quarta-feira, 12 de novembro de 2008




Coração sem porta

Coração sem porta
Por onde entram urubus
Que destroem a bicadas
O que atrevemos insistir

Mesmos que estas pragas invejosas
Espantem nosso tempo...
Que essas asas me ponham de morto
Você eu clamo

O silêncio é mais antigo que a luz desse seu olhar
Mas nem por isso, a vida fica na desordem
E apreensiva...
Que meu coração fique indefeso e qualquer um possa entrar

Mesmo sem porta...
Abandonado a sorte,
Feito lírio de São José:
São perfeitos e ninguém gosta

Do amor não haverá sobras!
Não serei refém desse pânico
Terá fim esta comédia...
Pode abaixar o pano!

Meu coração, de fato, vive escancarado...
Todo tempo grita decidido
Seu maior atrevimento não me põe vexado
Por isso, insisto que te amo.

De Magela e Patrícia Bueno