terça-feira, 30 de novembro de 2010

Perfídia umedecida


Perfídia que esqueço de forma umedecida,
Com tardia reconheço,...
Esclarece no peito, dizendo que seu amor pra mim é vida!
Que quando mais ardia, fez o desfavor que ainda cobra um preço.

E sem nenhum encaixe perfeito!
Zombando e fazendo sonhar...
Fazendo tudo parecer direito:
Subidas e descidas, iguais as ondas do mar.

Assim, fiz o que a vida imaginou:
Traduzi na poesia este ungüento meu!
Até aborrecer-me das mágoas que este amor ditou...
Buscando fazer mais rimas no universo seu.

É que, às vezes, o verso chora!
(Perfídia que esqueço de forma umedecida).
É assim que amo bem devagar...
Amo sem pensar: quem a minha solidão implora!

De Magela