terça-feira, 7 de abril de 2009

Ansiedade




Inconfessada é a ansiedade
Que aflora na tarde.
Como grito doido...
Que no fundo do coração arde.

Instinto desequilibrado...
Pela impressão indevida que tenho da flor.
Ansiedade venenosa que com espinho...
Faz-me bandido e com coração menino.

Expõe desinibida, um estágio primitivo da dor.
Do meu desejo inato...
Do meu querer mais profundo...
Do seu amor.

Amor,que se aflora, fere.
Amor, que se revelado, mata.
Amor, que me torna intempestivo!
Mas é o que me mantém vivo.

Ansiedade que converte a intemperança
Num impulso sem falsidade.
Que faz meu medo não desejar ser amante.
Para querer-te simplesmente numa momentosa realidade.

De Magela