sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Montanha


As altas montanhas buscam isolamento,
Como uma dose extra na aventura
De ficarem sozinhas.
Aos homens olhando e interpretando.

Entidades altivas, esses seres que não se movem!
Atrativo arqueológico tão simples: terra e crateras.
Tão frágeis.
Desenhos pré-incaicos, ruínas dos gigantes nas eras.

Estudam a sua aridez... Aventureiros que se dizem amantes das paisagens!
Que querem colocar seus pés impuros e, subir o Aconcágua,
Como um esporte radical,
Liderando mais um mal.

Nunca entenderão o inexplorado...
Um destino que viaja sem ser planejado como o meu.
Nunca entenderão o isolamento!
Não saberão como falo com Deus.

Em uma forma mansa de tom nas vibrações...
Com passos lentos, de quem não caminha com passos...
Com os olhos fechados para sentir e não ver a direção!
Com a mesma discrição que estrago a mágoa do coração.

A vida de uma montanha cruza o meu peito inteiro.
É em seu deserto que o sentimento ironiza e agita.
Quando o vento beija uma montanha,
E quando a lua fica aflita.

De Magela