terça-feira, 25 de agosto de 2009

Estou apenas vestido de mim




Quero dizer que sinto infinitamente
A gratidão do seu amor.
Se tiver que agradecer com palavras...
Terei de contar dois momentos meus.

Um foi quando sai sozinho andando a esmo:
Indo a um supermercado para comprar qualquer coisa lá.
Peguei quinze pacotes de biscoitos e o volume incomodava na mão.
Foi quando ouvi aquela canção.

Tocava Gonzaguinha...
Quis saber de onde vinha o som.
Fui até a seção de DVD. Ai senti um arrepio!
Além de escutar pude (re) entender:
“... o que não dá mais pra segurar, explode coração”

Havia esquecido, de como gostava dele.
Tanto que, costumava chamá-lo “O meu poeta!”
Quando mergulhada na meditação...
Procurava encontrava as respostas na sua canção.

O segundo é mais que um segredo: Eu toco piano!
Sou amador para esta inspiração...
Mas aquela comoção, me fez tocar Debussy:
“Claire de Lune”.

Momento inusitado é este da intervenção!
Quando o tempo brinca comigo e a vida me diz: não!
Não quero que ligue para as palavras que estou lhe segredando...
Mas, estou te mostrando que estou apenas vestido de mim.

De Magela e Carmem Teresa Elias