segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

For ever


For ever

Uma catedral arrogante são os sentimentos
Que já nascem da abstinência,
Como se tudo...
Dependesse de decência

É como declarar a beleza
Por clemência.
Um uniforme geral no universo
De quem nunca entenderá esta eloqüência

Repreende-me a consciência:
Deixe que os outros amem!
Que exaltem as conseqüências
Com ares do amor também!

Mas respeitará o sonho.
Fará do beijo um rastro de valsas
Com fragrância das flores
Num verso se compondo

Deixará os que espreitam atrás das portas
Nas tardes tristes de dezembro.
Mas, não viverá convencido de amor...
Sonhando nesta janela sua

Nem o vento venta sempre!
Toda dor passa; o dia se escasseia, e a beleza nunca dura.
Ninguém pode amar eternamente;
Só aquele que possuir o coração da lua.

De Magela

(Livro VI - A bruxa da lua)