segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Deixo-vos
Deixo-vos com suprema devoção
A benevolência que se faz com versos.
Agradeço a nobre arte que Deus revela
Em forma do amor.
Amor delicado...
Amor carente...
Amor corrompido
E o amor descrente.
Deixos-vos pedaços, pedaços de meus reflexos.
Num espelho dividido em sete partes:
Retalhadas assim,
Para que encontrem o nexo de mim.
Na face a face intercaladas...
Na plena dor da poesia...
Caminho incompleto desta procura
Não encontrei a paz e nem o amor.
Deixo-vos o incomensurável mar!
Catedral de minhas lágrimas...
Espada que corta com sal.
Refúgio soberano
Que não me faz mau.
Deixos-vos a lua
Para que ela explique o que sucedeu
Deixos-vos na benevolência deste simples verso...
O que só ao mar eu confesso:
Adeus!
De Magela e Elias