segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

          

          Estranho amor
  • Ambiguidades...
    Dos segredos que há nos teus olhos
    E que não quero dizer...
    Para não tirar a beleza.
    *
    Há beleza que não precisa
    Ser dita...
    Há segredos em parcerias,
    Como se nada precisasse ser escrito
    *
    Qualquer verso é medido por teu gosto
    Mas, esse amar louco corresponde ao meu
    Porque essas emoções não são para qualquer um
    *
    Independente do que nasça,
    Nada em meu peito aparece assim, satisfeito
    E como um verso fica, estranho essa dor no meu peito.

    Magela e Elias.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Solidão, pasto vazio





Solidão, pasto vazio


Dá uma judiera quando a noite me pega cansado.
Tanto de viver pensando e, nenhum alguém do lado...

Lua cheia, clareia o rincão, tropeço na saudade e
gente isso não é bom.


Um apito agudo, minha vontade de gritar, mas é só o som
avisando que a noite já vem já.
Luz da lua, farol de um trem. Estrela cadente, menino inocente
Pare de sonhar.

Boi velho não berra...
Meus olhos ficam atordoados de ficar olhando serra.
De não ver ninguém...
De amar na intensidade, mas a lua nunca vem..."

De Magela/Carmem Teresa Elias
(solidão, pasto vazio - parte)





Amor de loucos
*
Quero um beijo...
Um que tenha o gosto de vinho,
Pensava eu, olhando da janela...
O mar.
*
Vinho argentino, traz o querer de um beijo.
Faz com que o amor tenha...
Tenha esse jeito impossível
Que se mistura ao amargor da saudade.
*
“Piental”
Amor dos loucos.
Palavra ardendo em outras...
Tango bom e ninguém para dançar.
*
Ah! O que vale a beleza dos céus e das estrelas
Sem o teu sorriso aqui?
Só queria agora teu beijo,
E um tango no paraíso
*
De Magela/Carmem Teresa Elias


Sem falar (Neruda)

Sem falar

Viajei...
Repentinamente estou em um museu
Centro cultural- sei lá, passeio de alma muda
E, estranhamente, visitava a casa do Neruda.

Magnético lugar
Pela força marcante nos móveis e paredes
Nos livros, no banco do jardim, na casa, enfim,
Era como se ele estivesse lá.

Interpretei manuscritos, na biblioteca, escrevi alguns rabiscos
Faria mais, não tivesse que andar
Aqui endeusam Pinochet
Realmente não dá para entender

Feito galho de arruda...
Todos conhecem e não gostam de ter
Ninguém aqui fala de Neruda; escolas, teatro, turismos...
Dele, o povo não saber lê.

De Magela/Carmem T. Elias





Diga apenas que me ama



Meu horizonte encantado

Alegria viva dentro de mim,
Energia que sacia

Por onde andarás?

Que faz agora?
Meu encantamento...

Minha poesia de amor...

Mostre o caminho
pelo qual deve seguir.

Você nasce, floresce...

Vive e cresce...
Me faz existir,
(chama ardente em mim)

Passam os anos a saudade reclama.

E ainda mais eu te amo
Coração Inflama embriagado de amor.

Diga apenas que me ama,

E tudo...
Tudo passa.

De Magela/Thy


Por ser assim

Mais uma vez te reencontro.

Noto que o amor que sinto não deixa engano.
Não se lamenta por ser assim
Eterno e complicado, mas é o que nos damos.

Almas gêmeas, perdidas num acaso...
Revivendo cada pensamento e emoções.
As sintonias que não se perdem com o tempo
Gravadas por demais em nossos corações.

Mas esta chance!

Outra vida sem passado.
Sonho ardente e inconseqüente
Amor frágil e complicado

Que não se afasta de mim

Coisas que acontecem deste jeito
Não consigo esquecer...
Como gosto do seu beijo, seu corpo...!
Seu cheiro e tudo enfim.



Reencontro-te. Provo o engano

Nada tenho pra explicar...
Acontece deste jeito...
Por ser igual a mim. (Explode no meu peito)

De Magela/Thy.16/02/2009

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Ermo




Há momentos que procuro um lugar ermo
Para rever velhas dores e escrever...
Paraliso-me entre pausas que não nascem de mim.
Nem me falo. Não grito; fico assim.

Envolto desta película
Submete o homem pela solidão indevida...
Própria da pele introspectiva,
Intervalo de corações e o mundo que reveste e distancia

Ouço o silencio de deuses em fúrias
Bolha de ar, atmosfera em desafetos!
Enfeites, ornamentos das aparências das dores
Plásticos que embrulham prantos não chorados dos amores!

E com o mesmo silencio indelével
Vive esta tristeza no peito buscando delicadeza...
Pode ser a solidão a razão desta fortaleza erguida!
Podem ser meus próprios gritos que a realidade trucida.

Para desfazer os estragos de tamanha solidão
Surgem teus braços abertos a me tornar humano!
Dissolvendo no devaneios o insólito engano
De todas as vezes que disser que amo.


De Magela e Elias/Bigumea

Valsa, sorriso de menina




Ontem foi noite de espetáculo de dança...
Em destaque, bailarinos do Bolshoi e Kirov
Em única apresentação...
Do estado de graça, suavidade e leveza.

Uma valsa a fluir pelos ares tecendo harmonia
Dos movimentos entregues ao vento
Um leve sorriso dos corações felizes,
E você em meu pensamento.

Naquele segundo que comparei a leveza dos movimentos
À dança que a tua poesia nos fala!
Quando mãos vão se encontrando
É com sussurro de voz que a vida vai dizendo: te amo mais!

Seria possível atravessar as paredes daquele palco e salão?
Seria possível seguir valsando, sem chão,
Sem passos, sem medidas
Nas ilusões?

Espetáculo! A valsa fixando-se no ar...
Flor a desprende-se do galho...
Rodopiando pelo ar, e cai a mão na cintura-bailarina,
Girando em teus. Adorando teu sorriso de menina.


De Magela/Elias - Bigumea

Imensidão








Imensidão

Dá uma judiera quando a noite me pega cansado.
Tanto de viver pensando e, nenhum alguém do lado...
Lua cheia, clareia o rincão, tropeço na saudade e
gente isso não é bom.

Um apito agudo, minha vontade de gritar, mas é só o som
avisando que a noite já vem já.
Luz da lua, farol de um trem. Estrela cadente, menino inocente
Pare de sonhar.

Boi velho não berra...
Meus olhos ficam atordoados de ficar olhando serra.
De não ver ninguém...
De amar na intensidade, mas a lua nunca vem..."

(Magela e Elias/Solidão, pasto vazio - parte)

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Dor de lua

Meu amor é de lua...
Qualquer fumaça leva embora
E qualquer nuvem esconde
Nossa emoção

Se eu pudesse nem amaria...
Seria apenas o sol se pondo,
Mas Deus é quem dá a imensidão:
Enxada,caneta e o coração

(Magela e Elias)