terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sem falar (Neruda)

Sem falar

Viajei...
Repentinamente estou em um museu
Centro cultural- sei lá, passeio de alma muda
E, estranhamente, visitava a casa do Neruda.

Magnético lugar
Pela força marcante nos móveis e paredes
Nos livros, no banco do jardim, na casa, enfim,
Era como se ele estivesse lá.

Interpretei manuscritos, na biblioteca, escrevi alguns rabiscos
Faria mais, não tivesse que andar
Aqui endeusam Pinochet
Realmente não dá para entender

Feito galho de arruda...
Todos conhecem e não gostam de ter
Ninguém aqui fala de Neruda; escolas, teatro, turismos...
Dele, o povo não saber lê.

De Magela/Carmem T. Elias