terça-feira, 18 de maio de 2010

Eu e a flor


“Um dia, passeando no jardim, ouvi e vi uma flor a cantar.
Eu estava perdido em pensamentos...
Mas a música, para um coração, sempre faz repensar.
Fechei os olhos para ouvi-la com alma...
Ela já é tão bonita, assim solitária, por que precisa entoar
Com a brisa, algo tão comovente?
Abri os olhos, não resisti e lhe perguntei:
- Por que cantas assim, minha flor?
A poesia tem sempre explicação para a dor da gente,
Mas ao amor não cabe perguntar.
Há flores na poesia...
Como há flores que não se gosta.
Canto porque o amor esclareceu:
Para tudo, sou eu a resposta."



Eu e a flor


Sem perguntas...

Apenas sinta.

Não tenho mágoas no coração...

A felicidade impede que eu minta.



Se me achar...

Escreva o oposto.

Faça rimas sem rosto

Reverta com gosto.



Faça com que rime a saudade fria

Com melancolia...

O passado de alguém que ainda sente...

Esta necessidade tão presente.



Faça a poesia compreender que o amor

Não é como se vê...

Este dueto que só sai de você.

Cada qual com o seu compreender.



Sem perguntas...

Apenas sinta.

Se o amor tiver que dizer aos sentimentos...

Talvez não diga o que você gosta. Dirá com certeza:

Vim apenas lhe dar a resposta!


De Magela e Schiavone