sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Desolado sem a lua (Livro I - Poesia para a lua)



Desolado sem a lua

É uma saudade doida que me deixa amuado
Quando a noite sai
Atravesso as luzes do nada na custodia de um travesseiro
E o tempo se esvai

Para não ver o dia fujo morteiro
Fico desolado sem minha lua
Revelo minha saudade, fico em rebeldia, faço poesia
Tento disfarçar a saudade sua

Nesta hora a ansiedade é insuportável
Nunca pensei que fosse assim inesgotável
Saio na noite, então. Tudo se complica
Rua cumprida, noite tão longa, a cada passo nela

Olhos atônitos
Mimosa orquídea da solidão
Desolado com essa paixão
Sinto saudade dela.

De Magela