terça-feira, 21 de setembro de 2010

Nossos corações são velhos casarões



Fora do corpo, edificado ao gosto antigo,
Lá se vão meus queixumes!
Cheio de cores cambiantes...
E viva luz a fornece-lhe os lumes.

Meu gosto está distante...
É ele sempre o centro deste redondel de sentimentos
Que me ocupam os pensamentos e,
Todos os espaços.

Pelo dia afora se precipitam como saudade iluminada...
Revestidos das cores que terminam com tons azuis.
E ao crepúsculo: ouro!
Cercado da púrpura dos ais...

Galanteio moderno a encobrir tristezas...
Exagero de casa abandonada!
Casa velha da sua ausência...
Das eiras, beiras e longa fachada.

Um tanto feia, é verdade, mas desculpa-se
Pela vegetação da vida,
Que sempre pede mais um tempo!
Que sempre amenizamos na aflição.

Lá se vão meus queixumes edificados e com faixada.
Justificam os exageros que fiz do amor!
Animando ruínas desta casa abandonada;
Nossos corações são velhos casarões na mesma dor!

De Magela