domingo, 7 de junho de 2009



Virei quilombola

Baobá.
Que dei tanta volta,
Pra esquecer todo passado.
Minha história.
Minha mãe, meus eguns.

Boabá muito grande.
Como a dor de esquecer ancestrais.
Mas, há coisas que não podem ser tocadas.
Senão morrem ali... Jamais!

Pluralidade.
Orubá. Desejo de liberdade.
Natureza.
Baobá.

Balangandãs, divindades.
Quem entende o que eu digo?
O que há de novo
já que estou aqui?

Vou por enfeites pra festejar.
Com berimbau e afoxé.
Barulho pra chamar sua atenção.
Olha, eu a cá. Axé!

Não vou matar o que sou.
Mas, vou me adaptar.Gangazumba! Olha, virei quilombola.
Dei tanta volta no Baobá.
Maleime Zambi! Maleime,ainda estou a cá.

De Magela