sexta-feira, 24 de julho de 2009


Entra no meu peito e vê!

Ela duvidou do meu amor...
Se o amor já dói, e carrega seu peso em tristeza...
Imagine ter mais essa culpa!
Mais uma condenação.

Amar e ter que explicar a intensidade do que se sente.
Esconder as dúvidas e os defeitos...
Em uma amarração perfeita e,
Ser convincente.

Há milhões de motivos para permitir
Que a dor e a mágoa virem sofrimentos
Dentro da gente.
Mas, fomos feitos para o amor e para a realidade.

O amor dela ficou assim desesperado,
Parecendo areia escorrendo entre os dedos.
Eu a amo tanto, mas ela não crê.
Só me resta suplicar: entra no meu peito e vê!

De Magela

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O Dia que amava.


A Rosa namora o Dia...
Que vive enciumado e ocupando-se,
Sem nada dizer...
Sem alegria de viver.

Sofre por estar sozinho!
Para amar não se precisa da beleza
Que tem a rosa!
E nem do seu espinho.

Há palavras para ouvir ou dizer!
Preferi ouvir o Amor conversando com a Noite
Coisas que se diz, quando se é enamorado...
Ouvindo, o dia ficou calado.

Palavras ditas em sussurro
Para no coração inflamarem.
Presas num só desejo...
Pelas circunstâncias pedindo mais que um beijo.

A Flor que se encanta, abre-se misteriosa!
O Amor sempre abraça a Noite de forma caprichosa...
Em seu último suspiro, novo dia amanhece.
Sem o amor de todo dia; depressa se esquece.

A flor dela despertou assim,
Quando disse que a amava...
Que os espinhos do seu corpo e as dores eu suportava...
No meu coração o que importa é a delicadeza das cores.
A Flor dela ficou assim... E, foi se esconder no seu jardim.

De Magela

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Foi só um momento vazio






Foi só um momento vazio...


Quando uma mulher
Começa um relacionamento...
Ela consulta sua alma!
Antes de decidir, usa o bom senso.
Para essas coisas, deve haver a calma.

Coração amadurecido pelas ausências,
Torna-se, por demais, perceptivo.
Tudo ela enfrenta!
Não aceitando qualquer lenitivo.

No quarto...
Sentada e com o coração sozinho...
Lembra-se de todas as lágrimas.
Escondida no caminho.

Um segundo de raiva!
Um desgosto...
Aperto no coração!
Mas, logo passa!
Nunca houve alvoroço
Quando a vida lhe disse: não!

Cansada.
Consulta sua calma...
Procura uma explicação. O que eu faço?
Meu coração não é de aço!


Preciso decidir...
Quero sair deste frio!
O que dizer, se precisa iluminar minha áurea.
Que foi só um momento vazio...
Perdido no espaço, que ancorou na (minha) alma?


De Magela 08/11/2007

(Relatos)

sábado, 11 de julho de 2009

Corações sem roupas



De repente, a saudade chega...
Com ela, tanta lembrança.
Emoções que não couberam naquele instante
Em que te amar não foi o bastante.

Emoções, que deixaram a esperança
De refazer nossos momentos dispersos
Instantes sinceros. Desnudar de verdades
Que só o tempo gravou...

Corações sem roupas...
Nossa própria vontade nos levou a isto
Realmente há uma saudade...
Momentos conscritos, momentos bonitos.

De repente a saudade chega...
Promete que vai passar
Sinto saudade de lhe ouvir falar
Mas, olho do meu lado e você não esta.

De Magela

Contra-tipo



Cópia da cópia...
Saudade e o escuro.
Só em pensar...
Lembro-me da solidão.

De quando a solidão e a saudade dormiram juntas,
Trocando caricias extenuantes.
E também, perseguiram-se pelos quartos...
Pela casa como dois amantes.

Até, fecharam a porta do quarto
E se agarraram ali mesmo no chão.
Exaltaram sem alivio...
O permanente estado fugitivo do coração.

Mas, eu que te amo tanto...
Comparando fico, o que a sua ausência faz lembrar.
O ansioso esforço da imaginação.
Obedece a essa necessidade tão específica.

Abrupto instante que admite a realidade.
Compara com ansiedade mais esta representação.
De um termo no armistício:
Da saudade dormindo com a solidão.

De Magela

Limite


Limite

O que deve haver na vida
No amor e na dor?
Limites...
Mas não há!

Se estou a um palmo de você
E meu coração dispara.
Porto-me como criança...
A sua boca a minha descansa.

Não houve limites.
Não há nenhum!
Quando seus olhos me fitam: sinto as balas...
Estou fuzilado.

Se perguntarem do que morreu...
Dirá o tempo acanhando: De visitação
Em sua maior vontade; sem limites,
Amou de verdade.

De Magela

Contaminamte


Contaminante

Tome meu tempo!
É isso que imploro.
Não quero viver sem o ar...
Sem alguém que eu adoro.

Tome cuidado apenas...
Para quê, o que sinto nãos os contagie
Não se desenvolva no instante que me tocar.

Tomem meu dia!
Meu sol e minha chuva.
Tome a admiração que tenho pela vida
Pelas flores e pássaros.

Amarrem-me à cama e tomem tudo!
Tirem essa realidade que só existe por costume deste corpo.
Decretem minha morte...
E deixem me sonhar.

Fechem todas as janelas!
Escondam todas as flores.
Façam tudo de silencioso...
Mas, não me impeçam de amar.

De Magela

Vitrine




É só uma prévia...
Tudo fica morto sem reparo.
Sem cuidado...
Assim como, o amor.

Tantas flores caem do céu...
Que ruas amanhecessem atapetadas.
Que tive de abrir caminhos
Para você passar.

Para acordar do seu lado
Não poderei ser virtuoso...
Ficar numa vitrine
E me entristecer.

Minha donzela...
Quando nasci eu já te amava e,
Sempre senti deslizes pelo corpo inteiro...
Num arrepio da sua solidão.

Sem desejar ser paliativo...
Fiz tudo errado! Além de te amar,
Criei a ilusão que nosso amor é encantado...
E que não poder ser exposto não.

De Magela

Envergonhado


Envergonhado

Enfeitada por uma lembrança feliz,
Finalmente: revejo-te!
Na mesma maturidade que versejo
Sinto porque a poesia se faz tão suave.

Sem a maldade que eu precise ocultar e,
Com semântica, às vezes, um estado febril.
Consciente, posso dizer o quanto te amo
Sem que vá duvidar.

Neste amor soberano as palavras dançam!
Ficam sem o sentido que as palavras têm.
Embriagam-se nas suas sandálias e,
No tom alegre do seu vestido.

Sinto-me envergonhado por descobrir seus mistérios.
Que nunca saberei ocultar; nisso, me faço de vencido...
Semeando saudade e, na sua frente o amor é tão presente
Que me sinto despido.

De Magela

sexta-feira, 10 de julho de 2009


Pedra no coração


Pedra oculta
Dentro do coração...
Sensação tão fria.

Desentranha.
Suspira e ri.
Geme de mim,
Mas nem me via.

Embaralha nosso destino
Pra impedir que fosse copiado
Seu achado, não tem galardão.

Protege na sombra.
Descuida de instintos...
Não deixe cair no chão!
A pedra que foi colocada
No lugar de seu coração!

De Magela

A dor sempre revela amor


A dor sempre revela amor


O Sol já foi embora...
Agora, me vem o avesso da dor.
A imensidão deste acaso
Não é só sua.

Amor eu tenho demais!
Mas, não atinge sua escuridão.
Namoro à lua...
Ela não tem coração.

Quando me vê, só revela dor.
A dor que ela sente me revela seu amor...
Mas, a noite, revela a solidão.
Por onde eu for...

Sofredor é o meu coração.
Mas, desta vez...!
Não quero que acabe o sonho deste amor!
Seja como for, preciso desta ilusão!

De Magela

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O gosto de mel


Gosto do mel

Uma voz fica dizendo para fechar os olhos
E voltar a imaginar.
O que este silêncio impetuoso,
Quer ocultar.

Que a boca dela não me convém!
Um pensamento é o que afasta o gosto do mel.
Deixa o amargor em mim...
E o amargo sabor do fel.

O amor tem gosto de silêncio...
Adoça com cores
Esconde as dores
Fecha meus olhos de forma cruel.

De Magela

Só uma diferença


Só há uma diferença que faz apagar a luz...
Que pode melindrar o relacionamento,
Deixando aberta a porta sofrimento:
É o que desejamos.

Essa diferença faz de conta que não nós viu!
Faz tudo para enganar a esperança...
E deixa chorando
O amor que existiu.

O dia acabou...
Na escuridão mora meu sonho
Engano-me, querer viver te buscando,
Parece que acabo sonhando.

Meu sonho mostra sutilmente
As incertezas que nos atrai.
Assim com faz...
A imensidão de um oceano.

De Magela

Preso num quarto


Preso num quarto

Arde meu pensamento neste quarto de solidão...
Espero a tristeza ocupar-se de coisa melhor.
Quero ficar só.
Ela não deixa, mesmo que eu peça perdão.

Espero mais um instante...
Mudo as coisas de lugar na esperança de novo tempo.
Acendo com penitência uma chama de esperança,
Mas nada disso adianta!

Assim do nada, ela vem no pensamento!
Ardendo em mim como coisa antiga.
Assombrando com profundidade
Para renovar-me o lamento.

Transformando tudo em poesia!
Virando-me pelo avesso.
Na mesma ousadia...
Que me prende só.

Fico no desalento, tão cheio de vontade.
Preso neste lugar com ânsia crua...
Na presença desta mulher tão nua,
Sendo capturado numa armadilha da saudade.

Virei da guerra hoje cedo...
E isto, amargou-me o café da manha.
Por que o amor nos deixa preso num quarto,
E com a mente sã?

De Magela