terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ressucita quando a lua sorri


A boca dela me atiça.
Parece coisa de mar...
Mar dando água na boca,
E a boca querendo se afogar.

Lua louca.
Vira loba e não me deixa ir...
Arranha, prende em seus braços,
Esconde-me sem que se possa sair.

Fico morto no afago dela...
Que na meia noite é intenso.
Na escuridão improvisada
Desnuda tudo e o pensamento.

Não vejo mais nada! Desajeitado e sem compasso...
Afogado sinto a morte em que morri.
Para o amor a vida é um sonho acabado,
Que ressuscita quando a lua sorri.

De Magela