terça-feira, 28 de setembro de 2010

O perfume que veio foi o seu!


É primavera...
Esperei para que se refizesse o que aconteceu.
Preparei-me tão somente para o perfume das rosas,
Mas, o que hoje me veio, foi o seu!

Como a primavera, o amor tudo pode!
Para ele, e com ele, não há obstáculos.
Não há condição que o vença!
Mesmo se a tristeza tiver mais que tentáculos.

Esperei-te com as mãos cheias de nada,
Já sabendo o que me enaltece.
Sabendo que ficava mais bela
Quando seus olhos morriam!

Afora o amor que lhe posso dedicar...
O que pode ser mais belo nesta quimera
Seus olhos tão tristes e sozinhos...
Ou, o hálito das rosas na primavera?

De Magela

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Desdenho a ti




Sem dar vistas aos olhos...
A felicidade de nós outros,
Que desdenham o céu é pouca,
Por isso, desdenho a ti!

Tamarindo pequeno...
Cálice incompleto.
Minha esperança cheia de protocolos,
Cuja vontade tamanha foi morar no universo.

Amuo a voz para te explicar,
E para dizer que há um fogaréu em nós
Que queima sem carvão.
Aquece reclamando chorando na paixão.

Por isso, desdenho a ti!
Pois, contigo faço coisas piores!
O que pensas eu penso; se sentes eu sinto...
É em seus olhos que leio tudo isso!

Por que o amor não me conteve apressado...
Não explicou que esta emoção,
Nunca completa a felicidade
Que encontra em seu coração.

De Magela

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Nossos corações são velhos casarões



Fora do corpo, edificado ao gosto antigo,
Lá se vão meus queixumes!
Cheio de cores cambiantes...
E viva luz a fornece-lhe os lumes.

Meu gosto está distante...
É ele sempre o centro deste redondel de sentimentos
Que me ocupam os pensamentos e,
Todos os espaços.

Pelo dia afora se precipitam como saudade iluminada...
Revestidos das cores que terminam com tons azuis.
E ao crepúsculo: ouro!
Cercado da púrpura dos ais...

Galanteio moderno a encobrir tristezas...
Exagero de casa abandonada!
Casa velha da sua ausência...
Das eiras, beiras e longa fachada.

Um tanto feia, é verdade, mas desculpa-se
Pela vegetação da vida,
Que sempre pede mais um tempo!
Que sempre amenizamos na aflição.

Lá se vão meus queixumes edificados e com faixada.
Justificam os exageros que fiz do amor!
Animando ruínas desta casa abandonada;
Nossos corações são velhos casarões na mesma dor!

De Magela

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Então fecho meus só para te encontrar...



Só para te encontrar

Verdade inacabada que ao infinito seduz.
Imagem parada do nada!
Cheia da verdade sem coragem,
Que no amor se conduz.

Medo e desejo juntos num só engano!
Feito de silêncio e luz.
Pecado mais que profano...
Quando no tempo se reduz.

É em pensamentos que viajo a ti, nesta estrada cheia de sonhos seus.
Sonhos que mesmo acordado vem me buscar.
Quando parto da vida sem que cada gesto tenha sido em vão,
Porque quando ouço o silêncio: escuto seu coração.

Então fecho meus olhos...
Seu amor me encantou sem pestanejar.
E num vôo rasante e inconseqüente,
Fecho meus olhos, só para te encontrar!

De Magela/Mbb.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

De saudade estou perfumado


De saudade estou perfumado

Animam-se com o cheiro.
Um olhar...
Um gesto vago...
É, que de saudade hoje estou perfumado!

E, é assim que me faço notar.
Tentei achar palavras para dizer o que existia...
E o que sentia, sentia medo.
Se eu amar, quem iria notar?

O medo faz a lua linda parecer mais cheia...
Entusiasmado saio para o nada, e a declarar o amor.
O amor nos perfuma todo, e por inteiro,
Antes do coração ser flor e voar.

O que ensaiei para dizer levou uma vida inteira!
E minha alma se iluminou com tanta vontade!
E meu corpo para dizer o que sentia...
Perfumou-se em meio a tanta saudade.

De Magela