Uma catedral arrogante são os sentimentos
Que já nascem da abstinência,
Como se tudo em nós
Dependesse de decência
É como declarar a beleza
Por clemência.
Um uniforme geral do universo
De quem nunca entenderá esta eloquência
Repreende-me a consciência:
Deixe que os outros amem!
Que exaltem as conseqüências
Com ares do amor também!
Mas, respeitará o sonho
Fará do teu beijo um rastro de valsas
Com fragrância das flores
Em verso se compondo
Deixe os que te espreitam, atrás das portas
Nas tardes tristes de agosto.
Mas, não viva convencido de amor...
Sonhando nesta janela tua
Nem o vento, venta sempre!
Toda dor passa; o dia se escasseia, e a beleza nunca dura.
Ninguém pode amar eternamente;
Só quem possuir o coração da lua.
De Magela