sexta-feira, 5 de junho de 2009

Aquele silêncio ansioso


O beijo dela não assusta...
Nele não há o medo.
Pânico de quem beija escondido
E, somente a boca não convém.

Pânico dos lábios gasosos...
Dos corpos dançando entusiasmados.
A falta do controle...
No toque da boca de alguém.

Sem a defensiva habitual,
As bocas são tolas e frias.
Vidas vazias...
Que a urgência faz normal.

Não assusta mais!
A boca dela desfez aquele silêncio ansioso.
Concebeu na escuridão a alegria...
Deste momento formoso.


De Magela