quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O córrego e a saudade


O córrego e a saudade

Pude sentir o sussurro do vento
Acariciando aquele córrego de águas,
Num simples toque seu...
Presumi que a natureza ali se encantava.

Sem arrependimento algum
Suas mãos colecionavam mais águas.
Prendia em seus dedos
Medos, mentiras e nossas magoas.

Só o arrependimento
Pode criar ondulações assim.
Quando uma luz chega ao máximo de seu brilho:
Cega!

Por isso, estava de olhos fechados...
E pude sentir no coração
Um toque sem a intenção
De mudar as nossas águas.

De Magela