segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Águas que às vezes choro







Águas que às vezes choro

Um suspiro.
Espumas misturando-se
Em círculos lentos...

É este meu horizonte
Sem os limites do amanhecer
Desamparados dos ventos

Realidade que sai da vida vazia
Escorrendo pelos cantos
Apressados pelo toque de água fria

A mão não se confunde
Sorve mistérios pelos poros
Onde nenhuma realidade alcançaria
A água que, às vezes, choro

Quando os agrados são sinceros
Submetem mãos, amor e a rotina que se fazia
Espumas formando-se num ventre livre
Encantos, que só em ti existia.

De Magela

(Livro V - Metáfora)