quinta-feira, 11 de abril de 2013





Afetado

Embora...
Fosse descobrir no peito uma verdade tão valiosa
Como um tesouro, não quis ver direito,
Desconsiderei esse ouro.

Economizei sentimento e não disse a ninguém o que sentia.
Tempo e paciência são necessários para amar; disso eu sabia.
Por mais que apertasse a sensação, o sentimento relacionava a forma que ela olhava...
De, como eu a queria, não era só emoção.

Pois, o som do amor é sentido,
É ouvido. Belo e feio vão à alma
E não podem ser visto pelo olhar.
Sem duvida, meus sentidos foram afetados,
Nascendo assim, essa louca vontade de amar.

Amar tanto, que me tornei parte das serras que havia ali!
Amor intenso e bem guardado,
Como toda memória que se dissolvia
Na fresca brisa de Barueri.

Da flor alaranjada que só nasce daquele lado,
Que na minha lembrança fica como um açoite...!
Que fica em mim escondida, que se apaga comigo, nas sombras púrpuras,
Quando me cai à noite!

Serena flor ficou em seu lugar...
Não me permiti revelar o segredo.
Trazê-la comigo, amá-la pela eternidade,
Com um forte abraço, tirá-la de lá!

Agora, que o vento corta a tarde...
Descubro que, em meu peito,
Esse amor...
Ainda arde.

E, se o silêncio falasse...!
E a saudade respondesse, talvez...!
Meus olhos não chorassem.
E o coração não sofresse, por estar longe de minha flor.

Choram por que,
Eu não amei direito.
Afetado, mas inseguro...
Escondi esse amor dentro do peito.

De Magela 

(PPL/4e.)