Afetado
Embora...
Fosse
descobrir no peito uma verdade tão valiosa
Como
um tesouro, não quis ver direito,
Desconsiderei
esse ouro.
Economizei
sentimento e não disse a ninguém o que sentia.
Tempo
e paciência são necessários para amar; disso eu sabia.
Por mais
que apertasse a sensação, o sentimento relacionava a forma que ela olhava...
De,
como eu a queria, não era só emoção.
Pois,
o som do amor é sentido,
É
ouvido. Belo e feio vão à alma
E não
podem ser visto pelo olhar.
Sem
duvida, meus sentidos foram afetados,
Nascendo
assim, essa louca vontade de amar.
Amar
tanto, que me tornei parte das serras que havia ali!
Amor
intenso e bem guardado,
Como
toda memória que se dissolvia
Na
fresca brisa de Barueri.
Da
flor alaranjada que só nasce daquele lado,
Que
na minha lembrança fica como um açoite...!
Que
fica em mim escondida, que se apaga comigo, nas sombras púrpuras,
Quando
me cai à noite!
Serena
flor ficou em seu lugar...
Não
me permiti revelar o segredo.
Trazê-la
comigo, amá-la pela eternidade,
Com
um forte abraço, tirá-la de lá!
Agora,
que o vento corta a tarde...
Descubro
que, em meu peito,
Esse
amor...
Ainda
arde.
E, se
o silêncio falasse...!
E a
saudade respondesse, talvez...!
Meus
olhos não chorassem.
E o
coração não sofresse, por estar longe de minha flor.
Choram
por que,
Eu
não amei direito.
Afetado,
mas inseguro...
Escondi
esse amor dentro do peito.
De
Magela
(PPL/4e.)