quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Meu acaso: acaso meu.


Meu acaso

Ao meu acaso...
Dei nome de mar!
E a essa solidão...
Chamei de lua.

Pelo espaço infinito...
Em que posso sonhar e sofrer.
Esta ilusão tão pura
Que devo esconder.

Se alguém disser que tem de assim:
Alma e juramento...
Paz com tormento...
Da beleza o fim!

É o meu acaso na imensidão do universo!
Que põe luto às palavras
E não ouve o que peço;
Nem tão pouco me solta as asas!

Acaso, por não quer mais seus versos...
Seus velhos textos que tanto gostei.
Porque é na solidão que me comprazo!
Da sua leveza, prefiro o acaso, pelo tanto que amei.

De Magela/Carmem Teresa Elias