Pede um barco...
Aquele que grosseiro,
Corta as águas violento.
Pede para o tempo passar!
Pede ao vento...
Que indiferente,
Nada diz do meu gostar.
Mulher cheia de atalhos...
Feito ilusão, minha vida te consome.
Que o peito corta em retalhos,
Dizendo que é o mar!
Deslizando silenciosa...
Fazendo a vida parecer um instante,
Pede no silêncio mais solidão...
Amar-te não é o bastante!
Pois fico envelhecendo sem revolta,
Pedindo sem gesto mais que um desejo.
Barco que da água não se solta:
Violento é o oceano do teu beijo!
De Magela