sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Ressucita quando a lua sorri
A boca dela me atiça.
Parece coisa de mar...
Mar dando água na boca,
E a boca querendo se afogar.
Lua louca.
Vira loba e não me deixa ir...
Arranha, prende em seus braços,
Esconde-me sem que se possa sair.
Fico morto no afago dela...
Que na meia noite é intenso.
Na escuridão improvisada
Desnuda tudo e o pensamento.
Não vejo mais nada! Desajeitado e sem compasso...
Afogado sinto a morte em que morri.
Para o amor a vida é um sonho acabado,
Que ressuscita quando a lua sorri.
De Magela
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Para que tu existes?
Para que tu existes?
Havia me livrado de tantas escolhas...
Dos eclipses.
Dos tolos momentos, que parecia impossível...
Embalsamar a saudade.
De todos os modos havia sido inútil!
Árduas diligências, confirmando ser verdade
Um acaso tão fútil...
Que em meus olhos nunca desmentiam.
“O amor virou-se para ela e perguntou:
Para que tu existes, se existo eu?”
Para que disfarçar na amizade
O insensato destino seu?
No esplendor original, o amor não se fecha num quarto escuro!
È quem ordena que sejam moribundas todas as dores;
Renovando com primavera...
Cobrindo coisas imperfeitas na terra.
Cabisbaixa a saudade responde:
Tu existes para dar sentido à finita vida,
E, eu: “para repor com um sorriso triste,
Quando deixares apenas a lágrima sofrida!”
DM/DLJ
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
ah! O amor...
Ah! O amor...
Nunca de fato o encontrei!
Não o achei, nesta procura enfadonha
Que desanimei...
Uns disseram que era manso,
Como a lágrima da chuva descendo pelo rosto,
Outros disseram que era como paixão a movimentar o mundo
E os desejos do corpo.
Para alguns é moradia que vive agarrada a carinhos
Para outros não passa de versos...
Disseram que o amor cuida do fogo e do desejo,
Que se fosse rosa: nele, só veríamos seus espinhos!
Ah! O amor...
Chamas de silêncios queimando em um coração...
Tesouro que procuro descalço e há tempos...
Que neste deserto sei que procuro em vão!
Amor que nunca encontrei...
Que me fez caminhar pelos sonhos, fantasias, medos e aflição!
Vestido da ansiedade que tem o sol,
Mas que em mim só deixou a insolação.
De Magela e Teresa Cristina Flordecaju
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Céu picado de solidão
Rúbido dos olhos, cor no mar anoitecendo...
Com a soberba luz do sol,
Quando nuvens silenciosas e augustas,
Morrendo vai, mais um crepúsculo.
E, combinando sensações em mim, a lembrança dela,
Que a calmaria se esqueceu.
Revelando ânsias na alma cheia de um vazio impalpável, de quando o mar não adormeceu...
Do barco perdido, do qual nem se avista a vela.
Frugalmente, contemplando o céu picado de solidão...
Com um pensamento errante que vive tardando em mim.
(Insanidade de amar as flores...)
E no seio da noite o amor dela, ecoando e gemendo assim.
Carregando a tristeza, de que não se advinha à calma...
Remoendo esforços para viver na imensidão,
Alcova sem luz, tristonho quarteirão...
Todas, às vezes, que ela me olhar assim: entrego a alma!
De Magela
Eu e Deus
(Preciso continuar com o dueto)
Ainda ando triste...
Um pouco é saudade mesmo,
O outro é uma tristeza que me dá;
Simplesmente por achar.
Achar que minhas magoas são como desencontros...
Que toda a diferença esta nesta hora mais que sentida,
Que me faz sentir sozinho...
Por achar que é só com o amor que se acerta a vida.
Amor eu tenho demais!
Mas, se a sua lembrança em mim ainda persiste,
É o mesmo amor...
Que me faz sentir o que não existe.
Preciso continuar com o dueto...
Gritar, espernear, mostrar o que dói em meu coração.
Dizer que já não vejo mais os olhos seus,
Preciso tentar ver o mundo com os olhos de Deus!
De Magela e Claudia Schiavone
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