sempre via;
Nosso compromisso.

Sentia nossos corações
Como um todo. Um continente!
Que juraria que todas as paixões
Vinha dos olhos seus. Fazia-me contente.

Só os seus olhos
Continham os mistérios...
Mistérios que já tem a noite.
Tem a noite no mar...

Seria tolo.
Quem trouxesse a poesia,
Simplesmente, no olhar,
Como eu trazia.

Na terra amor impossível não haveria!
Nenhum lugar seria tão longe...
Para esconder a saudade.
Se, tivesse as mãos vazias.

Eu não menti!
Amar é tudo pra mim!
Até das conseqüências...
Das minhas mãos frias e vazias,
Porque,quem eu quero,foi embora...

De Magela 18/10/2007

Mais uma vez recomeço do nada


Mais uma vez, recomeço do nada.
Sentidos que vem e vão
Em uma combinação apressada...
Onde, amor e coerência nunca combinarão.

Tudo que me cerca só faz sentido
Se conseguir fechar meus olhos.
Sem alarido num devaneio meu
E estender as mãos...

Mas ainda não consigo!
Preciso viver e sentir de olhos abertos.
Reconhecer que não há nada por perto
Que me mostre nosso recomeço

O vento assopra...
Pede-me para mudar.
Faz sinais para que eu absorva o sentido
Fala baixinho no ouvido: Recomeçar!

Nesta hora recordo seu sorriso...
A única chave capaz de abrir meu coração!
É tudo que me faz sentido...
Então, estendo as mãos.

De Magela

Lágrimas perfeitas



Lágrimas perfeitas


Lágrimas perfeitas
São as lagrimas da chuva...
Que não chora por ninguém!
São imperfeitas as minhas,
Mesmo que, eu nunca sonhasse...
Elas choram por alguém.

Como uma cortina
Arrogante na luz do amor
Lívido momento de meu entardecer
Lábios trêmulos canta com mágoa

Jorrasse água
Agitando a calma
Chorando...
Mancho comovido
O interior de minha alma.

Lagrimas foi o que ficou...
Nosso amor sempre será imperfeito
Porque, trás a aflição.

Para ti, as lágrimas são perfeitas...
É assim, que me faço um poeta extravagante.
Vestido com toda sua ausência...
Choro mais do que antes.


De Magela

Como o vento beija a montanha



Como o vento beija a montanha.

Quando eu te beijar,
Quero que seja igual
Ao vento quando beija
A montanha.

Tão suavemente...
Que o sol se esconde.
Tão calorosamente que a lua sai.
Tão essencialmente, qual o perfume.
Das rosas.
Tão cheio de meus sentimentos
Que a chuva cai.

Nele colocarei minha alma.
Vontade de viver...
Quero te mostrar o quanto te quero.

Quando eu te beijar...
Não verei este meu gesto, com os olhos do mundo não.
Quanto o vento beija uma montanha
Beija com o coração.


De Magela

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Olho mais além (Livro II - Poesias em preto e branco)



Olho mais além


Quando olho calmamente,
Sinto que vejo além
Daqueles montes distantes...
Vejo a fragilidade que o amor tem

Sentimento que se perde de vista...
Enxergá-lo na distancia é uma história
Confundi a conquista
Dando gosto de vitória

Olho mais além...
Não importa a verdade
Debaixo de assas que o tempo tem
Muitos amores não convêm

Quando alguém ama
Só vê o que quer ver
Verdades virão mentiras
Acredita no que quer crer

Por isso, olho calmamente.
Quero saber o sentimento que você tem
A vida sempre mostra seus sonhos
Nem todos os sonhos nos fazem bem



De Magela/Sandra Coll

Rosa e Cravo (Livro II - Poesias em Preto e Branco)


Rosa e cravo

Dizia para o cravo:
Seu amor é uma amizade que me incendiou
Surgiu serena cheia de compreensão
Comigo ficou...

Meu amor lhe permanece fiel
Tolerante longe de fraquezas somente a sua espera
Sem lamentar...
Contenta-se nesta espera

O cravo lhe responde:
O que tenho por ti é uma lágrima...
Que corta o corpo sem piedade
E tudo esconde

Meu amor incendiou mais do que devia...
Também ficou esperando
Quando o inverno chegou
E nem ligou se eu sofria

Tenho o coração endurecido...
Sem sua presença não pude sufocar o que seguiu
Um coração sem inocência não pode amar!
Tudo aquilo que ardia desvairado foi absorvido pelo frio

Só restou esta lágrima...
Com ela devo passar pelo gelo desta dor
Separar da minha paixão a fraqueza
Só assim merecerei o seu amor

De Magela/Joani Barros

Navega (Livro II - Poesias em preto e branco)



Navega

Navega meu amor!
Procura seus ares
Vai!
Solte este gemido pelos mares

Seu sorriso é um oceano
Intenso
Profundo
Profano

Ele determina
O grau de dificuldade
Que a realidade
Vai existir

Navega
É no fundo deste olhar
Sem medo de partir
Navego perdido de sonho e mar

De Magela