quinta-feira, 30 de abril de 2009

Ora e chora!


Ora e chora!
Morre na noite altiva e cheia de escuridão,
Como morre o amor, sem o afeto da paixão...
Tal qual, bolas vermelhas em carne viva.
Ardentes, carentes que só a dor refletem na vida.

Ora e chora!
Enche o espaço desses limites.
Viaja, navega como um
Barco a deriva...

Perdido quebrado.
Aceita de todos os palpites
Transpõe este altar preparado.
Diga o que não existe.

Ora e chora!
Olha tudo feito viúva.
Mostre ,astros mortos no céu,
Que agora precisam de velas.

Paredes frias vagando ao léu...
Porque perdeu-se as luzes.
Diga baixinho: “Amor, fiz o que pude
Mas, nosso amor morreu.”

Ora e chora!
Porque nunca se verá mais isso:
Céu sem lua; universo sem sol.
Que fico aflito e não acredito!

Como se permite que o amor
Não mais amasse?
Lagrimas vermelhas...
Ai meu Deus! Estou triste.
Se tudo podes, por que meu amor matás-te?