quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sou os galhos vazios, sem vozes e sem céu.



Lá se vai a tarde.
Não ouço nela o som de adeus....
Caminha sozinha procurando respostas;
Perguntando na manhã o que dura eternamente?

Frio e quente...
Sem socorro está a vida.
Árvores, bem-te-vi, sanhaço, tesourinha cantavam aqui.
Agora, com o vento: fugiram!

Lagoa chorando triste por alguém que partiu,
Vive sem garças!
Pássaro confuso...
Lá na beira do rio!

Quem banhará as folhas do chão?
Os galhos vazios, sem vozes e sem céu?
Quem ouviria se meu coração gritasse:
Que eu sou o sol! Que sou como o sertão quando finda a tarde...?

Sou o silêncio chorando de saudade
Para que o tempo passe...
Sou os galhos vazios, sem vozes e sem o céu,
Por favor me abrace!

De Magela e Teresa Cristina Flor de caju