quinta-feira, 12 de dezembro de 2013


A cura





A cura

Entre perdões e culpas, mistura-se tudo!
Pelo entusiasmo...
Pela adequação que temos que fazer notar
Deixando o coração cheio de esperança.

Esperança é uma menina escondida!
A cura de todos os males
Que existam no mundo
Ou na humana angústia retirada da alma

Algo fica guardado
Em eterno estado de gestação
Sem nascer ou morrer,
Sem abrir a caixa
Escondida  em cada coração


Magela e Elias




Meninos pobres da Vila Maria Alta

Vela acessa em cima da cômoda... Poderia ser  em  oração, uma benção, uma luz de respeito e fé... Mas o sentido primordial da vela era Iluminar o barraco. E nesse sentido material  de entremeio entre claridade e a escuridão, a vela era apenas vida:  era penumbra . E causava o mesmo incômodo da cama que não deixava dormir...  Meia adaptação de peças antigas e um resto de colchão que, aos poucos, também se deformavam como  cera sob  o travesseiro  para se ter o falso efeito de que  provemos de algum conforto  com coisas  que, de fato, não são.. Nem luz, nem  maciez, nem  esperança, nem sonho leve.
Deitava-me a observar o tremular das sombras que a própria chama projetava  e como se fosse  cinema, eu imaginava cenas...
Não fosse isso tudo a interferir com a noite, o barulho distante  das famílias felizes, também não me  deixaria dormir tanto quanto o ranger do estrado.
Barulho das mesas fartas - pensava. Barulho de tantas pessoas em outras casas tentando disfarçar que, na verdade, o Natal é triste.
Sabem disso aqueles que andam pela madrugada, observando o movimento das coisas... Sabem que todo ruído esconde um terror.
Se reparar bem notará que a noite é triste. Que a madrugada é triste. Que a música do Natal é triste. Apesar de a letra da música falar de boas coisas, a entonação que se dá tende ao  triste e, no seu íntimo, as pessoas são tristes.  São penumbras.
Alegrias verdadeiras somente brilham nas  crianças, quando os olhos se acendem  por  reflexo de vida ou por vidas outras criadas por elas. Crianças facilmente imaginam e  se encantam porque ainda crêem  na  “Noite Feliz”, como se a partir dela, a chama virasse de uma vela  multiplicasse em candelabros, e de um brinquedo se construísse melhores destinos.
Um carrinho feito com uma lata velha de sardinha, tampinhas de cerveja e arame... Pronto, já tenho um carro!  Uma boneca de espiga de milho, outra feita de retalhos coloridos e tendo com quem falar de amizade, carinho e companheirismo, poderia as bonecas, dormir junto no colchão de palha e travesseiro de paina. Poderia dormir abraçando a boneca, como se abraçasse a mãe.  Um cavalinho feito de madeira que o avô montou especialmente para aquele dia e galopava com meu pai por campos sem fim. “Cavalinho de pau, amigo de tantas aventuras e alegrias.” Só quando somos crianças conseguimos despertar certas magias...
Natal deve ser o nascimento de mais esperança, família junto e paz. Velas de amor acesas no coração. Mãos dadas entre irmãos, palavras brandas, uma ceia para se dizer  “ Graças! “
 Mas nem todos os barracos são assim. Enquanto sigo andando pelas ruas, vejo na penumbra que  não existem mesas postas em ofertório comum.  Ouço o som vozes em celebração de união, mas o coral de velhinhos no shopping Center ou do Metrô  não encanta mais.
As luzes coloridas de tantas as árvores a decorar as ruas da cidade não brilham mais que uma pequena vela acessa em um barraco. Mas mesmo assim é Natal. Porque  uma criança nasceu, e chorou igual a todas as outras, e quando a luz se apagou, ele brilhou mais que o sol e as estrelas, e sem penumbras,  disse nitidamente a única palavra que ainda nos  falta dizermos: Amai-vos uns aos outros.
*

De Magela e Carmem Elias 




terça-feira, 1 de outubro de 2013




Meu lenitivo

Silencio é o segredo do meu amor...
O amor que trata tudo como coisa impossível.
Que alimenta nossas vidas com tantas duvidas,
E desculpas antes de ir embora.

Cansado de ouvir a lua dizer,
Que tudo passa.
Que todo amor passará;
Convidei-a para jantar.

Fez-se o sorriso no canto
Daquela boca.
Mar de tentações é paraíso,
Disfarçando o medo das intenções.

Mesmo te amando
Não é disto que eu preciso.
(tempo e solidão...)
O silencio da noite é meu lenitivo.

De Magela


Como se fossem trovões





Como trovões


“Os trovoes cuidam que são deus,
Nem por isso se faz honra alguma.”
Interesse, desejo e amor para alguns pode ser tudo e
para outros coisa nenhuma.

Sem índole
Sem sorte!
Sem animus a lastrear sensações
São infelizes todos que fazem julgamento

Cuidam que tudo sabem
Alarido das sensações e galardoes,
Cuidam como seus desuses
Como se fossem trovoes

De Magela



Desmazelo

Sei que o amor é um desleixo meu,
Do corpo contrito a não querer olhar no espelho.
Pelo medo de perder-se nas agruras
De tudo que envolve o amor primeiro.

Sentimento traz ambição...
Desmazelo que o tempo sempre quer perguntar
Que foi que amou primeiro?
Quem te ensinou a ter medo de amar?!

O espelho tem a coragem de confessar uma ilusão!
Mas não é nele que o amor aparece...
O que é intenso, profano e profundo
Raramente na vida acontece.

De Magela/Carmem Teresa Elias 

Até o fim

O peso das palavras
Não é maior que o sentimento...
Por isso, não menti quando disse
Que amaria até o fim.

Além do mais, de que adiantaria
Isso agora?
Sabendo que a noite o sol ainda brilha,
E que nunca foi fácil esquecer assim.

O vento quer falar à flor daquela serra...
Que não sabe a verdade do amor.
E na busca da Lua por aquelas encostas,
Ela que me vê e, de medo vira-me as costas.



De Magela Poesias

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Criatividade


Criatividade


Há certa criatividade em nossa natureza...
Como em muitas das certezas;
Ser criativo em algumas formas,
É uma condição infinita.

A criatividade que fala aos sentidos,
Soa como um cochicho de Deus.
Transmitida na chuva, no vento, na noite, no dia...
E também pelos olhos teus.

É nesta hora que sou perfeito!
Autentico o dom que há no verso.
De conformidade com a vida: amor recrio...
E por você refaço o universo.

De Magela
(Livro: Eu sou o sol)




terça-feira, 20 de agosto de 2013

O amor embeleza!


O teu amor embeleza...
E tão facilmente me traz a primavera.

(4eMBB)

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Só quem possuir o coração da lua




Uma catedral arrogante são os sentimentos
Que já nascem da abstinência,
Como se tudo em nós
Dependesse de decência

É como declarar a beleza
Por clemência.
Um uniforme geral do universo
De quem nunca entenderá esta eloquência

Repreende-me a consciência:
Deixe que os outros amem!
Que exaltem as conseqüências
Com ares do amor também!

Mas, respeitará o sonho
Fará do teu beijo um rastro de valsas
Com fragrância das flores
Em verso se compondo

Deixe os que te espreitam, atrás das portas
Nas tardes tristes de agosto.
Mas, não viva convencido de amor...
Sonhando nesta janela tua

Nem o vento, venta sempre!
Toda dor passa; o dia se escasseia, e a beleza nunca dura.
Ninguém pode amar eternamente;
Só quem possuir o coração da lua.

De Magela



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Gravidade nula





O corpo flutua...
Falta peso nesta
Gravidade nula.

Fica tudo sem nada
Que a solidão vira
Um passo.

Só com cicuta...
Veneno a amenizar esta dor absoluta,
Este nó garganta.

Somente assim consigo suportar,
Esta falta de intensidade nesta dor que é tanta.
Falta intensidade a  repor na gravidade algo que é teu!

Falta tudo...!
Para poder explicar a falta
Do teu corpo em cima do meu!

De Magela

domingo, 14 de julho de 2013





Visível na escuridao



Turvo propósito teve o amor da minha vida...

Que com o seu último olhar contemplou

O cortejo do que restou...

Desta solidao.



Foi embora e sem adeus...

Desmentindo o rumor de que,

Um sentimento verdadeiro pode tudo,

Mesmo em única versao.



Rompeu pelo infinito explosões em dois corações escondidos,

Guerra sideral, extenuado abismo, tudo junto num só engano!

Para qualquer dor, não sou bom esconderijo.
Em meu peito,vira engano.


Tudo o que sinto agora é como estrela distante pela imensidão...

Deste amor sou o único sobrevivente, e sei:

Por menor que seja a luz,

Será visivel na escuridao!



De Magela

sexta-feira, 12 de julho de 2013



Caminho de pedras


Sei que perseveramos juntos
Pelo quanto é difícil se acharem certos caminhos.
Por isso, deixei fotografado em música que
Até as pedras brutas deixam cingir um coração 

Mas a leveza que veio agora não é do amor...
É do momento de carinho de outrora
Que pude tocar estrelas e ser o sol
Moldar sorrisos e lágrimas pelo seu rosto.

Eu estou sempre do seu lado, 
Capricho talvez de quem tem tudo na vida...
Se essa leveza de amor sempre existir
Talvez, por todos os passos se  possa  sentir apaixonado.

Sei que há segredos que nunca escutarei!
Sei que pode haver silêncio nas palavras que trocamos
E, também sei que é por caminhos de pedras 
É entre carinhos e músicas que encontramos
Que, de súbito, se chega ao amor...


De Magela/Carmem Teresa Elias
Foto: calçada em Paraty. 
Autora: C.Elias.
Momento: FLIP 2013.
Direitos Reservados a autora



quinta-feira, 11 de julho de 2013




Estética I


Advém de Platão...
Uma percepção de certo grau de comunicação
Na beleza absoluta que existe em tudo,
E nas ideias.

Olhos, coração, e a alma...
São atraídos pela beleza,
E a essência da alma contrapõe-se
Por querer unir-se a ela.

Mesmo sabendo poder deparar-se
Com o mundo em matéria...
Da recordação de que tudo é absoluto,
Conquanto a realidade também é a imitação.

O amante em êxtase reconhece o teu brilho.
Reconhece que a verdade só tem contemplação,
Por que toda estética da beleza...
Conduz a um amor.

De Magela/Carmem Teresa Elias


Brilho

Imagens são breves visões...
De quem traz no peito tanto sentimento capturado,
E o transforma em palavras que o mundo fala,
Descreve e entende.

Por outra estética:
Vejo bem perto o brilho que demanda a essência do belo
Na proximidade capaz de contar consciente,
A chama de cada palavra.

É por isso, que amo o mais belo de ti que alucina.
O mais belo de mim, como este sol longínquo,
Que como os teus olhos...
Se, aproxima!

Ninguém me escreve tão bem, quanto a ti!
Ninguém visita meus quilombos.
Ninguém estampa com as flores vermelhas,
Que dançam cirandas em Paraty.

De Magela/Carmem Teresa Elias

sábado, 29 de junho de 2013

quinta-feira, 27 de junho de 2013





Quem ama liberta

Disfarçada, ela estava na floresta.
Lugar lindo ou agradável não sei.
Sei que havia...
Certa felicidade no ar.

Veio ao seu encontro um tocador de flauta,
Cuja saudação era uma doce música.
Tocava e atrai pássaros...
Que o acompanhavam na melodia.

- o que faz linda senhora?
- Procuro alguém que queira se apaixonar.
- E isso é bom?
- O amor quando é verdadeiro coloca a felicidade em seu lugar.
- Como sabe?
- Vou te contar um segredo; cuido da natureza e suas fraquezas.
- E qual seria a minha fraqueza?
- o amor!


De Magela

sexta-feira, 21 de junho de 2013


Chave mágica

Carroça é o transporte...
É também o melhor palco!
Um verdadeiro teatro...
Onde o mundo foi buscar suas peças!

Os olhos dela reluziam de encantamento,
Quando falava destas seções...
Parecia que o corpo dela já estava lá,
Prestes a se apresentar.

Dava-me por satisfeito pelo terno sorriso...
(Chave mágica capaz de abrir qualquer porta).
Eu de poeta e, quase nada, criava mais um oficio: o de amá-la!
E ia muito além destas ilustrações ao paraíso.

Fazendo teatro, buscando sentido na realidade e no que nos cercava...!
Temas novos tinham meu mundo... Tantas novas partes a serem expostas!
E aqueles olhos meigos...
Nem imaginavam a dor do amor que já me cegava.

De Magela


sexta-feira, 14 de junho de 2013



Água e espuma

A água agora é um elemento meu.
Fria, às vezes, sai de mim...
Escorre pelo rosto; em outras,
deixa o teu aroma assim:

Como nuvens no céu;
Como olhares intensos;
Como o aroma de corações apaixonados;
Com liberdade de viver ao léu.

Toque delicado quando a água incorpora a espuma
Quando bocas vagarosamente se aproximam...
Em cada verso que existe no seu corpo,
Que muitas verdades não determinam.

Se sou a água, você é a espuma!
Deslizamos unidos pelo corpo.
Quando o silêncio fica mais delicado
há magia e sedução num único gosto.

De Magela/MBB/4e.

quarta-feira, 12 de junho de 2013




" Não preciso de mais nada para te mostrar a leveza que trago em versos. Não preciso de mais nada para mostrar o quanto te amo!" MQTD/ETA.

terça-feira, 11 de junho de 2013










Reinvente

Amor!
Liberta-me.
Sorri para mim
Dance comigo, faça festa!

Com um sol,
Ilumine meu quarto escuro.
Fique comigo nestas horas,
Em que, preciso fazer mudanças.

Procure sentimentos
Não amores...
O vento fala comigo:
Já encontrou seus caminhos...
E tuas essas cores?

Para que haja diferença,
Reinvente!
Traga essa luz para dentro de mim,
Senta brisa:
Liberta-me!


De Magela





sexta-feira, 7 de junho de 2013


Dois pingos

A chuva corria pela madeira
Da janela fazendo dois pingos.
Dois brincos de princesa,
E os olhos dela cintilavam.

Disfarcei.
Mas, minha vontade era
De ficar ali e continuar
A olhar.

Como ficava compactado
O que existia no meu coração.
Tantas coisas para dizer,
Mas, eu não disse não!

Flores torneavam seu corpo...
Tudo o que ela reprimia, eu exalava.
Às vezes, nem via suas flores,
Mas olhava o que amava.

Um toque na água daquele lago
Fez a água da chuva represada
Se mover em aspirais; nem sei por que chorei...
Foi mais um sonho.

Pingos da chuva...
Pingos de mim.
Confesso nesta hora acordado,
Nunca pensei em amar tanto assim.

De Magela

terça-feira, 28 de maio de 2013


O espanto da mulher



O espanto da mulher
É o amor...
Porque a livra do silêncio
E revela sua dor

Com olhar bastardo
Revela seus gritos
Nem liga para bramidos
Brincando com o que tem dentro

Se o amor disser que a vida para:
Ela para!
Que nossa vontade ficará petrificada
E o nada durará instantes...

Sem respirar
O corpo em trégua ficará
Sem as ilusões de antes.
Mas a luz não se apagará

Se houver ruídos na janela dos corações sem trancas
Ele retirará essa medida
Reprovará o tempo que sempre passa
Tirará seus espaços e revelará o que o amor sempre revela: a vida!

De Magela

segunda-feira, 27 de maio de 2013





Agradeço

Poderíamos nunca ter sabido da existência...
Poderíamos ter vivido em tempos distintos
Sem ter ao menos sonhado
Um encontro assim.

Queria poder agradecer os olhos, mãos e braços!
Queria poder entender porque nada acontece por acaso
E acontecendo, nos faz produzir, criar crescer, caminhar,
Sem ter medo de nossos passos.

A fonte da minha alegria é a tua calma.
A voz tranquila...
Tamanha delicadeza que um simples olhar nos olhos
Faz tanto acontecer.

Como nunca posso tudo isso dizer,
Agradeço a mãe natureza,
Que nos fez barro. Que nos fez vento. Que nos dá o alento
De amar e sofrer.

De Magela/Carmem Teresa Elias





Beijo sem pontuação

Por paixão...
Fiz daquele beijo,
Um desafio sem qualquer pontuação,
Colado, colado, sem reticências!

Antes, sem travessão...
Agora, depois da vírgula, sem nenhum espaço.

Talvez, por acaso...
Ou, por pirraça!

Fiz daquele desejo
Um jogo de metáforas afastadas.
Com espaçamento duplo...
Deixando a ideia no ar!

Para que o amor possa fazer sentido
Precisa ser escrito em linhas separadas.
Qualquer pontuação deixa seu sentido no ar...
E as lagrimas programadas!



De Magela/Carmem Tereza Elias

Aceito!

Café?
A brisa fria do outono,
Parece perguntar.
Aceita um café ou prefere um pouco de chá?

Aquele que tenha exaltado a formosura sem exagero.
Preparado com o perfume de cada grão
Que ofertado à água com o maior selo,
Trazendo o gosto da vida sem precaução!

Ao viajar no aroma, que se possa lembrar-se de mim!
E que sem condições, ele também seja puro.
Que seja quente!
Que seja maduro e eloquente.

E que fechando teus olhos...
Servido acompanhado...
Do amor que se tem no peito,
A branda voz da alma quase em murmúrio, diga: aceito!

De Magela/Carmem Teresa Elias


Trem

Na minha terra trem é o Macáia...
Tem rodas, anda lento e levanta o pó.
 Lagrima que sai pelo rosto, vai empoeirada,
No amargor do sol da tarde, sempre amarra o nó.

Vim parar aqui e do mar sinto o cheiro...
Ficar perto da morena que fala o tempo inteiro,
Que, às vezes, de mim sente pena: vê meus olhos sonhando,
Querendo voltar pra lá.

Aqui ela vem de trem,
Trem pode ser muitas coisas no coração mineiro.
Central do Brasil - fere o peito, tinindo, deslizando rasgado
Cortando tudo por inteiro.

Trem nosso de cada dia,
Tem pena de mim, tenha dó!
Como queria leva-la de Macáia comigo
Pra nunca ficar tão só!


De Magela/Carmem Teresa Elias



Delicadeza

O que é a delicadeza...?
Um gesto?!
Outra leitura...?
Ou, simplesmente a intenção?

O que poderá soar como beleza
A um coração experiente de vida e ação?
Nuvens que passam no céu...?
Brisa quando, suave nos mostra a liberdade no rosto...?

Ou, a delicadeza é a beleza no verso de cada um?!
Delicadeza é o carinho que por ti tenho guardado...?
Delicadeza é um sentimento para dizer
Que não sei de nada...?

Delicadeza é a alma
Que nunca quer se mostrar e incomodada...!
Um verso bobo que une pensadores
Na mata, no agreste, no sertão, no mar na invernada.

De Magela



quinta-feira, 18 de abril de 2013




Açúcar com sal


Para não te esquecer,

Para não deixar o tempo vencer

E não aceitar que mudei;

Misturei açúcar com sal.


Concebi a ideia de forma doce e sensível,

Juntando duas realidades sem sentir amargura.

É como identificar sentimentos em versos:

Mente e coração tomados por emoção!


Misturei açúcar e sal

Com a mesma facilidade que misturamos estrelas e planetas no céu...

Nossos olhares parecem tão iguais,

Já não se distingue hoje a saudade do que existia.


Meu coração possui mistérios assim: que ao amor não faz nenhum mal...

Que  não mais distinguo teus desertos e  praias e,

Quanto mais reuno palavras na eternidade desses brilhos...

É por saudade que misturo acuçar e sal.


De Magela/Carmem Teresa Elias







Palavras se aproximando


"Palavras" se aproximando...
Pode advir de uma mágoa
Da memória e pela falta de mais tempo.
Ou, simplesmente alguém está pensando.

Maquiavélico é um coração sem cor!
Pois trata tudo como manipulação,
Inclusive a paixão...
E o amor!

Diz afina, que palavra ainda esta faltando?!
E o desencanto que sem pestanejar
Abre espaço no teu peito para m ais um pranto?
É o lembrar?

“M” o que será...?
Magoa memória, maquiavélico, manipulação?!
Mais tempo?
Amor, quando fica sem inspiração?

De Magela/Carmem Elias




Carmem Camões


 Uma cadeira estará vazia...

 Ah! Como queria mesmo invisível

 Estar nela te olhando...

 Ouvir o quê ele tem a dizer, sem olhos vigiando.



 Qualquer imagem seria desnecessária ao contexto,

 Coincidência no estado de espírito atual: ausente, talvez.

 Ficar invisível em Camões deve ser o preço que paguei,

 Porque o manto da invisibilidade, dele emprestei.



 Ônibus, na estrada alta...

 Subindo as serras amigas.

 Sento no banco mais novo da Praça da Liberdade,

 Onde seria tão bom estar com você.



 Mas, a cadeira estará vazia...

 Pela discrição de certas emoções,

 Vai ao público erudito, através de versos aflitos,

 Expor com liberdade; Carmem Camões.



 De Magela
(Parabéns! Professora.)






Solidão: poesia pelo corpo

Num quarto qualquer
Do meu coração...
Envolto em penumbra:
Vi a solidão.

Magnífica mulher!
Disse que me amava.
Amava tanto... Que sentia
Tudo o que eu sentia.

Olhou-me, revelando no movimento
De seus lábios um desejo
Querendo ficar comigo...
Fosse onde for.

Me aceite! Farei o que de melhor eu faço,
A solidão dizia.
Entrego-me aos teus sonhos...
Perco-me no teu abraço.

Farei poesia pelo seu corpo
Arrancarei lá do fundo os sentimentos.
Beijarei sua boca com vontade louca,
Com inspiração escondo o desgosto.

Foi assim que casei com ela então,
Maravilhosa sedutora, que encurrala sem saber
Na vida vivemos iludidos em busca de paz
Fazendo o que a solidão dizia: poesias para esquecer.

De Magela


quinta-feira, 11 de abril de 2013





Afetado

Embora...
Fosse descobrir no peito uma verdade tão valiosa
Como um tesouro, não quis ver direito,
Desconsiderei esse ouro.

Economizei sentimento e não disse a ninguém o que sentia.
Tempo e paciência são necessários para amar; disso eu sabia.
Por mais que apertasse a sensação, o sentimento relacionava a forma que ela olhava...
De, como eu a queria, não era só emoção.

Pois, o som do amor é sentido,
É ouvido. Belo e feio vão à alma
E não podem ser visto pelo olhar.
Sem duvida, meus sentidos foram afetados,
Nascendo assim, essa louca vontade de amar.

Amar tanto, que me tornei parte das serras que havia ali!
Amor intenso e bem guardado,
Como toda memória que se dissolvia
Na fresca brisa de Barueri.

Da flor alaranjada que só nasce daquele lado,
Que na minha lembrança fica como um açoite...!
Que fica em mim escondida, que se apaga comigo, nas sombras púrpuras,
Quando me cai à noite!

Serena flor ficou em seu lugar...
Não me permiti revelar o segredo.
Trazê-la comigo, amá-la pela eternidade,
Com um forte abraço, tirá-la de lá!

Agora, que o vento corta a tarde...
Descubro que, em meu peito,
Esse amor...
Ainda arde.

E, se o silêncio falasse...!
E a saudade respondesse, talvez...!
Meus olhos não chorassem.
E o coração não sofresse, por estar longe de minha flor.

Choram por que,
Eu não amei direito.
Afetado, mas inseguro...
Escondi esse amor dentro do peito.

De Magela 

(PPL/4e.)






Versos, palavras e brincadeiras

Verso e palavra pode parecer brincadeira...
Quem saberia dizer, se não é mais uma maneira
De recombinar um amor imperfeito,
Assim como eu e você?

Não brinco com a dor e com o amor.
Não brinco mais com a poesia...
Comungo tudo sem distanciamento
Até ver sua saudade transformar-se em alegria.

Falo da ilusão de ter sempre presente...
 O aquele desejo de respirar na sua voz!
Inserindo no coração versos, palavras, brincadeiras
Que fazemos a sós.

Na certeza de que não haja mentiras.
Na certeza de formar com carinho uma canção!
Na certeza de não estar sozinho...
Trocando palavras com a solidão!

De Magela/Carmem Teresa Elias








Rivotril número dois

Remédio diurno são esses olhos...
A alegria mais presente, por mais sério que sejam os problemas,
Desse gênio infernal que me trazem o choro e desespero,
São mais dois anos e, nem pude ir!

Soa tão simples a alma ofendida...
Parece tão fácil cutucar a feridas dos outros e partir!
Assim como, parece fácil dizer da minha saudade...
Que queria ter coragem de ir lá fora e gritar de verdade!

Saudade...
Meu remédio noturno
Que Faz lembrar amarguras que já passei na vida,
E, me levando-anoitecendo, aonde não quero ir.

Nem aos sonhos  me apego mais!
Sonho com a tal luzinha findando um túnel...
Repetindo a tristeza cinzenta de todos os infortúnios
Mas acordo fitando teus olhos, e volto para trás!

De Magela