segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Céu picado de solidão




Rúbido dos olhos, cor no mar anoitecendo...
Com a soberba luz do sol,
Quando nuvens silenciosas e augustas,
Morrendo vai, mais um crepúsculo.

E, combinando sensações em mim, a lembrança dela,
Que a calmaria se esqueceu.
Revelando ânsias na alma cheia de um vazio impalpável, de quando o mar não adormeceu...
Do barco perdido, do qual nem se avista a vela.

Frugalmente, contemplando o céu picado de solidão...
Com um pensamento errante que vive tardando em mim.
(Insanidade de amar as flores...)
E no seio da noite o amor dela, ecoando e gemendo assim.

Carregando a tristeza, de que não se advinha à calma...
Remoendo esforços para viver na imensidão,
Alcova sem luz, tristonho quarteirão...
Todas, às vezes, que ela me olhar assim: entrego a alma!

De Magela