segunda-feira, 15 de dezembro de 2008


Café sozinho

Quando a tarde chega...
Que noto a mesa arrumada
Para um café ou um chá.
Sento a formosura das coisas arrumadas
E o calor do bolo de fubá...

Fumaça saindo do leite quente;
Indo para qualquer lugar...
Onde não sei.
Talvez, para onde vai essência da vida.
Não sei...

Sei que você não esta olhando a cadeira vazia.
Como é ruim ficar sem noticias suas!
Credo! Um arrepio percorre o corpo
Disfarço, pego a xícara do café, excedo no açúcar...
Olho para a rua...

Mesmo triste, entendo que tem que ser assim.
Estou amando você e você longe de mim...
Afastados, o açúcar não adoça.
A faca, o bolo, não corta.
Tudo parece que dói...
Sem nunca se explicar.

Mais uma vez, o que realmente sei
É que a tarde chegou...
Que arrumei nossa mesa...
Esperando-te deixei tudo por servir...
Nada achei no meu jeito,
Tanto que não consegui sorrir.

De Magela
( Livro III - Diário de uma mulher)