quarta-feira, 12 de novembro de 2008


Areias, deserto e amor!
Perdoei o céu por ficar sozinho
Quando tanto precisei de ti
Gritei aos ventos
No mais ermo deserto
Deixou-me, o amor este olhar tenaz...
Sem noção alguma
De nunca olhar pra trás
Esteja longe ou perto
Areias que falam coisas estranhas
Vivem murmurando...
Sombras de um passado que nunca passa
Aos ventos ficam invocando
Vidas remotas de impaciência
Querem mudar pela ação do vento
Sem consolo, sem sentido...
Quanto mais se muda maior é tormento
Aqui o mais poderoso guerreiro
É atroz
No oriente fica esculpido
Mesmo se dardeja
Não vive queimando a toa...
Seu amor que tanto ardia
Brada solitário neste infinito
Em que o sol não me perdoa
Vivo marcado na solidão
Dos seus eflúvios e com esta dor
Caminho feitos de areias
Deserto coração, desespero e amor
De Magela