segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sonho (o coração não quer)




Ontem à noite rezei.
Rezei além das palavras e dos pensamentos...
E depois como uma prece:
Adormeci.

Sonhei que estava em casa...
Do meu lado, a filha insistia que eu fosse embora.
Uma pequena parte de mim
Entristecendo naquela hora.

Há dores que não se consegue disfarçar.
Mesmo escondendo...
Mesmo dormindo...
Elas ficam a incomodar.

Mais uma vez deixava tudo
E me arrumava para sair.
Juntava meus sonhos em uma mala,
Cheio da vontade de desistir.

De repente um nevoeiro de formou!
Não deixava ver mais nada...
E, eu precisa ir.
Precisava sair daquela casa!

O que eu faço para acordar quando esta aflição se encosta?
Toma-me a razão da hora.
Mas, por algum motivo,
A casa não queria que eu fosse embora.

Acordo agitado...
Depois do sonho, tudo continua no seu lugar.
A menina também não estava mais lá.
Crianças sempre voam e nos prendem ao chão.

Sonho sem sentido...
Parece mais um momento confuso que quer insistir!
Onde se precisa de novo lugar para sorrir e ter emoção...
E o coração não te deixa ir.

De Magela/Joani Barros