quinta-feira, 22 de julho de 2010

Quando meus olhos choram


Quando meus olhos choram


Percorre seu desterro,
Mas dê forma ao amor meu!
Cante na vida a obra deste poeta
Que a poesia esqueceu.

Que morreu num simples verso!
Que atravessou salões.
Que abriu todas as portas
Que se perdeu nas intenções.

Que sobreviveu da ilusão do seu amor,
Pensando que arrancava todos os medos.
Que continuou a remar mesmo chorando,
Que fez do barco e mar, juntos num só engano.

Tarde sem vento.
O mar e a brisa se aquietaram...
Viuvas felizes no abandono
Quando meus olhos choram.

Claridade na tarde...
Sol morrendo bem devagar.
Um pensamento percorre o firmamento:
Por que o que penso não posso gritar?

De Magela