quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Estrago terrível


Estrago terrível

Mesmo que o amor seja um estrago terrível,
Que se possa causar no tempo.
Um estreitamento de tudo que não se consegue gritar num só engano:
Eu te amo!

Só a idéia de que seja diferente, já abomina.
Ficar olhando para um céu projetado...
Cheio de estrelas e,
Não te ver...

Enxaguar os olhos a seco;
Ouvir um estalar de som, parecendo que alguém fechou uma porta...
Alguém que saiu às pressas e, se distanciou da obviedade,
Como quem não quer mais a sua realidade.

O estrago já existe!
Um fio invisível que amarra todo o corpo
Da cabeça aos pés, sem deixar espaço;
Fazendo-se cada dia mais triste.

Estrago terrível de quando o vento mostra a saudade,
E tenho que fechar os olhos, mesmo te sentindo em mim.
Sinto judiando um grito abafado...
Em um instante tão simples assim.

De Magela