terça-feira, 17 de novembro de 2009

Clarão


Clarão

Mais que um clarão.
Um pedaço da noite que se veste de branco.
Querendo ficar quieto num só lugar...
E de repente, se move pra cá e pra lá.

Na penumbra cuida dos velhos...
Velhos temores.
Velhos sonhos.
Velhos amores...

Das tristezas velhas que ninguém mais sonha!
Bocas guardando a quietude com um sorriso estranho...
Onde está o amor - se no fim
Todos irão sofrer?

Nestes lampejos de claridade é que se desdobram
Verdades que não queremos mais saber:
Uns brilhando de juventude sem nada entender;
Outros, escondendo-se na amargura...

Como pedaços de clarão...
Vestidos de branco à medicar o acoite!
Formas velhas que ainda não foram esquecidas!
Sentimentos medrosos e capengas que saem dos poros.

Saudades desprezando a morte...
Provando que ainda existe um coração!
Que o amor tem dose certa!
Mas ainda é tudo em nossas vidas!

De Magela