terça-feira, 15 de setembro de 2009

A última flor caiu!


A última flor caiu!

Aquele ipê amarelo que eu namorava,
Parece que desistiu.
Como uma lagrima derradeira...
Sua última flor caiu.

Quanta beleza há na sua dor!
Desabrochar antecipadamente; precipitar...
Sacrifico de amor.
Novas vidas anunciar: Esconder o fervor.

Quanta sabedoria há nesta lagrima...
Que nasce ao romper de mais um dia.
Que corre despercebida...
Efetivando toda magia.

Só assim eu me iludo!
Por acreditar que o seu amor vale à pena.
Escreve com dor o sacrifício...
Resolve nosso dilema.

Quando as flores estiverem formosas,
Só restará a minha Lembrança.
De toda a beleza que se fez prosa...
Naquele jardim, só notarão a rosa.

Quem guardará a beleza do meu ipê?
Quem entenderá o meu carinho?
Quem notará meus galhos secos e esticados,
Buscando os sonhos, como uma criança?

Quem na natureza entenderá o meu amor?
Se essa gente apressada nem repara numa flor...
E, ela que eu amava tanto, a dor do amor preferiu.
Misturou-se no desencanto: sua última flor caiu.

De Magela