segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Somos um








Juntam-se as águas

Num frenesi eletrizante...

Um amor apressado

Desajeitado e intrigante.



Juntam-se animais...

A natureza não consegue se explicar

No nosso amor há um pacto; momentos afetados.

Há medo, insegurança e os destinos trocados.



Amo a esperança!

Vivo como um lobo na floresta...

Ela ama é o amor...

Tudo a nossa volta nos contesta.



De saudade uivo para a lua,

E nisso não há mal nenhum!

O amor ficou desajeitado,

Mas no coração - somos um!



De Magela

(Pacto com a lua, poesia tema do conto. 02/2007)







Violento é o oceano do teu beijo!

Pede a vela!

Pede um barco...

Aquele que grosseiro,

Corta as águas violento.



Pede para o tempo passar!

Pede ao vento...

Que indiferente,

Nada diz do meu gostar.



Mulher cheia de atalhos...

Feito ilusão, minha vida te consome.

Que o peito corta em retalhos,

Dizendo que é o mar!



Deslizando silenciosa...

Fazendo a vida parecer um instante,

Pede no silêncio mais solidão...

Amar-te não é o bastante!



Pois fico envelhecendo sem revolta,

Pedindo sem gesto mais que um desejo.

Barco que da água não se solta:

Violento é o oceano do teu beijo!



De Magela





terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Desejo a sua boca






A idéia da sua boca excede!

Na loucura do êxtase trancado num quarto.

Na beleza sem alma do amor que disfarço...

Quando a sedução judia o que a vontade pede.


Peço esse mal!

Esse caminho sem volta.

Esse trago que entorta...

Peço o seu sal!


Porque te querendo eu me vejo!

A vida não mais me isola...

Judiado eu me rendo...

E nem a solidão me assola.


A idéia excede porque é parte de nós!

Lenitivo e acalanto,

Sem lágrimas e remorsos.

Bem que me faz e nem te digo o quanto.


De Magela





O tempo é um verso









O que estará fazendo...?

Talvez lendo seu jornal...

Compondo com poesias

Lindas historias sem final.



Onde é que voce está?

Talvez, diante das estrelas

Que ficam paradas num mesmo lugar...?

Ou, distante e sonhando, de frente para o mar?!



Com quem você estará?

Na presença constante das incertezas,

Pertos dos sonhos conhecidos...?

Fazendo versos para afastar suas tristezas?!



O tempo é um verso...

Certeiro, circunda todos os tempos.

Preenche nossos vazios...

Como a água, afoga nossos pensamentos!



De Magela/Carmem Teresa Elias



Envolver é ter palavras







Envolver-me contigo é ter sempre palavras...!

Na fruição de ideias é também isentar do mundo,

Abstrair da profundeza,

Mais esse encontro de nossos corpos sem asas.



Seria possível ser feliz sem que nada mais nos faltasse?!

Seria possível evitar esse envolvimento sem crases ou metáforas...?

Seriam possíveis gerúndios e hipérboles...

Como se a realidade acabasse?



Talvez, a felicidade seja a tua falta,

Que sempre aparece envolta por palavras.

Como se tudo em mim, te aceitasse assim,

E te admirasse.



São só palavras que envolvem tudo o que tenho,

Mas também são palavras que não me isentam de amor!

Futuro mais que perfeito...

Onde está o seu abraço, para que a felicidade tenha cor?



De Magela/Carmem Teresa Elias





sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O amor precisa de sol






Não!

Não deixei de te amar.

Fiz o que as soluções rápidas proclamam:

Dei um tempo!



Reforcei no peito o que sentia,

Sabendo que o amor precisa de sol.

E que para isso livrar-se do pensamento

Que meu coração sofria.



Não, nunca deixarei de te amar...

Não se mistura sangue com lágrimas,

Sufocando o perfume ardente

Que há em todas as mágoas!



Não se abandona o que no meu peito havia,

Sobrevivente das perversidades da incerteza,

Mas tenho a vontade de dizer:

O interior do meu coração é mais claro que o dia!



De Magela

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

"Vou fazer a coisa certa."






Desculpas para ficar perto de tudo,

Ou, mais perto do nada.

Fazendo coisas certas...

E, eu as erradas.



Como um grito que já tinha seu tempo,

Decidindo dar fim à vontade sem desalento!

Descobrindo que o amor se acabou.

Revirando momentos felizes e fazendo tormentos.



Sem notar, no entanto que meu motivo era real...

Qual amor que não luta e não morre?

Qual que não sofre as provações das incertezas,

Enquanto o tempo não dorme?!



Quem não faz as coisas certas ao viver ou morrer de amor?

Se ele é como aparição que existe naquele instante só...

Clamor que no peito inflama,

Primavera que a emoção proclama!



De Magela

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013